capítulo 6.1: jogo de sobrevivência

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"não há rendição
e não há escapatória
somos os caçadores?
ou somos a presa?
este é um jogo selvagem de sobrevivência".

game of survival, ruelle.


Eu consegui estragar as coisas com o Jason de forma definitiva

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Eu consegui estragar as coisas com o Jason de forma definitiva.

Estávamos indo tão bem e eu conseguia sentir que ele estava finalmente mais aberto em relação à nós dois. Foi só ficarmos sozinhos e em uma proximidade duvidosa que eu senti cada pedaço do meu corpo implorando pra tocá-lo. Quando eu percebi, já estávamos nos beijando. Já fazia tempo que eu não me sentia assim beijando alguém. As borboletas no estômago, o coração acelerando. E então, ele pareceu ter um choque de realidade, acabando com todas as minhas expectativas de que poderíamos dar certo.

Passei as últimas duas semanas me escondendo no hotel, morrendo de vergonha. Tudo o que eu precisava era me conformar com a amizade dele, nas nem disso fui capaz. Me sinto tão estúpida.

— Você ainda não desistiu dessas aulas? — Pergunto quando vejo Ariel calçando o tênis pra ir pro Rousseau's.

— Tá brincando? As aulas são a melhor coisa da cidade. — Ela comenta animada. — Sabe, você devia ir comigo hoje. Jason vai me ensinar a dar um soco certeiro no nariz.

— Talvez eu apareça mais tarde. Vou ajudar a Emma e o Charlie a decorarem o bar pro Natal.

— Tudo bem. — Ela dá de ombros. — Mas não demora muito, a academia fecha as 18 horas.

— Jason sempre fica até mais tarde treinando sozinho.

— Tá procurando uma desculpa pra ficar sozinha com ele? — Ela abre um sorrisinho acusador.

— Não tô procurando nada. — Rebato. — Só não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós dois, então preciso resolver isso o quanto antes.

— Se você diz. — Ela se levanta e pega a bolsa no criado mudo. — Ele tá com um amigo lá na academia. Muito gato. Eu só vi ele umas duas vezes, o cara parece estar sempre tentando não ser visto. É estranho.

— Amigo, é? – Questiono quando lembro do homem na festa de Halloween. Aquele que fez toda a cor de Jason sumir e ele não quis falar sobre depois. — Eu apareço por lá, prometo.

— Até mais então. — Ela sai em disparada, com certeza atrasada.

No Crono's, eu mal conseguia acompanhar a agitação de Emma trazendo caixas e mais caixas de decorações natalinas. Ela realmente ama o Natal. Achei que fosse ficar louca com tantos objetos brilhantes indo pra todo lugar.

— Você tem certeza de que vamos usar tudo? — Perguntei alarmada quando ela apareceu com outra caixa.

— Com certeza. Ainda falta decorar lá na frente. Vamos colocar uma árvore lá e um visgo bem acima da porta. — Ela explica rapidamente.

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