07.Passado

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Fiquei em silêncio por alguns segundos, ao ouvir aquela voz fiquei ,sem reação, da minha boca nenhuma palavra conseguia sair e minha mente em questão de segundos se tornou um eterno flashback.

— Hana. - A voz masculina repetiu.

— Quem é? - Sai do transe.

— Não lembra da minha voz? Eu sei que você me viu naquele dia.

— Deixe de rodeios e fale logo quem é! - Falei um pouco nervosa por dentro, mas mantive minha voz firme.

— Parece que você não se lembra da minha voz, que decepção, filha. - Soltou uma risada irônica.

Minha memória estava correta, aquela voz era dele, do homem que deixou minha mãe no fundo do poço, o responsável pelo brilho dela ter se apagado, o amor que a destruiu eu diria.

— Não me chame assim. - Engoli seco.

— Por que não? Você é minha filha. - Continou com o tom irônico.

— O que você quer comigo?

— Podemos nos ver? - Pergunta.

— Não tenho interesse nenhum em ver você. - Falo com indiferença.

— Vamos Hana, não torne as coisas mais difíceis pro seu pai. - Insitiu.

— Eu não tenho pai, você é só um estranho! - Aumentei o tom com raiva.

— Eu vou ter que usar outros meios de novo? Eu não queria ter que usar a força filha. - Debocha.

— Eu não acredito...Foi você não foi?! - Gritei no telefone enquanto olhava pro nads incrédula.

— Se você não coloborar comigo, eu terei que ir te fazer uma visita, na casa aonde vocês e aquele homem moram. - Falou com um tom ameaçador.

— Aquele homem se chama James e ele é meu tio! Foi aquele que fez o que você não teve coragem. - Senti meu olho encher de água.

— Ok ok, parece que o nosso encontro será na sua casa então.

Relutei por alguns segundos, até que decidi ver logo de uma vez o que ele pretendia com essa volta repentina. Eu não queria ve-lo, mas também não podia permitir que ela pisasse em minha casa e muito menos que encontrasse com o meu tio, ele não merecia reencontrar alguém tão desprezível.

— Amanhã no pub depois do horário de funcionamento. - Falei sem demora.

— Parece que você também gosta daquele pub.

Desliguei o telefone com força, me encostei na pequena cômoda ao lado e assim me dei conta do que havia acabado de acontecer. Eu não entendo por que alguém que me rejeitou, agora reaparece querendo me encontrar. Seria um grande desafio ve-lo em minha frente depois de tantos anos, eu só o vi uma vez na minha infância e nunca consegui esquecer a sua voz e muito menos aquela cena.

Subi as escadas e coloquei uma roupa para dormi, deitei minha cabeça no travesseiro e olhei para a janela logo ao meu lado. Minha mente estava uma bagunça, ouço o barulho da porta se abrindo e a voz de meu tio se despedindo de Thomas. Ao ouvir seus passos subindo as escadas de madeira, virei para o lado oposto da porta e fechei os olhos para tentar dormi...

[...]

Minha esperança de ter uma manhã com uma energia um pouco melhor, já estava fora de cogitação. Mesmo tentando me manter ocupada, minha mente só me levava a uma coisa...Sou tirada de meus pensamentos por Arthur, Thomas e Finn que entram no escritório.

Sou tirada de meus pensamentos por Arthur, Thomas e Finn que entram no escritório

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