Apaixonado na Veterinária

Capítulo 24

Imagina?
Se o nosso filho for a sua cara
Tiver os meus olhos e o seu nariz
Se a nossa filha tiver seu sorriso
Ah meu Deus, eu vou ser tão feliz...

Andrew Collins

A exatamente um ano atrás eu vivia um conto de fadas ao lado de Megan, agora tudo que eu queria é que ela fosse para o mais longe possível de mim. Fizemos o exame de paternidade no dia seguinte em que ela chegou, o resultado sai em dez dias, o que é suficiente para ela arruinar a minha vida. Manuela não fala, mas eu sei que ela não está feliz com toda essa situação, Megan faz de tudo para que ela fique desconfortável, o que me faz querer expulsar ela a ponta pés daqui.

Nós dos primeiros dias ela ainda estava controlada, mas agora ela se sente em casa e no direito de fazer e falar o que quiser, hoje no café da manhã por exemplo, eu sempre me sento na ponta da mesa, Rosa de um lado e Manu do outro, Megan fez questão de se sentar no lugar da Manu só pra provoca-la. Minha mulher lidou muito bem com a situação, mas eu quase explodi, Megan não pode simplesmente voltar aqui e achar que manda e desmanda em tudo, ela foi embora, ela preferiu os luxos da cidade grande ao nosso amor, não tem mais o que fazer.

Manuela e eu medicamos as éguas a tarde toda, já estava escurecendo quando fomos para a casa tomar um banho e jantar, estava tudo agradável até a insuportável aparecer.

- Boa noite papai! - Megan sorriu e me encarou, eu revirei o olho e a ignorei - Seria educado responder a mãe do seu filho sabia Andrew! Aliás, acho que você deveria passar mais tempo com ele, parece até que você não se importa...

- Por favor Megan, sem showzinho! - a interrompi.

- Showzinho? Você fica pelos cantos se agarrando com essa aí e nem liga pra mim ou para o seu filho!

- Megan, agora não, por favor! - Rosa tentou impedir que nossa conversa se estendesse, mas não conseguiu.

- Meu mesmo? Ou de algum playboy que você se divertiu em Nova York?

- Você sabe que eu não sou uma vadia! Não me trate como uma!

- Então para de tentar chamar atenção! - retruquei.

- Eu não precisava cobrar a sua atenção até essa veterinária aparecer! - imediatamente Manuela soltou os talheres que estavam em suas mãos e respirou fundo.

- Você tinha toda atenção em suas mãos, perdeu porque quis, não me meta nessa história! - Manu disse baixo e calmo.

- Perdi porque eu quis? Andrew me abandou em Nova York e sem me dar satisfação alguma, agora ta tudo explicado...

- Chega Megan! Se você insinuar mais alguma coisa eu te coloco pra fora e nos vamos resolver a vida dessa criança através dos advogados! - a interrompi mais uma vez.

Dessa vez ela se calou, assim como todos nós na mesa, eu sabia que teria que enfrentar meus um roud quando o jantar acabasse, mas era melhor não pensar nisso.

Quando acabamos, Megan subiu para o quarto, Rosa ficou arrumando a cozinha enquanto eu e Manuela dividimos uma taça de sorvete. Quando fomos para o quarto eu bati na porta do quarto de hóspedes em frente o meu e esperei por uma resposta.

- O que você quer? - Megan perguntou com cara de poucos amigos.

- Passar um tempo com meu filho.

- Entre! - ela respondeu.

- Prefiro levar ele pro meu quarto - tentei falar o mais delicadamente possível.

- Prefiro que você entre e o veja!

- Sabe que é meu direito não é? - respirei fundo.

Megan encarou o chão por longos segundos até que caminhou até o berço e trouxe um pequeno bebê em seus braços.

- Tente fazer ele dormir e traga ele de volta, ele é pequeno demais para brincadeiras, não o assuste por favor!

- Prometo dar o meu melhor - respondi.

Ela colocou o pequeno Lian em meu colo e me observou levá-lo para o meu quarto. Me sentei com ele na cama e o encarei sem saber o que fazer, seus olhos azuis me olhavam desconfiados, mas ele parecia bem meu meus braços. Manuela saiu do closet vestindo um pijama de veludo cinza com rendas pretas e me olhou boquiaberta.

- Ela deixou você ficar com ele?

- Sim.

- Ele é tão fofo! - ela se sentou ao nosso lado encarando alegremente o bebê.

- Eu não sei o que fazer, não sei o que falar, não sei se devo falar, não sei absolutamente nada de como ser pai...

- Calma! Você não teve tempo pra se preparar, ela só chegou aqui do nada dizendo que ele é sou filho, logo você aprende - ela sorriu e acariciou meu ombro.

- Quer segurar? - ofereci.

- Claro! - ela aceitou.

Coloquei o pequeno em seus braços e não pude deixar de imaginar como seria se ele fosse nosso, se os olhos azuis que refletem a Megan, na verdade fosse escuros como o da Manu. Com certeza ela ficaria perfeita grávida, perfeita com um pedacinho nosso em seus braços.

- Oi Lian! - ela sorriu para ele - Eu sou a Manuela, sua madrasta, mas prometo não ser má, ok? - os dedinhos inocentes do pequeno brincavam com os fios do cabelo de Manuela e ele a olhava como se pudesse entender cada palavra - Você é um garoto tão lindo, com certeza vai arrasar corações quando crescer.

- Igual ao pai! - brinquei.

- Igual ao pai! - ela riu.

Continuamos conversado com ele, até que ele adormeceu nos braços de Manu e ela foi o levar para o quarto.

Quando Megan abriu a porta, não gostou de ver Lian nós braços da madrasta, como o previsto, assim que colocamos ele no berço, ela começou mais uma de seus brigas.

- Eu deixei meu filho passar um tempo com o pai, não com uma estranha!

- Quando você for embora daqui e ele voltar sozinho, quem vai me ajudar a cuidar é ela!

- Mas eu não quero que ela coloque as mãos no meu filho!

- Boa noite Megan, não vamos discutir isso! - empurrei Manuela para o nosso quarto e fechei a porta - Tudo bem? - perguntei.

- Acho que sim! - ela respondeu se aconchegando em meu peito.

- É um belo pijama, sabia? - desci minhas mãos por suas curvas.

- Eu sei que tenho bom gosto! - ela sorriu.

- O que acha de tirar ele pra eu ver melhor? - levantei a barra da camiseta e ela ergueu os braços para facilitar a saída da peça.

- Seria perfeito! - ela rodeou minha nuca com suas mãos e me beijou intensamente.