81.Apenas um bilhete

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[ P.O.V JOHN ]

Estávamos caminhando em direção ao quarto aonde Dominic estava, eu estava aliviado por isso já está acabando, Hanna não admitia mas estava torturando a si mesma por causa dessa vingança. E então o que eu mais temia aconteceu, ouço então um um choro alto e assim que olho para trás vejo Hanna em prantos.

— HANNA! - Grito alto.

Ela perde o equilíbrio como se estivesse perdendo as forças e antes que caísse no chão, é amparada por Tommy. Desesperado corri até ela e me abaixei para ficar a sua altura, já que a mesma estava no chão nos braços de Tommy. Ela não parava de chorar e não atendia a nenhum dos chamados, parecia estar em transe. Por algumas vezes ela respondia alguns dos chamados, como os meus e os de Ethan, mas logo voltava ao transe.

Vê-la daquele jeito era como a pior tortura, eu me senti imponente por não poder fazer absolutamente nada. Eu só queria a proteger de todo o mal que a causaram, ela não merecia isso, nada disso. Estava tudo bem se eu sofresse, se eu fosse o pecador, mas a última coisa que eu queria era vê-la quebrada desse jeito. Ela era boa, genuína e com os anos aprendeu a se defender do mal que queriam lhe causar.

— Hanna olha pra mim meu amor...! - Chamo por ela em desespero, segurando seu rosto.

— John... - Ela encara meus olhos com ternura.

A aquelas foram suas últimas palavras antes de ficar inconsciente por completo, seus olhos se fecharam lentamente e ela despejou todo o peso de seu corpo em Tommy, deixando com que sua cabeça decaísse para o lado.

— Hanna! - Tento a acordar mas é em vão. - Ela não pode mais ficar aqui! - Falo para os demais.

— Levem ela para o carro! - Tommy manda. - Ethan leva ela pra minha casa, nós vamos acabar com isso e vamos pra lá também.

— Pode deixar. - Ethan assente.

Tommy então a entrega para mim e com firmeza eu a seguro em meus braços. Com passos rápidos e pesados corro para o carro juntamente com a Ethan, assim que chegamos perto do automóvel ele abre a porta do banco de trás para mim e eu entro. Com cuidado a deito por inteiro sobre o banco e coloco um das mãos em sua testa para ver sua temperatura.

— Vai ficar tudo bem meu amor... - Suspiro, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto.

Retiro meu casaco e o coloco sobre ela, mesmo ela estando agasalhada, eu temia que seu estado fosse a fazer sentir maia frio e por isso decidi colocar o meu sobre ela. Saio do carro entanto e fecho a porta, me aproximando então da janela do banco do motorista, aonde Ethan já estava.

— Cuida bem dela. - Peço a ele.

— Como minha própria vida. - Ele assente.

O comprimento com um toque sem ombro e ele faz o mesmo com um gesto com a cabeça. Me afasto do carro e ele então sai em uma velocidade média, fico por alguns segundos o observando de longe, até que ele estivesse em uma distância boa do hospital. Volto então para dentro do hospital e foi como se minha energia mudasse instantaneamente. Só de saber que o responsável por tudo isso estava a poucos metros de mim, eu sentia meu sangue ferver e misericórdia não existiria em meu vocabulário.

Eu o faria se arrepender por ter tido tamanha coragem de fazer o que fez com Hanna, o faria sofrer tanto que ele pediria pela morte, assim como a fez pedir. Dominic conseguiu despertar meu pior lado, o lado explosivo, o lado que não via nada a sua vida e não sabia quando parar. O lado que só era acalmado por Hanna, a única que me afastava da escuridão.

Tommy tratou de tirar o desgraçado do quarto e o levou para a sala que o esperava a alguns dias, e foi para lá que eu fui com rapidez. Assim que entrei na sala o vi caído no chão, como um lixo, era como se eu pudesse ver Hanna na mesma situação, ali aonde ele mesmo estava.

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