capítulo 10: pessoas que você conhece

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"costumávamos ser próximos,
mas as pessoas podem passar
de pessoas que você conhece
a pessoas que você
não reconhece mais
e o que mais dói é que
as pessoas podem passar
de pessoas que você conhece
a pessoas que você
não reconhece mais".

people you know, selena gomez.

Três meses atrás, eu era só o dono do Rousseau's que gostava de comer churros no café da manhã e de passear com o cachorro no final da tarde

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Três meses atrás, eu era só o dono do Rousseau's que gostava de comer churros no café da manhã e de passear com o cachorro no final da tarde. Minha maior preocupação era manter as contas pagas e a academia limpa. Agora, tenho um assassino em série tentando me matar, meu ex melhor amigo morando comigo e problemas de confiança com a irmã da minha namorada morta.

O que eu não daria pra voltar a ser aquele cara sem graça e monótono.

— Então, a viagem não serviu pra nada? — Maddox questiona ao me entregar um copo com whisky.

— Serviu pra criar um buraco na minha barriga. — Héctor comenta com a voz arrastada atrás de nós. Ele ainda está jogado no banco, completamente dopado.

— Ignora. — Tomo um gole da minha bebida. — Ele nem deve saber que está acordado.

— Eu quero um pouco de whisky. — Ele insiste.

— Já falei que não vamos dividir nosso whisky caro com você. — Maddox resmunga de cara feia. — Agora, volta a dormir. Calado você é um poeta.

Ele balbucia alguns xingamentos antes de apagar completamente outra vez. Posso ou não ter colocado uma grande dose de tranquilizante de cavalo junto com o remédio dele. Detalhes técnicos.

— Respondendo a sua pergunta, não. Não serviu pra nada.

— O que você acha que ela vai fazer? — Ele me encara. — Agora que sabe de tudo.

— Provavelmente sair da cidade e fingir que nunca nos conheceu.

Nos encaramos por dois segundos antes de negar com a cabeça.

— Claro que ela não vai fazer isso. — Eu sorrio. — Na melhor das hipóteses, vai se juntar a nós, mesmo que nos odeie.

— Ela me odeia. — Ele corrige. — Já viu como ela te olha? Ela se ilumina como uma árvore de natal.

— Isso foi antes dela saber a verdade.

— Não é um sentimento que acaba de uma hora pra outra. Ela ainda gosta de você. — Ele sorri amargo.

— Não importa. Entre nós dois, não pode acontecer nada. — Murmuro.

— Se você diz...

— O foco aqui é o assassino nas nossas costas, não a minha vida amorosa inexistente. — Reclamo já irritado.

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