96.A queda dos Shelby's

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[ P.O.V HANNA ]

Olhei para a janela e então percebi que a lua já estava alta no céu, as horas haviam se passado rapidamente e por estar trabalhando feito uma máquina, eu não percebi. Cansada jogo então todo o peso de meu corpo na cadeira e me estico com completo. Suspirando de maneira cansada, eu apoio a cabeça em minha mão.

— Hanna? - Emma me chama.

— Oi... - Respondo sem abrir meus olhos.

— Você devia ir pra casa descansar um pouco, eu tomo conta das coisas por aqui. - Diz com seu tom preocupado.

— Eu já vou... - Falo me espreguiçando. - Vou apenas guardar esses documentos.

— Promete? - Arquea a sobrancelha.

— Prometo. - Sorrio levemente para ela.

Ela então sorri de volta e sai da sala, volto então a fechar meus olhos para descansar por mais uns minutos, até que eu criasse forças para me levantar. Após uns minutos tomo então coragem e me ajeito na cadeira, me aproximando da mesa. Comecei então a empilhar os vários documentos que estavam sobre a mesa, e os coloquei em seus devidos lugares.

Enquanto eu olhava para baixo, por estar arrumando a gaveta. Ouço então o som da porta ser aberta, e por achar que era Emma, nem ao menos me levantei para olhar.

— Emma eu já vou. - Falei erguendo o braço e fazendo um sinal com a mão.

— Não é a Emma. - A voz de Polly se faz presente.

No mesmo instante eu me levanto e nossos olhos se encontram, eu a encaro surpresa e sem a mínima reação. Polly era como uma mãe para mim, eu a respeitava muito e mesmo que eu estivesse com razão em uma discussão, assim que ela falava eu me calava, todos eram assim em relação a ela.

— Olhe só para esse rosto, trabalhando feito uma máquina sem nem ao menos descansar, Hanna! - Me dá uma bronca.

— Eu estou bem, não precisa se preocupar. - Tusso e recomponho minha postura.

— Pode mentir pra mim o quanto quiser. - Se aproxima. - Eu vejo em seus olhos o quão exausta está. - Olho no fundo de meus olhos. - Me diz, como tem andando esses dias sozinha nem dividir o que sente com ninguém?

— A dor só me deixa mais forte. Você não dizia isso? - Engulo o choro. - O que me ensinou me manteve viva. - A encaro.

— Você é jovem, tem tempo pra esquecer. - Diz de forma sábia. - Tenta viver com menos raiva, tome o controle novamente.

— É mais difícil do que parece. - Suspiro. - Quando penso que estou indo pelo caminho certo, acontece alguma coisa e me faz perder tudo. - Falo com um pouco de agressividade.

— Você sabe que não está sozinha, que tem uma família que te ama muito. - Se aproxima.

— Eu... - Desvio o olhar.

— Hanna, essa família vem com muitos problemas. Mas há pelo menos uma vantagem. - Olha para mim. - Você sempre terá um lar conosco. - Sorri sem mostrar os dentes.

Ouvindo suas palavras, meus olhos se encheram de lágrimas e eu não a encarei por nenhum minuto. Mantive meu olhar fixo ao vaso que estava em cima da mesa e tentei ao máximo segurar o choro.

 Mantive meu olhar fixo ao vaso que estava em cima da mesa e tentei ao máximo segurar o choro

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