42- Casa

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Abro os meus olhos e uma luz branca intensa faz com que eu os volte a fechar. Desta vez volto a abri-los mas mais lentamente o que faz com que fiquem mais habituados à do Sol.

Observo o que está à minha volta e apercebo-me de que estou no quarto que Dumbledore me tinha mostrado. Estou deitada numa deprimente cama de hospital, rodeada por máquinas que estão ligadas aos meus braços. Olho para o meu lado e não vejo o que me entriste-se mas vejo um ramo de flores colocado em cima da minha mesa de cabeceira.

Olho com mais cuidado para essas flores e percebo que são narcisos, acho que já sei quem colocou esta ramo aqui.

Olho para o meu braço direito e vejo uma seringa espetada nele. Por muito bem que eu saiba que o mais saudável neste momento é ficar deitada nesta cama até alguém reparar que eu estou acordada o que mais me apetece fazer não é isso.

Respiro fundo e num movimento rápido retiro a seringa antes espetada no meu braço. Tiro de cima de mim os cobertores que me cobriam e colo duvidosa os meus pés descalços no chão frio do hospital.

Quando percebo que consigo andar normalmente sem qualquer tipo de dor, para já, saio do quarto onde estou hospedada. Começo a andar pelos os corredores do hospital à procura da porta de saída.

Ouço vozes atrás de mim a dizerem: "Senhora não pode sair do seu quarto" ou "Ainda não suficientemente saudável para abandonar o hospital" mas a única coisa que consigo responder é: "Eu faço o que eu quiser".

De repente ouço uma voz familiar falar comigo. Olho para trás e vejo Narcisa com as mãos à frente da boca a tentar conter as lágrimas.

Narcisa: - S/n querida - ela para de falar para tentar conter os soluços - tu estás viva - ela sorri e envolve-me num dos seus carinhosos abraços.

S/n: - Narcisa?

Narcisa: - Sim?

S/n: - Sabes onde está o Draco?

Narcisa: - Eu acho que é melhor tu voltares para... - eu interrompo-a.

S/n: - Por favor diz-me.

Narcisa: - Ele está num bar ao fundo da rua - eu concordo com a cabeça e ando até à saída do hospital.

Eu não quero acreditar que enquanto eu estava deitada numa cama de hospital quase a morrer Draco estava num bar a aproveitar a vida. Eu sei que eu lhe disse para seguir em frente mas nunca pensei que ele seguisse tão rápido, aliás nem deve ter passado assim tanto tempo.

Saio pelas portas do hospital e dirijo-me até onde Narcisa me indicou. Enquanto ando alguns olhares são direcionados a mim e eu não percebo porquê. Até olhar para baixo e ver que ainda estou com a roupa horrível do internados do hospital.

Mas eu não quero saber e continuo o meu caminho até chegar ao bar ao fundo da rua.

~~~ Narradora on ~~~~

S/n abre a porta e procura, com o olhar, por Draco. Ela avista ao longe, quase no fundo do bar, um loiro oxigenado com a mão a apoiar a cabeça. Ela chega-se mais perto e percebe que à volta de Draco estão inúmeros copos, que antes continham uma bebida.

S/n: - Draco? - ela chama após se aproximar mais da mesa onde ele está sentado.

Draco fechou os olhos e bateu com a mão na mesa. Já não é a primeira vez que ele tem alucinações com o amor da vida dele. Com a voz angelical a chamar por ele.

Todas as noites ele acredita que S/n está ao seu lado a dormir e que quando acordar ele vai ver a cara que lhe traz pura alegria. Mas tudo isso não passava de puros pensamentos ou sonhos.

Um amor estranho com Draco Malfoy e s/nOnde histórias criam vida. Descubra agora