Capítulo 39

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Christopher von Uckermann

Eu juro que eu tentei ter um dia incrível com a Dulce no sábado, mas tudo o que eu fazia, ela reclamava. Nada estava bom o suficiente ou certo o suficiente. Nada.

Menos na hora de dormir! Depois de ter me perturbado basicamente a noite inteirinha, Dulce deitou ao meu lado emburrada, mas em poucos segundos ela já estava roçando em mim, beijando meu pescoço e eu, como um rapaz inocente, fui corrompido por ela para uma noite de sexo incrível.

O problema voltou na parte da manhã. Dulce acordou passando mal, mas dessa vez aos prantos.

— Amor, tá tudo bem? — falei entrando no banheiro.

— Sai daqui, Christopher! — Dulce gritou tentando esconder o rosto — Me deixa sozinha! Por favor. — ela caiu no choro.

Naquele momento eu me assustei! Aquela reação dela era novidade para mim, então, eu sai do banheiro voltando para o quarto dela.

— Não, merda! — falei batendo na minha testa. — Para de ser burro! — voltei para o banheiro.

Dulce ainda chorava, mas agora estava escovando os dentes ainda chorando.

— Amor... — a chamei. — Não fica assim. — a abracei por trás. — Eu te amo, te amo muito! — Dulce respirou fundo e se mexeu para que eu a soltasse, enxaguou sua boca e virou de frente pra mim.

— Me deixa, Christopher! — ela gritou de novo. — Desculpa. — ela suspirou. — Eu não sei o que tá acontecendo, só... só preciso de um banho. Sozinha. E tudo vai ficar bem. — ela sorriu forçadamente e eu concordei.

Enquanto Dulce tomava seu banho, me deitei na cama e um filme passou na minha cabeça. Talvez ela não quisesse mais nada comigo, só não sabia como falar, até porque eu sou só um moleque.

— Claro que não! Ela te ama! — falei pra mim mesmo. — É só uma fase.

* * *

Depois dos gritos e do banho, Dulce estava mais calma e na verdade carinhosa demais. Isso me deixou aliviado. Às vezes, poderia ser algum estresse pela nova rotina e também o trabalho.

Na hora de sairmos para almoçar, ela me pediu — na verdade implorou — para que fossemos de carro, o que não fez sentido nenhum para mim já que ela era sempre a primeira a se aprontar para sairmos de moto. Mas claro que fomos de carro.

Quando chegamos em casa, mandei uma mensagem para Allie avisando que tínhamos chegado e ela disse que tudo estava pronto. Eu respirei aliviado na porta de meu apartamento, o que fez Dulce me olhar confusa.

— Dulce, eu te amo! — falei com a mão na maçaneta.

— Eu te amo também, Chris! — ela disse depositando um beijo em minha bochecha.

Quando eu abri a porta, Martín segurava um buquê de rosas pequeno e Allie estava atrás dele, quase o guiando eu diria, ela abaixou e falou algo em seu ouvido e ele correu em nossa direção. Allie me jogou uma piscadinha e saiu de fininho do apartamento, assim que Martín se colocou na frente de Dulce, que mais uma vez se pôs a chorar e meu irmãozinho ficou totalmente sem reação.

— Ei, é para mim? — Dulce falou se abaixando e Martín concordou com a cabeça. — Muito obrigada! — ele se enroscou em seu pescoço num abraço apertado.

— Você tá tiste? — Martín falou baixinho e manhoso.

— Não, meu amorzinho! Eu estou feliz! — Dulce se soltou dos braços dele e falou olhando nos olhos.

— Então, tá! O meu irmão quer te fazer um pedido MUITO importante. — meu maior parceiro falou fazendo um gesto como se o que eu tivesse para falar fosse algo enorme e, bem, era. — Não é?

— Claro que sim, campeão. — fitei Dulce que agora estava em pé com cara de assustada. — Sei que tudo entre nós aconteceu de uma maneira diferente e rápida demais, Dulce, mas eu queria oficializar de vez isso, de verdade. Então...

— Estou grávida! — Dulce falou séria e Martín tampou a boca como se ele tivesse falado besteira.

— Casa comigo? — eu falei num impulso.

Mas não era tão impulso assim. Quando Dulce falou que estava grávida, minha cabeça deu uma volta de 360 graus e todos os momentos em que transamos sem camisinha vieram em minha mente, era um fato.

— Sim!

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FIM?

Nota da Vick: Chegamos ao fim de mais uma história.

Ou não.

Amanhã a gente descobre, mas esperamos que vocês tenham gostado de cada capítulo que foi escrito com muito amor pra Luma!

Eu e a Donna amamos cada segundo e estamos com raiva de fechar esse ciclo, mas histórias chegam ao fim, não necessariamente acabam pra sempre.

Obrigada sempre 💜

Extraño-TeOnde histórias criam vida. Descubra agora