11.Deixe-me ser aquele

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(P.O.V JOHN)

Abro meus olhos lentamente despertando do sono, olho para o lado e vejo que Hana ainda estava ao meu lado, dormindo profundamente abraçada em meu corpo. Passo alguns segundos ali a observando, olha-la me trazia paz, a paz que era tão rara em minha vida. Com cuidado me levanto sem acorda-la e visto somente minha calça.

Me sento sobre a pequena escrivaninha e pego caneta e papel, desde de os 14 anos, eu e Hana temos uma mania de escrever cartas, dizendo coisas que queríamos dizer um ao outro, ou apenas desabafando sobre algo. As cartas são desabafos, são os nossos pensamentos, então ela não precisam ser lidas, essa parte foi a Hana que invetou, depois de escrevemos as cartas nós podemos fazer o que quisermos com elas, rasgar, jogar no rio e etc. Com a cadeira um pouco virada em direção a cama, a observo dormi e então começo a escrever.

{ Carta }

Eu observo os seus olhos pertubados enquanto você descansa, e eu me apaixono com cada respiração. Me pergunto se aqueles olhos estão realmente fechados, e se eu sou aquele com quem você sonha. Porque por debaixo da escuridão, há uma luz tentando tanto ser vista. E eu disso disso, pois percebi um pouco de luz brilhando através das costuras. E se isso for o necessário, então deixe-me ser aquele que aguentará a dor, se isso for o necessário, eu estarei quebrando todas essas paredes no nosso caminho.Você continua me dizendo que estou desperdiçando tempo, mas chamar isso de desperdício de tempo é um crime. E você pensa que tudo o que tento fazer é loucura, bem amor, eu sou louco por você. Porque se você ainda não entende, então eu nunca te deixarei esquecer, que você não precisa fazer isso sozinha, eu serei seu ombro para você se apoiar, eu serei o seu certo quando você se sentir errada. Então venha, pegue minha mão, estamos seguindo em frente...


Dobrei a carta e a coloquei dentro da gaveta, depois eu decidiria qual seria o fim dela. Olhei para a cama e Hana estava sentada mexendo no cabelos, ela sempre fazia isso quando acordava, mexia nos cabelos parecendo que estava os bagunçando mais.

— Que horas são? - Pergunta.

— Ainde é de manhã. - Falo olhando pela brecha da cortina, observando a rua.

— Por que seu travesseiro é tão macio? Vou roubar pra mim. - Se joga novamente na cama.

— Você pode dormi com ele todos os dias... Se vier dormi comigo. - Falo com um sorriso malicioso no rosto.

— Isso vai depender de como você se comporta. - Se levanta e vem até mim, logo me dando um selinho.

Me levanto e então começamos a nos trocar, já prontos procuro minha boina, enquanto Hana terminar de se arrumar em frente ao espelho, saímos do quarto e descemos as escadas.

— Parece que o Billy  gostou muito do seu trabalho com os cavalos. - Arrumo minha boina.

— Ele seria um idiota se não gostasse, os treinadores dele são todos uns frescos e arrogantes, aprenderam sobre cavalos lendo livros, eu aprendi na prática. - Dá risada e para em frente a porta.

— Não vai nem se despedir direito? - A puxo com rapidez e seguro em sua cintura.

— Até mais tarde John. - Coloca a mão em meu rosto e me dá um beijo demorado.

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