99.Amor em alto mar

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Após muito tempo escolhendo, finalmente achei a roupa perfeita para aquela noite. Sem perder tempo vou até o banheiro e faço minhas higienes. Começo então a me arrumar, colocando primeiramente o vestido de gala branco, estilo sereia, que possuía um detalhe chamativo em seus ombros.

Nos pés calcei um par de saltos brancos, que possuíam algumas pedras preciosas em sua frente. Em frente ao espelho eu coloco com delicadeza o colar de pérolas, presente de tia Charlotte e por último faço um penteado em meu cabelo, o deixando solto, mas com algumas ondas.

Em frente ao espelho eu me admiro pausadamente, eu estava parecia aquelas mulheres ricas que vivem para gastar seu dinheiro em um cassino todas as noites

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Em frente ao espelho eu me admiro pausadamente, eu estava parecia aquelas mulheres ricas que vivem para gastar seu dinheiro em um cassino todas as noites. Olho para a sacada e admiro a visão do mar, eu não poderia acreditar, parecia um sonho. Eu e John, apenas nós dois em alto mar, vestidos da maneira mais chique possível, vivendo em nosso próprio mundo.

Fico imaginando a expressão das nossas versões jovens, aqueles tolos adolescentes nunca iriam acreditar que um dia isso pudesse de fato virar realidade. Vou até a pequena mesa que havia ali e pego um papel e uma caneta, completamente inspirada começou a escrever.

{ Carta }
Você me diz que sou complicada, e isso pode ser um eufemismo, mais alguma coisa? Você me diz que sou indecisa, sou sensível mas tento esconder, mais alguma coisa? Você me diz que penso demais, até eu arruinar uma coisa boa, mais alguma coisa? Você me diz que preferiria brigar, ao invés de passar uma única noite tranquila com qualquer pessoa. Você realmente me conhece, o futuro e o meu passado, todos os labirintos e loucuras em minha mente. Você realmente me ama, você me conhece e me ama, e esse é o tipo de coisa que eu sempre esperei encontrar. Sempre achei que eu fosse alguém difícil de se amar, até você fazer isso parecer fácil, parecer tão fácil. Toque-me até eu me encontrar em um sentimento, diga-me com as suas mãos que você nunca me deixará. Você é tudo que eu sei, cure-me quando eu estiver quebrada. Você é tudo que eu sei, você me salvou e sabe disso.

Com a carta em mãos eu me levanto e vou até a sacada, sinto o vento da noite fria bater contra o meu rosto e me apoio na proteção de ferro. Estico então o braço para frente, deixando com que o vento batesse contra a carta que segurava, e então a solto. Observo o pequeno pedaço de papel voar por alguns segundos, até finalmente cair no mar e boiar, sendo levado pela correnteza.

Fico por alguns segundos ali e e então entro de volta para o quarto. Passo meu batom avermelhado como de costume e vendo que já estava na hora, decido ir. Saio do quarto e caminho pelo corredor, logo perguntando aonde ficava o salão principal e então sendo guiada por um funcionário até a entrada. Já na entrada vi o quão movimentada aquela parte do navio ficava a noite.

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