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— Bem vindos ao Brasil! — Sejin disse assim que pousamos.

Eu estava em outro país, outros costumes, outra língua e com certeza a maior diferença é o clima, extremamente quente e úmido.

— Aah! — O homem com o cabelo vermelho se espreguiçou na porta da aeronave — De volta ao lar.

— Você morava aqui? — Perguntei enquanto descia a escada.

— Não, mas sinto como se fosse minha segunda casa. — Ele sorriu e continuou andando para o caminho de saída da área de vôo. — Acho que não fomos devidamente apresentados, Jung Hoseok — Estendeu a mão em minha direção com um sorriso encantador, o sol brilhava entre as mechas de seu cabelo vermelho, fazendo a cor ficar ainda mais viva. — Ou só Hobi mesmo, sou coreógrafo do JK.

— Sou Jimin, Park Jimin. Hum... Acho que sou staff.

— Bem vindo ao Brasil, Jimin.

O funcionário do aeroporto tomou sua atenção e o que eu esperava que viesse de Sejin, veio de Hoseok.

O funcionário abriu a porta para que a gente pudesse passar, quando Hoseok se aproximou os dois trocaram palavras que nitidamente não eram em inglês e muito menos em coreano, assim como a frase dita antes por ele.

Percebi que o grande sorriso sempre acompanhara Hoseok, pois desse mesmo modo ele continuou seu caminho depois de falar com o funcionário.

Ainda impressinado passei pelo homem praticamente o dobro da minha altura, e corri tentando alcançar o homem de cabelos de fogo e sorridente mais à frente.

— Você... Fala a língua dele? — Perguntei.

— Sim, saber um pouco do idioma facilita a conversa com os dançarinos nativos que são contratados. Mas na verdade, aprendi por puro gosto mesmo.

— Ah... Isso é legal. — Respondi.

— Legal mesmo é poder dizer — Ele caminhou tomando a frente e depois olhou pra trás baixando a lente de seus óculos me olhando por cima delas — Festa em Ipanema, meu amor... — Piscou um dos olhos e sorriu com o canto dos lábios.

— Ima...inapema? — Falei comigo mesmo, tentando entender sua frase solta.

— Uma das melhores praias do RJ. — Foi tudo o que disse antes de seguir caminho.

Estávamos do lado de dentro do aeroporto, mas já era possível ouvir os gritos do lado de fora, com certeza por causa do "JK".

Como Hoseok e eu estavamos mais pra frente, tivemos que esperar Sejin e Jungkook se aproximarem para saber em qual carro deveríamos entrar.

— Van preta, logo em frente a porta — Sejin disse sem parar de caminhar, porém agora mais apressado que antes.

Jungkook estava ao seu lado, caminhava de cabeça baixa, a touca e máscara cobriam seu rosto, Sejin segurava sua coluna lhe incentivando a andar mais rápido, eu não havia entendido a pressa até a porta automática do aeroporto se abrir.

— Vamos... — Hobi me segurou da mesma forma que Sejin segurava Jungkook, então caminhamos logo atrás dos dois.

Diferente da última vez, a existência de flashes e gritos não foram um susto, mas agora, a intensidade era três vezes maior que na Coréia, realmente os fans brasileiros são bem mais apaixonados, vibrantes... E mesmo que toda essa paixão não fosse pra mim, eu pude sentir o quão forte ela era.

Infelizmente, Jungkook não parou para tirar fotos como fez no aeroporto de Busan, Sejin me explicou que em países estrangeiros, por mais que nenhum risco eminente seja detectado, a prioridade sempre será a segurança dele.

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