MINHO(S).
Amor, olha o que fizeram com nosso povo
Amor, esse é o sangue da nossa gente
Amor, olha a revolta do nosso povo
Eu vou, juro que hoje eu vou ser diferente(corra - djonga)
Fazia frio. Clima gélido, um tão gélido quanto o estático momento dos meus pensamentos mais inertes em dilemas de outras vidas ou outros eles, tão complexo e frio quanto meu estômago ciente de que haviam se completado 30 dias pós análise de inquérito. De frente para a janela do quarto eu encarava rua, as pessoas cobertas de roupas grossas ou remendos, e resquícios de um início de neve. Faria dias que não via meu noivo, e de repente retorno para sua casa sem explicações, como um puto, e em um momento tão alarmante quanto este, não nos falamos direito, eu só apareci.
Ele estava de folga, e mesmo assim lia um artigo sobre a funcionalidade da velha Peugeot Landtrek, uma dessas picapes ou algo do gênero, franzia o cenho sentado sob a pia, engolindo um café sem açúcar e deixava bastante claro o quanto não estava em um bom humor. Não queria invadi-lo, ele deve estar irado, pensando inúmeras coisas, decepcionado, com medo, não sei lê-lo, assim como não leio ninguém. Minha garganta solta um grunhido baixo, antes de me apoiar em sua maca à cozinha, murmurando baixo — Você sabe que não pode me parar.
E de mesmo tom seus olhos nem mesmo se movem do aparelho em mãos, quando me complementa —... E quem disse que vou? Só acho idiotice, mas você não é moleque, sabe onde tu se mete, tô pouco me enchendo.
— Jisung não é idiotice, é... — Tento, me frustrando, mantenho a calma, e de repente minhas palavras se movem instintivas e quase involuntárias —... Por ainda haver tortura e desvio de dinheiro de dentro do nosso sistema que eu preciso lutar, meu amor! Nós não estamos salvando vidas como a porra de desenhos animados de merda, estamos... tirando-as. Eles matam pessoas no processo de trazer paz pra' quem já tem onde dormir? Eles e nos temos onde abrigar em um frio denso como este e, é menos 5 graus lá fora. E o jornal notícia mais mortes de pessoas em situação de rua, só hoje. Como você dormir ciente disso?
Seus olhos finalmente se arrastam para cima vagarosamente, aqueles mesmos olhos que ocultavam uma certa melancolia familiar, olhos tristes. Estes que em mesma frequência também emitiam alguma brutalidade e insigne que me cortavam ao meio, e de certa forma me colocavam no lugar. Seus lábios subiram, em um sorriso invertido, talvez irônico, e ele responde piscando rápido como se não acreditasse em minha fala — E tu acha que eu durmo, ô caralho? É medicação até o cu pra' eu SEQUER pregar os olhos, porque nem isso tô conseguindo né, já que o PAU NO CU que é VOCÊ some sem dar notícias por dias com um clima borderline do caralho lá fora! Como que eu durmo se não sei onde tu cê meteu, se tá vivo, se tá morto, e ninguém daquela comunidade me informa nada? Como é que dorme se meu irmão é outro frango xoxô e que sumiu mundo a fora? E quando o micro-ondas maromba resolve me dar as caras é pra' contar que o plano suicida de inquérito contra a porra da polícia metida com sistema obtuso vai a julgamento no tribunal? Eu tô pra' me internar voluntariamente numa clínica psiquiátrica porra', mané pergunta infeliz... como eu durmo? Ah, vá mamar uma buceta e me deixa quieto.
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ROBOCOP PAN | minsung A̶☭
Fiksi PenggemarMINHO é um cyborg forense que passou a ser designado para investigar situações do Narcotráfico da parte suburbana da metrópole da cidade Alma, onde o caos é disfarçado de utopia social. E por consequência de um acidente, ele acaba por conhecer JISUN...