MINHO é um cyborg forense que passou a ser designado para investigar situações do Narcotráfico da parte suburbana da metrópole da cidade Alma, onde o caos é disfarçado de utopia social. E por consequência de um acidente, ele acaba por conhecer JISUN...
Os meus dedos, mesmo dentro das luvas de látex, tendiam à adormecer, e eu por vezes tinha de bater a mão contra à própria coxa, mas nada disso remexia o âmago do cyborg que expressava momento não verbal. Ele estava à mais de meia hora acordado, pós à pancada do início da noite, com a mão livre no meu quadril e mal piscava encarando meu fogão à gás. As vezes sinto dó, mas me relembro do berço o qual provavelmente cresceu e engulo em seco.
Minho, o nome do policial com urgência necessidade de amparo psicológico, é uma caricatice bastante intrigante, eu diria. 1,80 de musculatura regular, com um corte de cabelo um tanto juvenil se comparado à sua idade, por volta dos trinta, à julgar pelo protótipo ossal, uma arcaria dentária pouco trabalhada, e é um oficial federal. É simplesmente cabuloso, não se encaixa em nada. Minho, sob a minha concepção não se encaixa, fisicamente, nos padrões dos agentes da vigilância. E eu não acredito que tenha começado por agora, embora soe como um amador entusiasta, o departamento não costuma recrutar maiores de 26. Então essa possibilidade dele ter começado à pouco tempo é completamente fora do cogitação, mas não é impossível.
Não acho que ele esteja mentindo, pois como bem sou um ocultador profissional da veracidade, entendo que ele está sendo honesto, mas me pego pensado no que aconteceu pra' que tenha chegado nesse nível. — O cyborg arrancou o próprio braço, está tentando se matar à todo custo, mas por que? E por que tão violentamente? Ele tem acesso à armas de fogo, daria pra' resolver tudo num' click, clack, boom. Mas por que?
