32.Não quero ficar aqui

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Tudo bem, eu trouxe curativo, material cirúrgico e chamei um carro. - Veio até mim com uma pequena caixinha de primeiros socorros.

— Você ta debochando de mim. - A menina disse com voz de choro.

— Não querida, não tem nada pior do que ver minha linda sobrinha se machucar. Ta bem, pronto. - Disse enquanto limpava o sangue de meu joelho.

— Tio, eu vou morrer? - Pergunta olhando para o joelho ralado. - Eu não devia ter escutado o John, a ideia foi dele.

— Eu diria que as chances de sobreviver são 100%! - Disse rindo ainda limpando o machucado.

— E você?Vai vai morrer? - A menina pergunta inocentemente.

— Escuta, todo mundo morre um dia querida. Mas vou viver por muito, muito tempo. - Soltou um grande suspiro.

— E se você e a mamãe morrer e eu continuar aqui? - Perguntou limpando o nariz que estava molhado por conta das lágrimas.

— Você já vai estar crescida e não vai precisar de nós. - Limpa as lágrimas do rosto da menina.

— Vou sempre precisar de vocês. - A menina diz o abraçando.

— Tudo bem, tudo bem. Agora vamos antes que sua mãe venha atrás de nós. - Ele a abraçou.

Desperto lentamente e abro meus olhos, ainda sonolenta eu me sento na cama e olho ao redor, eu estava na cama de Tommy. Ao meu lado estava Finn dormindo no pequeno sofá, me levanto e tentando não fazer barulho vou até a mesinha aonde tinha uma jarra de água. Enquanto dou repetidos goles no copo de água, lembrome-me do sonho que tive, uma lembrança de quando criança.

[...]

O sol já se fazia presente no céu e todos já estavam acordados, Emma também estava aqui, havia vindo trazer roupas para mim e assim ficou. Em frente ao espelho eu aboto os botões do sobretudo preto com mangas largas, encaro por breves segundos meu rosto que estava com expressão chorosa e um pouco pálido. Acabo por vestir minhas luvas de couro e colocar minhas botas.

 Acabo por vestir minhas luvas de couro e colocar minhas botas

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( P.O.V JOHN )

Em frente ao espelho eu coloco meu sobretudo e arrumo sua gole, pelo reflexo vejo Izzy entrar no quarto e vir em minha direção.

— Então você vai mesmo. - Se senta na cama.

— Com certeza, é o enterro do James. - A respondo sério.

— Não estou me sentindo muito bem hoje John, fica comigo. - Fala fazendo uma voz manhosa.

— Você tem vários empregados a sua disposição aqui, eu não vou ficar. - Coloco minha boina.

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