𝗜𝗡𝗦𝗧𝗥𝗨𝗖𝗢𝗘𝗦: ler & consumir com o tema escuro para melhor visualização da obra; aviso de capítulo +18 com palavras ou cenas maduras. Leiam com cuidado.
BOM CONSUMO,
— Cherry៚Mãe nossa que estais no céu
Santificado seja o nosso nome
Mãe nossa que estais no céu
Ajude as travestis que estão passando fome
Venha ver o nosso reino
Pra que entenda a vontade das vadias
Aqui, em casa, na igreja, na rua
Em toda e qualquer esquina( Deus é Travesti – Alice Guél)
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𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎 𝐄𝐌
𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀Foi a primeira vez de Hwang Hyunjin atrás das grades, um local obscuro.
Durante o cárcere ela refletiu em como suas memórias de sua infância sufocadas, possível traço de uma dor tamanha, significativa e capaz de a fazer esquece-las. No entanto, suas lembranças posteriores, aos 14 anos, também se voltam a este mesmo lugar familiar de escuridão.
O cubículo fechado da delegacia de polícia, sem janelas, umidade e ausência de conforto, a trouxeram um ar melancólico de vínculo e nostalgia. Após ser tirada das ruas ela trabalhou por longas noites, e foi como aprendeu a se esconder e a fugir.
Na cadeia não foi muito diferente, e doeu sentir-se tão conecta com o cenário. Não foi difícil para que ela pudesse ouvir os passos dos oficiais da vigilância, e quando guardou seus horários e os atacou durante a quarta ronda da noite com um plano em mente.
No passado, no período de 68, as travestis ou pessoas em situação da prostituição escapavam dos “cops” através da automultilação durante uma epidemia de doenças sexualmente transmissíveis, por decorrência dos altos índices de falta de acessos a saúde pública nos arredores de Alma, onde os vereadores só entravam para pedir voto. Os agentes civis não encostavam em quem sangrava por medo de infecção, todavia pela perspectiva de Hyunjin, que era adolescente na época, o preconceito dos mesmos pareceu ser mais contagioso que seus punhos cortados.
As recordações dessa época infeliz a trouxeram uma ideia ariscada, que a mesma resolveu colocar em prática, pondo em teste os nervos dos oficiais. Das duas uma, ou ela testemunharia uma cena bastante crível e decepcionante da ação policial ou seria realocada para receber assistência médica, pois ela iria se ferir. E a oportunidade surgiu.
O que se concretizou naquela noite, foi a primeira situação, para a indiferença da mesma. Os policiais ficaram alarmados ao ver o vermelho de seus braços e se afastaram, dando-lhe poucos segundos para sua grande chance, e com isso ela partiu para cima dos dois homens, os golpeou, na cabeça, garganta, tendo maior dificuldade em abater o cyborg, mas partilhando de suas fraquezas, ela conseguiu alcançar o seu comunicador de orelha e o rompeu contra o chão, causando um chiado infernal ao ouvido do robocop desconhecido.
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ROBOCOP PAN | minsung A̶☭
FanfictionMINHO é um cyborg forense que passou a ser designado para investigar situações do Narcotráfico da parte suburbana da metrópole da cidade Alma, onde o caos é disfarçado de utopia social. E por consequência de um acidente, ele acaba por conhecer JISUN...