Chama que a saudade tá moendo
Tá matando igual veneno, tá grudando feito praga
Tô sentindo a sua falta
Ai, ai, aiManuela Freitas
Me mexi no colchão duro e gemi baixo sentindo meus peitos doerem.
Eu estava acabada!
Pelas minhas contas já deve fazer uma semana que estou nesse lugar. Ao contrário do que eu esperaria se eu fosse sequestrada (não que eu quisesse ser sequestrada né, mas minha expectativas eram outras para isso) eu estava em um quarto limpo e arrumado, em uma casa limpa e arrumada. Pelo que eu pude ver atrás da janela, estou em uma fazenda, a casa é bem grande e ao redor não há nada além de pasto. No dia em que cheguei, Bryan me jogou aqui, depois nunca mais o vi. Todos os dias três vezes ao dia vem um dos seguranças trazer comida, que não é tão ruim assim. Ouço vozes mas não consigo entender nada, ouço pasos, carros, tiros seguidos de risadas, mas nada de alguém pra me salvar.
Eu não consigo descrever a falta que Andrew e Luke me fazem, falta um pedaço de mim, falta até mesmo eu em mim, sem contar a dor de estar com o peito cheio de leite e meu pequeno não poder aproveita-lo. Continuo estimulando minha produção de leite, mas sinto ela secando cada vez mais, preciso sair daqui logo.
Eu estou trancada aqui, a janela é super alta, não tem nada nesse quarto que pudesse me ajudar a sair, eu tô muito fodida.
Me levantei e fui até o banheiro, liguei o chuveiro, entrei em baixo e tentei relaxar pelo menos um pouco. Imaginei um cenário perfeito onde Andrew estaria em baixo do chuveiro comigo e nós estaríamos felizes.
Tenho muito medo de que Bryan tenha feito algo pior com ele ou com meu filho, não saberia lidar com a falta dele de novo, não estou sabendo lidar com nada disso.
Sai do chuveiro e vesti mais umas roupas que estavam no pequeno guarda roupas, como eu disse, isso estava confortável demais para um sequestro, havia uma boa variedade de roupas e todas eram do meu tamanho. Penteei meus cabelos e fiquei observando a janela, não tinha nada pra fazer além de ficar pensando e olhando a vista. Nos primeiros dias dormi a tarde toda, mas como consequência, passei a noite a cordada então não fiz mais.
A porta do quarto se abriu, provavelmente era o café da manhã, mas fiquei surpresa quando Bryan entrou no quarto e Natasha o seguiu com a bandeja em mãos.
- Bom dia flor do dia! - ele sorriu pra mim e eu continuei em silêncio - Meu primo devia ter ficado com aquela loirinha gostosa, acho que ela seria mais educada que você! - ele disse me olhando com desdém e pegando o celular.
Natasha colocou a bandeja sob uma mesinha que havia no canto do quarto e eu me levantei para ir até lá, estava faminta.
- Onde você pensa que vai? - Bryan me olhou e eu parei no lugar em que estava - Você vai ter que fazer uma coisinha pra mim pra depois comer - meu coração disparou e minhas mãos começaram a soar, ele deu um sorriso malicioso - Relaxa priminha, não é nenhum serviço sexual, a não ser que você queira - ele encarou meu corpo e eu cruzei os braços.
- Você não respeita nem mesmo a presença da sua... - puta? Mulher? Não sei como me referir a essa vagabunda que está ao lado dele.
Bryan riu e Natasha me olhou com... Pena?
- Ele pode transar com quem ele quiser, é sempre pra mim que ele volta, não me preocupo... - agora eu deveria olhar pra ela com pena.
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Apaixonado na Veterinária
Roman d'amourAlmas gêmeas realmente existem ou os opostos se atraem? É possível alguém largar tudo que mais ama por um amor e viver o felizes para sempre? Quando Andrew percebe o erro que foi ter largado tudo por uma patricinha, ele volta para o seu querido Tex...