Knockout #2

capítulo 33: não me culpe, o amor me deixou louco

" não me culpe, o amor me deixou louco
se não te deixa, você não está fazendo certo".
- don't blame me, taylor swift.

CHRISTOPHER MADDOX.

Eu a observo em silêncio.

Sua postura é fria, sua expressão é cruel e seu sorriso é sórdido.

Estou olhando pra uma psicopata.

Uma estranha.

Uma ameaça.

Uma inimiga a ser derrotada.

Essa não é a mulher por quem eu me apaixonei. Nem mesmo chega perto.

Não consigo respirar.

- Que palhaçada é essa, sua idiota traidora? - Regina grunhe. - Você está trabalhando com o nosso inimigo?

- Seu inimigo. - Natalie rebate com uma risadinha. - E acho melhor você baixar a bola, Gina, lembre-se que é você quem está amarrada.

Regina parece perturbada. Não tenho forças pra dizer nada.

- Como você... o que você está fazendo!? Ele tentou nos matar!

Natalie sorri.

- Ele só está fazendo o que eu disse pra ele fazer. - Ela revela. - O vinho? Fui eu. A facada que você levou, Maddox? Eu que disse pra você ir pro depósito, lembra?

Sinto um nó em minha garganta enquanto a encaro sem acreditar. Ela ri com satisfação vendo como estou perturbado, e Lennox apenas observa tudo com uma expressão irônica. Ao meu lado, Regina começa a tremer.

- Você trouxe ele pras nossas vidas? - Sussurro.

- Pode apostar nisso. Por que você acha que os idiotas do Sebastian e do Langdon estavam sempre um passo à frente? Porque eu estava por trás de tudo!

Sinto meu corpo paralisar enquanto a dor de outra traição queima dentro de mim, crua e brutal. Artemis.

- Você estava trabalhando com eles também? - Ouço Regina questionar. Agora ela parece prestes a desmaiar.

- Eu não estava trabalhando com eles, eu era a mente genial por trás de tudo. - Ela declara em um tom ofendido.

- Eles me enterraram viva. - Regina sussurra com a voz trêmula. - O Maddox quase perdeu a perna por culpa deles. Você... você fez tudo isso?

- Bom, não posso levar o crédito por tudo. - Ela resmunga. - Mas você ainda está respirando, e o Maddox ainda tem as duas pernas. É uma grande conquista, eu diria.

Ouço as batidas do meu coração em pedaços. Tudo parece tão distante, tão irreal. Meu peito dói, tornando cada respiração uma tortura. Tenho vontade de gritar até explodir meus pulmões.

- Você vai nos matar? - Regina pergunta em um tom vazio. Sua expressão é desafiadora, mas ela está tremendo de forma absurda.