Capítulo 33

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Dulce María

A grosseria de Christopher me fez sair da mesa dele com os olhos marejados, mas eu respirei fundo para que eu não chorasse por isso.

Eu não estava entendendo o porque eu estava tão chateada. A gente não tinha nada e eu, literalmente, mal o conhecia, mas a intensidade como tudo vem acontecendo me deixou magoada e, então, eu decidi tentar tirar Anahí para conversar.

— Amiga... — falei em um tom triste.

— Tá tudo bem, Dulce? — neguei com a cabeça quase fazendo um biquinho de choro — Ok. — ela olhou para o relógio. — Vamos tirar a pausa da tarde para tomar um café e conversarmos. — assenti.

Any saiu de sua bancada e passou a mão por minha cintura e fomos para a copa do escritório.

— Dulce, o que tá acontecendo? — Anahí me questionou.

— Eu não sei. — senti meus olhos marejarem de novo. — Any, eu gosto tanto dele, mas eu nem o conheço e faz tão pouco tempo que eu não entendo o porquê tô assim. — senti a lágrima escorrer e corri para limpar.

— Calma, Dulce! — ela sorriu. — Você se apaixonou e é normal! Eu sei que é rápido e não faz sentido nenhum, mas era pra ser, deveria acontecer, e eu posso dizer que ele também gosta de você.

— Não. Não gosta, não. — falei séria. — Se gostasse, ele não seria um grosso comigo agora quando fui falar com ele. — Anahí mordeu o lábio inferior. — O que você fez Anahí? — a postura dela mudou com meu tom de voz.

— Sabia que você ia ficar brava, mas quando Christopher chegou, talvez eu tenha falado com ele. — ela deu de ombros.

— Talvez? — Any concordou com a cabeça. — O que. Você. Falou? — falei pausadamente e ela suspirou.

— Dulce, falei o que senti e senti que deveria falar para ele se abrir, mas acho que piorou tudo. — seu olhar era triste — Me perdoa?

— Tudo bem, você fez seu papel de melhor amiga. — ela sorriu sincera — Vamos voltar, ok? Depois eu penso no que eu faço.

— Não conversa com Gutiérrez, não ainda. — eu assenti.

Nós levantamos e voltamos para nossas mesas.

A conversa com Anahí tinha circulado na minha cabeça o resto do dia.

— Era pra acontecer. — falei como um mantra enquanto ajeitava minhas coisas para ir embora.

Quando sai pelo prédio, a moto de Christopher já não estava mais lá e minha cabeça ferveu.

Peguei meu carro e fui direto para casa. Só queria um banho, sorvete e muita comédia romântica pra tentar entender o que se passava pela minha cabeça, mas aparentemente não era isso que aconteceria.

— O que você tá fazendo aqui? — falei saindo do meu carro.

— Acho que precisamos conversar.

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