Capítulo 12

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Dulce María

Christopher quase fez um striptease ali e aquilo tinha sido absurdamente sexy. Quem ficou com vontade de arrancar as roupas fui eu.

Ele era um cara bonito e, aparentemente, malhado o suficiente para sua idade. No entanto, ele também era muito curioso. Christopher tinha tentado descobrir mais sobre a minha vida pessoal, porém desviei do assunto bem.

Nós continuamos a ajeitar as pastas em seus devidos lugares. Faltavam umas dez ainda, que ficariam na outra sala. Eu estava exausta! Já tinha tirado meu salto e desistido de continuar, quando um barulho me assustou.

- Acharam a gente? - falei quase saltitando de felicidade.

- Não dessa vez. Derrubei uma pasta. - Christopher falou se levantando totalmente desajeitado e estranho.

- Eu desisto. - falei me sentando no chão e me encostando num espaço vazio da parede.

- Já? Mas ainda temos mais na outra sala. - Christopher falou vindo em minha direção chacoalhando as pastas.

- Essa é com você, estagiário. - sorri debochada.

- Não, não, não. Você vem comigo. - Christopher ficou em pé na minha frente e meu coração disparou.

- Sonha. - falei e ele se sentou na minha frente.

- Então, ficaremos os dois aqui. - eu neguei com a cabeça. - Vamos lá! Você tem o direito de me fazer uma pergunta.- ele me fitou.

- Interessante, mas isso não vai me fazer mudar de ideia. - fechei a cara, mas estava mesmo com vontade de lhe fazer algumas...

- Um descanso, então? Vai, eu sei que você quer perguntar. - ele sorriu tímido e eu não resisti.

- Por que você sempre chega tão cansado? Não é possível que você, realmente, saia para beber e festejar todas as noites. É? - perguntei sinceramente e ele riu pelo nariz.

- Não. - ele respirou fundo. - Eu tenho muito trabalho por aqui, Dulce. Tenho também as aulas e atividades da faculdade e de quebra um irmão de 6 anos para cuidar e dar atenção. - definitivamente, eu não estava esperando por aquela informação. Antes que pudesse comentar alguma coisa, Christopher continuou - Não temos passado muito tempo juntos, ultimamente, então as poucas horas são sempre bastante intensas, sabe? O moleque termina de sugar minhas energias. - ele fez uma pausa e sorri perdido em alguma lembrança e eu engulo em seco lembrando de todas as vezes que o julguei mal sem saber dos seus motivos. - É por isso.

- E seus pais? - o questionei.

- Não vamos falar sobre isso.

Extraño-TeOnde histórias criam vida. Descubra agora