Capítulo 14

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Eu não queria ter te conhecido,
Eu não queria ter te encontrado,
Pra você não mudar o meu destino,
E eu não ficar assim apaixonado!

Andrew Collins

Acordei no outro dia bem cedo, tomei café antes da Manuela acordar, e só a vi quando entrou no escritório dela lá pelas oito da manhã. Ontem eu tive que realmente tomar um banho frio para me acalmar antes de descer, meus queridos amigos ainda vão me pagar por terem interrompido aquele momento, mas, já que todas as minhas tarefas estão feitas, nada melhor que continuar de onde paramos.

Fui até a sala de Manuela e empurrei a porta que estava entreaberta. Ela estava tão concentrada sentada em frente ao computador, tão concentrada que só reparou a minha presença alguns segundos depois.

- Já te disseram que você fica linda nessa mesa? - me aproximei ficando em sua frente.

- Nunca me disseram isso, mas eu adorei saber... - ela sorriu.

- Ficaria ainda mais linda se estivesse nua em cima dela - me aproximei e beijei seu pescoço lentamente, como na noite passada.

- Eu estou ocupada agora, meu patrão não vai gostar de me ver matando trabalho... - ela me deu um olhar ingênuo e senti algo acordar entre as minhas pernas.

- Seu patrão quer te ver nua em cima da mesa! - cochichei em seu ouvido.

- Ele é um safado! Se eu soubesse disso antes, nunca teria vindo trabalhar aqui! - ela riu baixo.

- Ele não é um safado, só quer continuar o que começou na noite passada! - desci minhas mãos por sua cintura e a levantei, pressionando a contra a mesa.

Ela gemeu baixo e começou a passar as mãos pela mesa, afastando o papéis e outros objetos, em seguida, virou-se para mim, beijou meus lábios, soltou os botões da minha camisa rapidamente e a jogou longe. Fiz o mesmo com sua t-shirt e seu sutiã, curvei meu corpo a altura de seus seios e abocanhei um deles, dando atenção ao outro com uma das minhas mãos. Ela gemeu e apertou minhas costas com as unhas. Desci meus beijos pela pele de sua barriga, até a fivela azul de seu cinto, que foi aberta em segundos, dando espaço para que o mesmo fosse feito com os botões da calça, que escorregou para baixo junto com a delicada calcinha.

Desabotoei minha fivela e minha calça em um solavanco, deixei que ela se amontoasse nos meus pés junto a cueca. Afastei os joelhos de Manuela e me encaixei em sua entrada úmida, as delicadas mãos que antes machucavam minhas costas, agora abraçavam minha cintura, me puxando para mais perto.
A invadi em uma estocada firme, fazendo com que ela gemesse e me beijasse, nossos movimentos se ritmaram enquanto eu estimulava seu clitóris com meus dedos. Foram longos minutos até o clímax, nos afastamos exaustos e vestimos nossas roupas sem silêncio, depois fomos para casa almoçar como se nada tivesse acontecido.

No outro dia, acordei com a mulher mais linda do mundo nos meus braços. Manuela dormia profundamente com seus longos fios escuros espalhados por todo o meu travesseiro, o corpo nu e quente com as curvas perfeitamente encaixadas no meu. Era um crime acorda-la, mas eu não tinha outra opção. Beijei suavemente sua testa e fiz um caminho curto até seus lábios inchados, demorou alguns segundos até que ela despertasse, mas assim que o fez, abriu um sorriso lindo, um pouco sonolenta, mas linda.

- Bom dia cowboy! - sua voz estava rouca e fraca.

- Bom dia! - sorri de volta - O que pretende fazer hoje?

Ela pensou um pouco.

- Não tenho nada urgente, porque? - seu olhar sonolento foi substituído por um curioso.

- Pensei em te convidar para fazermos uma trilha até uma cabana que eu tenho na mata...

- Só pensou? - seus olhos brilhavam como uma criança quando quer algo.

- Você iria?

- Claro! - ela respondeu de imediato.

- Então pegue algumas coisas e escolha o seu cavalo, vamos passar a noite lá.

Manuela sempre demora para levantar da cama, mas hoje ela praticamente correu para o próprio quarto. Eu amo aquela cabana e como a natureza daquele lugar trás paz, ter alguém que se empolgue tanto quanto eu em ir para lá é incrível.

Tomei um banho e peguei um pouco de roupa, em seguida desci e pedi a Rosa que arrumasse algumas coisas para comermos lá e desse para Manuela levar quando ela fosse me encontrar lá em baixo.

Alimentei os cavalos e selei o Duque, meu lindo baio loiro. Agora era só esperar minha companheira descer e escolher um cavalo.

Não demorou muito para que ela viesse ao meu encontro, vestindo uma camisa xadrez vermelha e azul, por dentro da calça e um belo chapéu de feltro marrom, estava linda como sempre.

- Você está linda! - dei um sorriso leve e um beijo rápido em sua boca.

- Você é perfeito! - ela também sorriu quando afastamos nossos lábios - Agora vamos, não tenho ideia de qual cavalo montar, então você irá me ajudar! - ela caminhou até o corredor de baias e eu a segui - Oi garoto! - ela sorriu acariciando o alazão a esquerda - Oi Príncipe! - os dedos finos correram por todo o rosto do cavalo negro, que mais parecia um gatinho dengoso em suas mãos - É ele! - ela me olhou e sorriu.

- Tem certeza? Ele pode se comportar mal na presença de outro garanhão e... - não queria duvidar da capacidade dela controlar um cavalo, mas não via muito ela montar então precisava garantir que ela não iria se machucar.

- Eles vão se dar bem assim que nos afastarmos das éguas, eu vou ficar bem! - ela voltou sua atenção ao cavalo e pegou o cabresto preso ao lado da baia.

Em minutos, ela selou o cavalo e o montou, sem receio algum, sem me perguntar nada e completamente segura de si. Manuela é sem duvidas a mulher mais incrível que eu eu conheci, a mulher perfeita para mim, e cada vez mais, isso me assusta.

Cavalgamos em silêncio até chegarmos na entrada da mata. Príncipe tentou se mostrar para algumas éguas na beira da cerca, mas logo Manuela acabou com a graça dele e passou pela pequena placa onde dizia "proibida a entrada, área de reserva natural". Seguimos a trilha por um tempo até encontrarmos o rio, onde seguimos lado a lado a ele em busca da pequena cabana. Foi uma meia hora de caminhada até encontrarmos nosso abrigo, soltamos os cavalos no pequeno piquete e entramos na cabana.

Para um lugar fechado por tanto tempo como aquele, as coisas estavam limpas e bem cuidadas, levei a bolsa com mantimentos para a pequena cozinha e indiquei o quarto para Manuela deixar as coisas dela. Organizei os alimentos e fui atrás da minha companhia, que tirava algumas coisas da bolsa e colocava na pequena penteadeira.

- O que é esse lugar? - ela me olhou curiosa.

- Uma cabana? - respondi me sentando na cama.

- Isso é óbvio né! - rimos - Quero saber porque foi construída.

- Não é tão interessante quando parece, mas, meu avô construiu aqui para passar a lua de mel com a minha avó, quando eu era pequeno e cavalgava livremente por aqui, descobri o lugar e comecei a usar ele como esconderijo - ela sorriu e voltou a arrumar suas coisas - Quando meus avós morreram e me deixaram o haras, eu fiz uma pequena reforma por aqui e costumo vir quando estou de cabeça cheia.

- Já trouxe alguém aqui? - juro que vi uma faísca de ciúmes em seus olhos, mas não posso garantir nada.

- Nunca me senti tão a vontade assim.

- Nem a Megan? - ela baixou o olhar e continuou mechendo na bolsa.

- Ela odiaria esse lugar! Até mesmo a versão garota do campo que ela inventou quando veio para cá.

Manuela curvou os lábios em um sorriso de canto.

- E o que vamos fazer aqui?

- Tenho muitas ideias! - sorri malicioso e fui até ela.

- Você não presta! - ela balançou a cabeça em negativo.

- É por isso que você está aqui! - retruquei colando nossos lábios.

Apaixonado na VeterináriaOnde histórias criam vida. Descubra agora