capítulo 4: eu quero que você seja feliz

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" ultimamente, eu tenho, eu tenho pensado. eu quero que você seja mais feliz, eu quero que você seja mais feliz".

- happier, marshmello.

- happier, marshmello

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— Ele mentiu. — É a primeira coisa que digo quando entro no meu quarto.

Ariel ergue o olhar do celular e me encara com a testa franzida.

— Como você sabe?

Tiro meus sapatos e jogo no chão de qualquer jeito. Me deito ao lado dela na cama e encaro o teto.

— Quer dizer... ele não mentiu sobre tudo.

— Conta logo. — Ela larga o celular e me encara com o cotovelo apoiado no colchão.

— Ele era o namorado misterioso dela. Aquele que a Megan ia me apresentar em breve. — Digo com um suspiro.

— Não brinca. — Ela arregala os olhos.

— Eu vi nos olhos dele, Ariel. Ele amava ela.

— E a parte da mentira é... ? — Ela pergunta impaciente.

— Acho que ele mentiu sobre a morte dela. Sabe... ele disse que ela foi pega no meio do fogo cruzado na missão e só isso. Que precisamos seguir em frente. — Respiro fundo. — Mas eu me recuso a acreditar nisso. Eu me recuso a acreditar que minha irmã morreu por acidente.

— E o que você fez? Apontou um dedo na cara dele e chamou ele de falso do caralho? — Ariel pergunta com os olhos brilhando.

— Claro que não! — Solto uma gargalhada. — Eu agradeci por ele me contar. Você precisava ter visto. Foi como se um peso tivesse sido tirado das costas dele. O olhar carregado de culpa toda vez que ele me encara é nítido.

— Ah, então com certeza ele esconde algo.

— Eu não sei. — Fecho os olhos momentaneamente. — Ele parece tão abalado com a morte dela. Acho que ele se sente culpado de alguma forma.

— Mas por que ele se sentiria culpado por uma coisa que não fez?

— É o que nós vamos descobrir. — Sorrio travessa. — Eu vou me aproximar mais dele, tentar desenterrar mais coisas. Em algum momento, ele vai acabar deixando alguma coisa escapar.

— Ou você vai acabar perdendo seu tempo não descobrindo nada. — Ela rebate.

— Você é tão pessimista.

— Eu sou realista. — Ela ri. — Nat, nós estamos nessa cidade há quase duas semanas e ainda não descobrimos nada. É como se a sua irmã nunca tivesse vindo aqui.

— O que só deixa tudo mais estranho. — Apoio meu cotovelo no colchão e a encaro diretamente. — A Megan passou a vida me obrigando a assistir aquelas séries criminais com ela. Se tem uma coisa que eu aprendi, é que não existe crime perfeito.

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