02 🔗 ANJO DE LATA

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⚠️- Antes de iniciar deixo o aviso de gatilho para certos temas, apesar de não possuir aprofundamento nos tópicos, sinto-me na necessidade de avisar vocês que a CITAÇÃO da palavra estupro e feminicidio apareceram neste capítulo, se isto lhe causa desconforto. Deixo já o alerta, seja gentil consigo mesmo e pule caso não queira ler a menção. 
                                — Cherry៚

                                  — Cherry៚

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𝐋𝐄𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎

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'𝕸aster Maneuvering System: Software operacional restaurado; perca porcentual de armazenamento; mapeamento ativado; atualização do programa de segurança; conexão baixa com a base "CASA"; novo servidor F-Type SVR. Bem vindo de volta, Lee Minho.' A voz psicodélica de Aristóteles, meu assistente virtual, soará em meus ouvidos como um sopro, e lentamente o meu fôlego voltava.

A visão turva aos pouco me dava consciência onde realmente estava, me trazendo questionamentos, como: de onde vinha o cheiro de formol, pra' que o cenário digno de horror film, e porquê Slipknot? Falo do som alto que vem de algum lugar do cômodo, me pergunto se os vizinhos não recorrem a polícia por isso.

Do pouco que conseguia mexer com o rosto, tomei um susto quando vi as costas nuas de um cara, tinha uma tatuagem bizarra de aranha com asas, parecia algo de cadeia, bastante suspeito, logo me alertei, porém meu corpo estava fraco demais para ansiedades e não havia sinal da minha pistola em canto algum, então, eu estava como refém do acaso.

Antes que eu pudesse tomar qualquer atitude, ou sequer pensar em uma, o homem o qual eu encarava se virou se aproximando com uma xícara na mão e um cigarro eletrônico nos lábios. Ele me encarou por alguns minutos, parecia ser um coreano comum, sem nenhuma modificação harmônica no rosto, meu sensor não identificava nenhuma mudança (o que era bem raro de se ver) , mas ele acabou me dando as costas de novo para procurar algo em um armário de aço próximo. - Para de olhar pra' minha bunda, mané.

Atônito, eu tento arrancar voz, que sai rouca feito um avô - Eu não tava olhando!

- Oh! Sim, claro, quer alguma coisa? Eu não sei o que lata come, e já faz um tempo que você tá dormindo, então... - Ele dá de ombros soprando fumaça azul, enquanto apontava para a pia onde alguns ingredientes estavam.

Eu ainda não sei onde me meti, muito menos porque o rapaz me trata com tamanha intimidade, ele sequer sabe quem eu sou? Logo tento conversar mais uma vez - Senhor, me responda que lugar é esse? Quanto tempo estou aqui? Você sabe que pode ser enquadrado por sequestro de um oficial?

- Calma mané. - Sem qualquer reação, ele diz se apoiando em uma bancada. Parece que estamos numa espécie de cozinha, mas o que uma maca faz aqui eu já não faço ideia. Mas ele continua - Eu não sei quanto tempo você está aqui, mas não tem motivo algum para você usar violência ou autoridade agora, já que, essa é minha casa, minhas regras. Mas, foram, sei lá, cinco dias, uma semana, eu já perdi a conta. Você deu umas acordadas algumas vezes mas nunca se levantou e saiu me atacando igual agora, então se tentar qualquer coisa eu chuto o seu saco! - O sujeito desconhecido continua a dizer, de sotaque arrastado e forte, familiar, muito semelhante à...

ROBOCOP PAN | minsung A̶☭Onde histórias criam vida. Descubra agora