83.Sempre foi você

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[ P.O.V JOHN ]

Assim que sai da casa de Tommy, apenas entrei no carro e comecei a dirigir sem pensar. Após andar por um tempo sem destino, cheguei a um pub que ficava em West Bromwich, aonde eu já era conhecido. Assim que entrei fui recebido por olhares e diversos comprimentos, me sentei no balcão e logo uma bebida foi servida.

— Por conta da casa Sr.Shelby. - O dono do pub diz me servindo.

Agradeci com uma breve reverência com a cabeça e logo levo o copo até meus lábios, o uísque estava puro e desceu rapidamente por minha garganta. Minha cabeça estava cheia e o barulho alto do pub só a bagunçava mais. Apesar de que eu não conseguia prestar atenção em nada ao meu redor, como se estivesse em meu próprio mundo.

Eu me senta patético por estar sentindo isso, mas era inevitável, eu não podia fazer nada. Ela o conheceu quando estávamos definitivamente em caminhos distintos, eu não faço a mínima ideia do que os dois viveram e da intensidade do que sentiram. O que sei é que ela se importava com ele, ele foi especial e isso ela não negava.

Só de pensar que David poderia ter de fato a conquistado, só de pensar em Hanna subindo ao altar e entregando o seu coração para outro alguém, eu ficava louco. Esse era o poder que Hanna tinha sobre mim, me deixava louco, me deixava indefeso e fazia com que todos os meus muros caíssem por terra. Intensos, tamanha intensidade que nos consumia.

[...]

Algum tempo havia se passado e eu continuava ali, tentei manter o controle na bebida e me distrai com alguns conhecidos que estavam por ali. Passei meu tempo jogando dardos, o que por um tempo me fez me acalmar e esquecer da discussão com Hanna. Joguei então o último dardo que estava nas mãos e acerto bem próximo ao alvo do meio, logo comemorando de forma calorosa com os homens.

Sinto minha garganta seca e decido ir até o balcão pegar mais um copo de uísque, e assim eu fiz.

— Mais um copo por favor. - Peço assim que encosto no balcão.

Não demorou muito para que mais um copo fosse servido a mim, levo o mesmo até meus lábios e enquanto o bebo observo alguém se aproximar.

— Já ouvir falar muito sobre o charme Shelby, mas não pensei que fosse tanto assim. - Uma mulher se aproxima e para ao meu lado.

— Isso são só histórias que as pessoas inventam. - A olhei e soltei uma risada modesta, voltando a olhar para frente.

— Eu também achava isso, mas acabei de comprovar que não. - Sorri de canto. - Me chamo Daphne Colter. - Se apresenta, mantendo um sorriso sedutor no rosto.

— Eu sou... - Sou interrompido por ela.

— John Shelby, o irmão do meio, eu sei. - Me analisa com o olhar.

— Você é rápida. - Rio, dando mais um gole no uísque.

— Não é todo dia que temos um Shelby por aqui, assim que você chegou chamou a atenção de todos. - Se aproxima mais.

— Não era minha intenção, pelo menos não hoje. - Viro o copo por inteiro.

— Você parece estar atordoado, o que te preocupa Shelby? - Inclina sua cabeça para frente.

Assim que escuto a mesma me chamar pelo sobrenome, me lembro de Hanna de forma clara, era como se eu pudesse ouvir sua voz única me chamando próximo aos meus ouvidos.

— Eu estou bem, não se preocupe. - Balanço a cabeça negativamente.

— A minha intenção hoje é não fazer você se preocupar... - Passa a mão por meu ombro. - Porque não me paga alguma coisa, hum?

Meu Eterno Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora