12.Eu lutarei por você

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(P.O.V HANA)

Ali mesmo parada no meio do cômodo, abri a carta e comecei a ler com pressa, a carta dizia:

Quando o sol estiver se pondo um carro estará te esperando atrás do pub, pegue só o necessário, você vai ter coisas de sobra agora. Você tomou a decisão certa filha, é hora de voltar para casa.

Com a respiração um pouco acelarada me encostei na pia e então comecei a processar tudo, olhando para baixo, percebo a presença de meu tio que acabará de entrar no cômodo.

— Que cara é essa Hana? O que aconteceu? - Coloca a mão em meu ombro.

— Eu vou te explicar tudo tio, mas primeiro precisamos ir pra casa. - Olho para o mesmo.

Meu tio deixa um dos homens dos Peaky Blinders tomando conta do pub e me acompanha até em casa.

[...]

Enquanto terminava de arrumar meu pertences, terminei também de contar aos prantos tudo que estava acontecendo. Meu tio se mantia estatico no meio do quarto, fechei a mala e me levantei, ficando de frente para ele que me olhava com os olhos marejados.

— Eu preciso ir tio, pela mamãe. - Falei angustiada tentando o convencer.

— Eu não acredito que aquele babaca veio até aqui pra... - Fala nervoso e eu o interrompo.

— Eu não planejo ficar muito tempo lá, eu vou voltar. - Seguro os braços do mesmo, fazendo ele prestar atenção em mim.

— Você não contou para ninguém, não é?- Olha para mim.

— Eles vão me entender, eu não estou abandonando vocês, nunca! - Sento na cama e olho para baixo.

As lágrimas começam a descer pelo meu rosto, me doia ter que ir assim desse jeito, mas eu sabia que seria muito mais doloroso olhar nos olhos de cada um e dizer adeus, sem saber quando eu voltaria. Eu sabia o quanto doeria olhar nos olhos de John e dizer adeus, eu precisava ir, precisava me sacrificar pelo minha mãe gostaria que eu fizesse, precisava descobrir direito essa história toda.

— Não se preocupe querida, eu sei que você esta fazendo isso pela sua mãe, e eu também sei que ela gostaria de conhecer essa criança. - Sr ajoelha em minha frente e segura minhas mãos.

— Eu não quero ir para aquela casa, que inferno! - Bato os pés no chão nervoso.

— Hana olhe para mim, nunca, nunca se torne uma deles me ouviu? Mesmo estando no meio deles, não se torne uma deles! - Segura meu rosto e fala sério.

— Eu prometo! - Limpo minhas lágrimas e respondo com firmeza.

Olhei para a janela e o sol estava se pondo, sequei as lágrimas e desci com meu tio, saímos de casa e fomos direto para o local indicado. Depois de alguns minutos de esperar um carro para do outro lado da rua e o motorista pela janela me cumprimenta com o chapéu, me virei para o meu tio e o abracei forte, eu nunca imaginei que um dia estaria passando por isso.

— Nunca se esqueça que você tem uma família, que você não esta sozinha, você não precisa deles! - Disse olhando em meu olhos com um sorriso fraco.

Apenas assenti com a cabeça, eu não conseguia controlar as lágrimas e de minha boca não saia nem sequer uma palavra. Nos soltamos e com a mala em um das mãos, eu caminhei até o carro, coloquei a mala dentro do carro e antes de entrar no mesmo parei ao lado da porta e olhei para o meu tio.

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