56.O inicio da caça

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Esperei que meu pai e meu irmão passagem pelo corredor também, para assim sair para fora. Poderei por alguns segundos no meio de corredor se deveria ou não falar com Theo e perguntar o porque ele estava ouvindo a conversa e o que conseguiu ouvir. Mas depois de muito pensar decidi permanecer calada, eu não conhecia Theo, nem seu caráter, iria observa-lo e ver quais seriam suas atitudes.

Voltei então para o salão e vi que Hanna estava perto da janela conversando com algumas pessoas, enquanto isso John estava do outro lado com Arthur, mas o mesmo nem estava prestando atenção no que o irmão dizia, seu olhar voltava por diversas vezes a minha sobrinha. Afim de ajudar, tive uma ideia e imediatamente tratei de a colocar em prática.

— Hanna querida. - Disse me aproximando.

— Sim, Tia? - Ela disse se virando.

— Pode colocar esses poemas que estavam com as crianças lá na biblioteca? Ao lado dos livros que Ethan trouxe. - Falei mostrando os papéis em minhas mãos.

— Claro, vou aproveitar pra dar uma olhada, ainda não fui lá. - Ela disse pegando os papéis e sorrindo genuinamente.

— Ótimo. - Falei retribuindo o sorriso.

Assim que Hanna se retirou da roda e foi em direção a biblioteca, olhei para John e fiz um movimento com a cabeça sinalizando para que ele fosse atrás. Ele imediatamente entendeu o recado e abriu um sorriso travesso, que me fez rir. Sem demora ele disse algo para Arthur e foi para a mesma direção que Hanna.

[ P.O.V HANNA ]

Peguei os papéis da minha de minha tia e sai do salão, indo em direção a biblioteca. Não demorou muito para que eu chegasse até lá, fui em direção a mesa aonde estavam os livros de Ethan e deixei os papéis em cima. Então olhei ao redor com o olhar interessado e comecei a caminhar pelo vasto lugar, Tommy havia feito um ótimo trabalho, aquele lugar seria o paraíso para as crianças que gostavam de ler.

Me aproximei de uma das prateleiras aonde estavam os romances e peguei um dos livros, quando eu era uma mera adolescente eu amava ler esses contos, sonhava acordada com cada momento clichê que lia entre as várias páginas. Enquanto passava meu olhar pelo título do livro, ouvi o barulho da porta sendo aberta e me virei imediatamente. Meu olhos logo foram de encontro a um par de íris azuis.

— Deixa eu adivinhar, Orgulho e Preconceito? - Ele disse com confiança, abrindo um sorriso ladino e descendo seu olhar até o livro em minha mão.

— Como adivinhou? - Falei incrédula, arregalando um pouco os olhos.

— Você sempre foi alucinada por esse livro. - Ele disse se aproximando. - O romance sobre o nobre sóbrio e distinto que se apaixona pela garota rebelde. - Fala imitando uma voz poética.

— Você me conhece tão bem que chega a irritar. - Soltei uma risada breve e revirei os olhos. - Nem se atreva a se aproximar, pode ficar aonde está Shelby.

No mesmo momento ele riu olhando para o chão e parou de caminhar, levantando as duas mãos para cima.

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