64.A dama de vermelho

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Após tantos gritos e tentativas falhas de força, me cansei e deixei que a fraqueza tomasse conta de mim, assim que a onda de euforia saiu de meu corpo, fiquei completamente sem forças. Tremendo por conta da frieza da noite eu permanecia do canto da cama encolhida, com as costas juntas a parede branca e fria. Eu encarava o nada, com o olhar vago e perdido, assim como minha mente.

Pelas minhas contas estava de madrugada, talvez umas 02:30 da manhã ou até mais, era difícil saber algo sobre o fuso horário dentro desse horrendo quarto

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Pelas minhas contas estava de madrugada, talvez umas 02:30 da manhã ou até mais, era difícil saber algo sobre o fuso horário dentro desse horrendo quarto. Ouço então a porta de ferro sendo aberta, com puro instinto arregalo os olhos e assustada vou dando passos para longe.

— Na precisa ficar com medo, sou eu. - Theo diz sussurrando.

O encaro dos pés a cabeça, ele então fecha a porta tentando fazer o máximo de silêncio que pudesse. Com uma sacola em seu braço ele se vira e me encara, por breves segundos vi ternura em seu olhar, ele conseguia fingir bem, traidor.

— O que veio fazer aqui? - Ergui a cabeça.

— Trouxe algo pra você. - Ele se aproxima e começa a abrir a sacola. - Você precisa comer, está muito fraca. - Se senta na cama e mostra o pequeno pote com alimento.

— Eu não quero nada de você! - Cerro os dentes e falo minuciosamente.

— Hanna você tem que confiar em mim, por favor, você não tem mais ninguém. - Se aproxima mais, com o olhar insistente.

— Eu não acredito em ninguém, não acredito nem na minha própria mente. - Falo encarando seus olhos profundamente.

— Por isso está aqui, deixe de ser orgulhosa, sei muito bem sobre a sua personalidade forte, mas essa não é a hora! - Tenta tocar em minha mão. - Esse ódio não vai te levar a lugar nenhum, Hanna.

— Eu não odeio ninguém, só quero que paguem pelo que estão fazendo! - Dou um impulso para frente, fincando as unhas no colchão.

— Não comer, você vai morrer! - Tenta controlar seu tom de voz.

— Por que se importa se eu morrer? Não é isso que você quer? - O olho com desdém.

— Eu queria, até te conhecer naquele teatro. - Olha pra baixo.

Um barulho alto de passos então soa no corredor, no mesmo instante Theo se levanta e esconde o alimento que trouxe em baixo da cama. O mesmo então se põe em frente cama, e com uma postura de "chefe" ele fica me olhando, até a porta ser aberta e revelar a feição de Dominic.

— Theo, o que faz aqui? - Dominic diz entrando.

— Ouvi um barulho no quarto e corri para ver o que estava acontecendo. - Theo responde rapidamente. - Achei que ela estivesse fugindo.

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