Capítulo 9

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Christopher von Uckermann

Dulce parecia ter um imenso prazer em me humilhar, mas eu não ia ficar quieto. No entanto, antes que eu pudesse fazer ou falar alguma coisa, Maite já tinha saído. O engraçado nessa situação toda foi que pude notar uma pontada de ciúmes em Dulce. O que me deixou um tanto feliz e encorajado de continuar provocando ela.

— Vamos! — Dulce me tirou dos meus pensamentos. — Você tem muita coisa para fazer ainda, então precisa ser rápido. — ela falou enquanto batia palmas e eu respirei de forma pesada.

— Vamos. — disse sem vontade.

— Sem esquecer dos arquivos. —
Dulce apontou para minha mesa e sorriu de forma forçada.

— Sim senhora, mamãe. — revirei os olhos e ela bufou

Dulce tagarelou e comandou todo o trajeto até a sala de arquivos. Quando chegamos na porta, ela se virou para mim e respirou fundo.

— Talvez você precise de luvas para guardar esses processos em algumas caixas. Não se assuste. Apenas uma das partes do arquivo é... — ela fez uma pausa com direito a careta. — Assustadora? Acho que posso chamar assim. O resto é relativamente tranquilo. — ela sorriu sem mostrar os dentes.

— Aposto que é exagero seu. — disse entediado.

— Por sua conta e risco. — fingiu que estava estendendo um tapete vermelho para eu passar na frente e abrir a porta.

Quando eu virei a maçaneta, tudo pareceu extremamente tranquilo e devidamente limpo. Havia uma mesa na lateral da porta onde deixei todos os processos.

— Tá falando disso? — a olhei confuso e ela negou com a cabeça.

— Anda um pouco mais. — ela fez sinal com as mãos para que eu andasse.

Me virei de costas para ela e segui em frente. Dulce veio me seguindo, observando cada reação minha, até que eu cheguei em uma outra porta. Girei a maçaneta e o caos estava instaurado.

Poeira em todos os lugares, luvas espalhadas por todos os lados e uma barata morta enfeitando a lateral de um dos armários. Minha cara de nojo pareceu estar divertindo muito a Dulce, porque ela deu uma gargalhada que foi — eu não posso negar — absurdamente gostosa.

— Para te ajudar, está tudo fora de ordem. — ela deu de ombros. — Boa sorte! - Dulce deu um tchauzinho com a mão e se virou.

— Você não vai me largar aqui sozinho! — eu quase gritei.

— Você é o estagiário. — disse sem olhar para trás.

Num impulso, eu corri e passei por Dulce, que tentou me acompanhar, mas já era tarde. Bati a porta e, com a pancada, o barulho de metal batendo no chão ecoou.

— Estamos trancados?

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N/A: Helloooooooooo
Agora sim, capítulo certo.

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