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Seu uso do termo me faz sorrir ainda mais

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Seu uso do termo me faz sorrir ainda mais. Gosto que esteja pegando o jargão
do hóquei. Talvez, um dia desses, até consiga convencê-la a assistir a um jogo.
Tenho a sensação de que iria vaiar bastante o outro time, o que é sempre uma
vantagem em jogos em casa.
Mas, conhecendo a peça, provavelmente ela vaiaria a gente, o que daria a
vantagem ao outro time.
"Bom, se você não quer mesmo que ninguém pense isso, melhor se vestir
depressa." Arqueio a sobrancelha. "A menos que você queira meus colegas de time
testemunhando a sua caminhada da vergonha. E eles vão, porque temos treino em
trinta minutos."
O pânico brilha em seus olhos. "Merda."
Preciso admitir, esta é a primeira vez que uma garota se preocupa em ser pega
no meu quarto. Em geral, elas saem daqui como se tivessem acabado de fisgar o
Brad Pitt.
Karol respira fundo. "A gente estudou. Assistiu TV. Fui pra casa tarde. Foi isso
que aconteceu. Entendido?"
Luto contra o riso. "Como quiser."
"Nem venha com essa de A princesa prometida para cima de mim, ouviu?"
"Nossa, essa veio do fundo do baú!"
Ela me olha furiosa; em seguida, aponta um dedo na minha direção. "Quando
sair do banheiro, quero ver você vestido e pronto para ir embora. Você vai me
deixar em casa antes de os seus amigos acordarem."
Uma risada contida me escapa, enquanto ela vai pisando duro na direção do
banheiro e bate a porta.

"Uma risada contida me escapa, enquanto ela vai pisando duro na direção dobanheiro e bate a porta

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Estou funcionando com quatro horas de sono. Por favor, alguém me mate. O
lado bom é que ninguém viu Ruggero me deixar na porta do alojamento hoje cedo,
então pelo menos minha honra ainda está intacta.
As aulas da manhã não acabam nunca. Tenho uma de teoria seguida de um
seminário sobre história da música - e ambas exigem minha atenção, o que é
difícil, quando mal consigo manter os olhos abertos. Já bebi três cafés, mas, em
vez de me dar energia, a cafeína só está drenando os resquícios da que eu tinha.
Vou almoçar tarde, num dos refeitórios do campus, escolho uma mesa bem no
fundo e fico enviando vibrações de "Me deixem em paz"
, porque estou cansada demais para jogar conversa fora. A comida me acorda um pouco, e passo pelas
portas de carvalho do edifício de filosofia com tempo sobrando para a aula
seguinte.
Aproximo-me do auditório de ética e paro, num sobressalto. Ninguém menos
que Sebastian está caminhando pelo corredor largo, as sobrancelhas escuras franzidas,
enquanto digita no celular.
Mesmo tendo tomado banho e trocado de roupa no alojamento, me sinto uma
completa idiota. Estou de calças de ginástica, um moletom verde e botas de
borracha vermelhas. A previsão do tempo tinha dito que ia chover, o que não
aconteceu, então agora me sinto ridícula por ter escolhido esse sapato.
Sebastian , por outro lado, é pura perfeição. A calça jeans escura abraça suas pernas
compridas e musculosas, e o suéter preto se estica sobre os ombros largos de um
jeito que me faz tremer nas bases.
Meu coração bate mais rápido à medida que me aproximo. Estou tentando
decidir se deveria dizer "oi" ou só cumprimentar com um aceno, mas ele resolve
o dilema, falando primeiro.
"Oi." Seus lábios se curvam num meio-sorriso. "Belas galochas."
Suspiro. "Ia chover."
"Não foi sarcasmo. Gosto de galochas. Me fazem lembrar de casa." Ele percebe
meu olhar interrogativo e explica depressa: "Sou de Seattle".
"Ah. Foi de lá que você pediu transferência?"
"Foi. E, vai por mim, se não estiver chovendo em Seattle, é porque tem alguma
coisa errada. Botas de chuva são um item de sobrevivência quando se vive em
Seattle." Ele enfia o smartphone no bolso, adotando um tom casual. "Então, o que
aconteceu com você na quarta-feira?"
Franzo o cenho. "Como assim?"
"A festa. Procurei por você depois da sinuca, mas já tinha ido."
Ai, meu Deus. Ele me procurou?
"É, saí cedo"
, respondo, torcendo para parecer casual também. "Tinha aula às
nove no dia seguinte."
Sebastian deita a cabeça de lado. "Ouvi dizer que foi embora com Ruggero pasquarelli ."
Isso me pega desprevenida. Não achei que alguém nos tivesse visto saindo
juntos, mas é claro que estava enganada. Aparentemente, os boatos circulam mais
rápido que a velocidade da luz, na Briar.
"Ele me deu uma carona para casa"
, respondo, dando de ombros.
"Ah. Não sabia que eram amigos."
Abro um sorriso travesso. "Tem muita coisa ao meu respeito que você não
sabe."
Deus do céu. Estou flertando com ele.
Ele também sorri, e a covinha mais sensual que já vi aparece em seu queixo.
"Acho que você tem razão." Faz uma pausa significativa. "Talvez devêssemos
mudar isso."
Deus do céu. Ele está flertando de volta.
Por mais que odeie admitir, estou começando a achar que a teoria de Ruggero de
dar uma de difícil realmente faz sentido. Sebastian parece curiosamente fixado no fato
de que saí da festa com Ruggero
"Então..." Seus olhos brilham, alegres. "O que você vai fazer depois da..."
"karol!"
Engulo um gemido exasperado diante da interrupção alegre de - quem mais?
- Ruggero . Ele caminha na nossa direção, e Sebastian fecha o rosto ligeiramente, mas
logo em seguida sorri e cumprimenta o intruso indesejável com a cabeça.
Ruggero está trazendo dois copos de isopor e passa um para mim com um
sorriso no rosto. "Trouxe um café. Achei que estaria precisando."
Não deixo de notar o olhar estranho que Sebastian lança em nossa direção, ou o
brilho de desagrado em seus olhos, mas aceito o café com gratidão e abro a tampa,
soprando o líquido quente, antes de dar um pequeno gole. "Salvou minha vida"
,
suspiro.
Ruggero acena para Sebastian e o cumprimenta: " Sebastian ".
Os dois trocam uma espécie de tapa viril, que não chega a ser um aperto de
mãos, mas também não é bem um soco com os punhos.
" Ruggero "
, devolve Sebastian . "Ouvi dizer que vocês destruíram o St. Anthony. Bela
vitória."
"Obrigado." Ruggero ri. "Ouvi dizer que vocês foram destruídos pelo Brown. Que
merda."
"Lá se vai nossa temporada perfeita, né?"
, lamenta-se Sebastian .
Ruggero dá de ombros. "Vocês vão se recuperar. Maxwell tem um braço do outro
mundo."
"Nem me fale."
Como considero que conversas sobre esportes estão no mesmo grau de chatice
das de política e jardinagem, dou um passo em direção à porta. "Vou entrar.
Obrigada pelo café, Ruggero ."
Meus batimentos cardíacos continuam acelerando enquanto caminho pelo
auditório. É engraçado, mas minha vida de repente parece estar se movendo na
velocidade da luz. Antes da festa, o máximo de contato que tive com Sebastian foi um aceno

Era Uma Vez Na Grécia (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora