"bem-vindo ao quarto do pânico
onde todos os seus medos mais sombrios vão vir até você, vir até você
bem-vindo ao quarto do pânico
você saberá que eu não estava brincando
quando você os ver também,
os ver também".— panic room, au/ra
revelação de artemis, família.
Acordo em um sobressalto. Minha cabeça lateja um pouco pelo movimento brusco e eu tento ignorar a sede insuportável que faz minha garganta doer. Conforme recobro a consciência, várias dores espalhadas pelo meu corpo acordam também. Essa cabana fede á mofo e medo.
— Vejo que a Cinderela acordou. — A voz grave de Sebastian faz meu corpo gelar.
Ele surge da escuridão, alto e intimidador, me encarando com um sorrisinho debochado. Seus olhos passam uma frieza desconhecida. Não consigo reconhecer o banana que vivia pra agradar Emma.
— Você sabe que... — Tento me ajeitar na cadeira, de forma que deixe meu corpo menos dolorido. — essas algemas estão muito apertadas. Meu sangue vai ficar preso e eu vou acabar morrendo. Ou de sede. Ou de fome.
— Não se preocupe, querida. Eu vim aqui pra esclarecermos nossos assuntos. Se você prometer que não vai tentar aprontar nada, eu até tiro as algemas.
Penso em questionar quais assuntos nós dois temos, mas estou cansada e fraca demais e mal sei dar um soco, então tentar aprontar alguma coisa nem se passa pela minha cabeça. Apenas assinto silenciosamente em um aceno, concordando.
Ele dá um sorriso fraco antes de se aproximar e abre as algemas, fazendo uma sensação de alívio correr por todo o meu braço. Meus pulsos estão marcados e machucados pelo tempo que passei algemada. Não faço ideia se foram apenas algumas horas ou dias. Fico tonta ao vê-lo puxar uma cadeira, se sentar à minha frente e cruzar os braços em uma postura tensa.
— Eu tenho que admitir, você me impressiona. — Ele diz em um tom baixo.
— O que? — Seguro uma risada.
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Knockout #2
RomanceQuando somos crianças, nos ensinam a distinguir entre um herói e um vilão, o bem e o mal, um salvador e uma causa perdida. Mas e se a única diferença real for apenas quem está contando a história? Cinco anos se passaram desde a fatídica noite de 24...