MINHO é um cyborg forense que passou a ser designado para investigar situações do Narcotráfico da parte suburbana da metrópole da cidade Alma, onde o caos é disfarçado de utopia social. E por consequência de um acidente, ele acaba por conhecer JISUN...
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𝐒𝐄𝐎 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐁𝐈𝐍
Jeno sempre se enfiava no quarto quando estava chateado, desde criança, sempre foi assim! Ele era um pivete do mundo, a sua alegria significava que estava por ai andando a vizinhança inteira e fazendo amigos. Ele gostava de pegar a bicicleta e sair caçando confusão ou beijo na boca, meu menino. — Então vê-lo desse jeito me deixava malzão.
Ele me deu gelo por dois dias seguidos. Eu entendia, era o tempo dele, eu devia respeitar, ele tinha temperamento melancólico e os caralho que a psicóloga de pais já me disse, mas eu não gosto de distância, sempre quero resolver as coisas de uma vez. Mas conversando com Felix, resolvi me acalmar.
E falando nele, estava me fazendo assumir o baitola boiola que sou, por que passa o dia inteiro comigo, até dormimos juntos, ele só vai embora de madrugada, pra' voltar de manhã. Isso tudo me ilude, queria enfiar uma aliança no dedo desse marciano bonitão. Mas ele não quer conversar sobre isso, e eu engulo o choro. Já tá casado também né, o jumento aqui sou eu de criar cenários na minha cabeça onde a gente se casa e adota gatinhos gordos.
Mas não tá muito longe não. Talvez pela Internals ainda estar barrando policiais no distrito, o meu barraco tá virando nosso, sabe? Tem roupa dele, coisa de higiene e até o prato e copo especificamente arrumado por ele. E inclusive, devia ter deixado Felix arrumar minha cozinha antes. Carai, o maluco organizou o meu cômodo inteiro, minhas panelas e potes da tupperware estão empilhados por ordem de tamanho e cor. Ele arrumou a minha pia entupida, concertou meu chuveiro, arrumou um interruptor quebrado tem anos e até deu um lance pra' na geladeira parar de piscar a luz. Eu não sabia que ele fazia essas coisas todas.
Agora mesmo, oia lá, ta instalando um programa novo no som que eu comprei tem um mês. E, olha, vou te contar, que homem bonito... Ele tá no meu sofá, com a minha camisa e uma calça social, com um óculos doido, mexendo no aparelho assim, como um profissional, ele é um espetáculo! — Pronto. Tenta agora — Ele me diz, e eu acordo do surto apaixonado.
Ligo o eletrônico e ele já começa a piscar vermelho, o que era estranho porque antes era verde. — Olá, sou Jaemin, como posso te ajudar?
E isso foi suficiente pra' escutarmos a porta do banheiro batendo com força e um bocado de palavrões. Em seguida veio um adolescente filha da puta correndo igual quem foge da vistoria — É elu!
Junto as sobrancelhas. Ele quem? Esse crianço lavou as mãos pelo menos? Mas isso é interrompido por Felix que diz — Jaemin, acessória emocional.
Um holograma saiu da caixa eletrônica, revelava uma figura quase humana, de tamanho menor, ao alcance de nossos olhos, azulada e transparente. Logo mais disse — No que posso te ajudar nesse momento?
