Terapia • Bucky Barnes

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- Entrei na sala errada?

Perguntou Bucky olhando para a mulher sentada do outro lado da mesa, escrevendo algo em seu caderno.

A sala parecia a mesma, mas o que teria confundido?

- Olá James - cumprimentou a mulher, tirando o cabelo da lateral do rosto e jogando para costas. - Sou S/N, vou ficar no lugar da Megah, sua nova terapeuta, sua psicóloga precisou tirar uma licença emergencial.

Ela levantou, arrumando o vestido que tinha subido um pouco ao ter se sentado.

Apontou para as poltronas na lateral da sala indicando para ele sentar.

- Espero que você não se importe.

- Não é como se eu tivesse muita escolha - disse sobre seu programa de reabilitação profissional do Exército dos EUA. - Preciso cumprir a papelada, para sair dessa condicional.

Sentou-se, jogando-se na poltrona.

Voltou o olhar para a terapeuta e a observou abrir as persianas da janela na lateral, deixando o ambiente mais arejado e iluminado.

Coisa que não acontecia, já que Megah deixava tudo a base de luz interna.

- Tá um dia lindo lá fora. - disse ela com sorriso mínimo. - Seria um disperdicio não deixar essa luz entrar.

- Hum. - murmurou pondo as mãos contra o colo.

- Bem, nós precisaremos nós conhecer ainda, estabelecer....

- É só ler meu prontuário - cortou a conversa afiada querendo terminar logo com aquilo.

- Seu prontuário será zerado comigo.

- Não vou começar com tudo isso de novo - disse pondo as mãos nos joelhos e levemente se inclinando na frente. - Já fiz isso por tempo demais e com muitas pessoas.

- E não se abriu para nenhuma delas.

- E algo me diz que não será com você.

- Talvez não - disse pontuando com menear com dor de cabeça. - Mas quero que você se permita se curar.

- Não estou doente Dra.

- Faz quanto tempo que você não tem uma noite completa de sono, Barnes?

- Durmo perfeitamente bem. - contou voltando as costas para a poltrona. - Todo. Santo. Dia.

- Eu não. - disse chamando atenção dele. - Eu servi por 5 anos. Muita coisa pode acontecer nesse período. Vi muita gente morrer, e vi muita gente sendo morta, inclusive por mim. - disse ela contraindo os lábios.

Bucky ficou calado ainda ouvindo o relato.

- Qual patente você era? - finalmente perguntou após alguns instantes em silêncio.

- Da mesma da sua.

Ele ergueu o olhar de uma vez achando aquilo um tanto irônico.

- Isso não é engraçado.

- E não é.

- Eu não sei o que eles... Querem - disse cerrando os olhos - Mas não é assim que vão conseguir.

- Nao estou mentindo Bucky, - disse seu apelido o pegando de surpresa novamente, ela se levantou, abrindo a manga em seu pulso e revelando a marca na extensão do seu braço. - É algo parecido com o que foi feita a Romanoff na KGB. - contou recolhendo o pulso e fechando a manga novamente, com as abotoaduras. - E com Hail Hidra.

Bucky nada falou só engoliu em seco.

Ele sentia que tudo era um teste.

Ela tirou um cartão do seu caderno e anotou algo nele, o estendeu para ele em seguida.

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