Capítulo 15

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Se fosse preciso escolher
Em te amar ou poder te esquecer
Sei que o meu coração pediria
Duas vezes você...

Manuela Freitas

Andrew e eu conversamos a manhã toda sobre sua família e a cabana, fizemos um almoço que não chegava aos pés da comida da Rosa, mas estava bom, limpamos a cozinha e decidimos ir até a cachoeira um pouco afastada dali.

Enquanto eu tirava meu jeans apertado e vestia um biquíni, pensei em como aquele homem que me esperava do lado de fora do banheiro era especial. Quando mais eu o conheço, mais vejo o quanto ele é incrível e fica impossível não o comparar com Drake, que nunca me ajudaria a cozinhar ou limpar toda a bagunça.

Droga! Ele vai enlouquecer quando eu não atender suas ligações e nem responder suas mensagens, aqui não tem sinal algum.

Respirei fundo.

Não tem o que eu fazer além de aproveitar onde eu estou agora. Ajustei meu biquíni preto e vesti uma camiseta larga com um short jeans. Peguei meu protetor e sai do banheiro, Andrew vestia um short um pouco colorido demais para a sua personalidade, mas impecável, tão impecável quanto seus músculos completamente descobertos.

- Você não ia por biquíni? - ele me olhou desconfiado.

- Eu coloquei.

- Não estou vendo! - eu revirei os olhos.

- Vamos! - peguei minha toalha, enrolei o protetor e sai da cabana, seguida por Andrew.

Ele me guiou por uma trilha até a cachoeira, a queda não era muito grande, mas era linda, me sentei em uma das pedras e comecei a passar meu protetor. Apenas alguns fracos raios de sol conseguem entrar entre os galhos das grandes árvores, mas com o calor eu provavelmente me queimaria se não passasse uma boa camada de filtro solar. Andrew ficou me observando em silêncio enquanto eu espalhava o creme pela minha pele, eu já estava vestindo apenas o short jeans e seus olhos não saiam dos meus seios cobertos pelo fino tecido.

- Quer me ajudar? - sorri e suas bochechas ficaram levemente vermelhas, me fazendo derreter com essa reação.

Ele se aproximou e parou atrás de mim, derrubei um pouco de protetor em sua mão e afastei meu cabelo. Andrew passou as mãos pela parte de cima das minhas costas em movimentos circulares, e então desceu até a altura de minha cintura, deslizando até minha barriga e voltando várias vezes até que estivesse totalmente coberta pelo protetor.

- Prontinho - ele beijou meu ombro.

- Poxa, estava tão bom - sorri maliciosa.

- Se você quiser eu posso continuar...

Sua voz baixa perto do meu ouvido é golpe baixo.

- Continue! - pedi.

As mãos firmes que antes passavam por minhas costas, subiu e desceu pelo meu braço enquanto os lábios quentes beijavam meu pescoço. Ouvi um barulho de botão e meu short escorregou pelas minhas pernas, dando espaço para Andrew apertar minha bunda e acariciar meu quadril.

- Deveria ser proibido usar qualquer roupa por cima desse biquíni, ele deixa sua bunda ainda mais perfeita! - ele mordiscava minha orelha entre uma palavra e outra.

- Só se usa o biquíni quando vai realmente nadar - respondi quase gemendo.

- Claro que não! - sua voz firme fez a umidade entre as minhas pernas aumentar - Você é uma deusa, não devia esconder isso - me virei para ele e o olhei nos olhos.

- Algumas pessoas não concordam...

- Elas que se fodam! - ele me interrompeu firme e depois suspirou - Por que eu sinto que tem dedo do seu noivo nessa história? - desviei o olhar, ele estava certo.

- Ele é um pouco possessivo, não gosta que eu mostre muito meu corpo, sempre que íamos a praia ou a uma piscina ele me fazia vestir algo sempre que não estivesse na água, no começou eu não gostava, mas depois me acostumei...

- Não posso julga-lo porquê imaginar outro homem olhando para o seu corpo faz meu sangue esquentar, mas isso não pode te impedir usar algo - ele suspirou mais uma vez - Não deixe que ele diga o que você pode ou não fazer.

- Ele é meu noivo - eu disse baixo.

- Não é seu dono! - ele retrucou - Não vamos deixar que ele estrague esse momento também, vem, vamos entrar na água - ele segurou minha mão e me levou até o poço que se formava entre as pedras.

Andrew mergulhou de uma vez enquanto eu entrava aos poucos na água fria, sentindo meu corpo arrepiar.

- Vem Manuela, pula de uma vez, é mais fácil! - ele disse um pouco distante de mim, numa parte mais funda.

- Tá muito gelada! - choraminguei.

- Vem logo! - ele ajeitou os cabelos para trás e eu dei mais um passo, sentindo a água cobrir meus joelhos.

- Não dá! - recuei.

- Claro que dá, é só mergulhar de uma vez! - ele insistiu e eu tomei coragem.

- Se eu morrer de hipotermia não se esqueça que foi culpa sua! - fiz um draminha e me joguei na água fria, sentindo meu corpo gelar - PUTA QUE PARIU TÁ MUITO FRIA! - gritei assim que coloquei a cabeça pra fora da água.

- Já que você se acostuma - ele riu e se aproximou - Posso te ajudar a esquentar também, se quiser! - ele segurou meu quadril.

- Não sei não... - dei um olhar travesso para ele e mergulhei novamente, dessa vez nadando para longe dali, seguida por Andrew, que entendeu meu recado.

Nadamos por um bom tempo, ele me rodeava e eu me distanciava, apenas pelo prazer de tê-lo tão focado em me encontrar, era uma brincadeira legal e eu estava me divertindo muito, até que ele conseguiu me encurralar em uma grande pedra.

- Acho que venci! - ele se aproximou com algumas gotas de água correndo por seu peito musculoso.

- E o que você ganha com isso? - sorri maliciosa.

- Acho que vou começar querendo um beijo, depois eu vejo o que mais...

Ele pressionou meu corpo contra a pedra e me puxou para o seu colo, me fazendo entrelaçar as pernas em seu quadril e sentir sua ereção contra minha intimidade. Andrew começou a distribuir beijos por meu maxilar, indo em direção a minha boca, até ataca-lá com desejo.

Entre beijos intensos e a mão de Andrew percorrendo por todo meu corpo, tirando qualquer tecido que pudesse impedir seu toque. Ele estocou fundo, me fazendo gemer e me entregar ainda mais ao momento. Os movimentos ganharam ritmo, ficando cada vez mais rápidos, eu mexia meus quadris e Andrew apertava minha bunda, quando finalmente atingimos o orgasmo.

Ficamos um tempo tentando recuperar o fôlego, mas antes que isso acontecesse por completo, ele tomou meus lábios em um beijo calmo e doce.

- Eu acho que não consigo mais ficar sem você - ele disse baixo.

- Eu também não - respondi no mesmo tom.

- O que vamos fazer? - ele segurou meu rosto e me olhou nos olhos.

- Eu não sei, prefiro não pensar nisso agora - colei nossos lábios e o empurrei para a água, afundando nos braços dele e aproveitando o nosso momento, algo me dizia que as coisas não seriam fáceis assim para sempre.

Apaixonado na VeterináriaOnde histórias criam vida. Descubra agora