Capítulo 14

41 19 0
                                    

O empresário adentrou a mansão como um foguete.
Estava cansado.
Não iria tolerar Catarina desrespeitar suas ordens.

Caminhou até a sala e sentiu as mãos de Miranda retirarem o arco e a aljava de flechas de suas mãos.

— Guilherme, venha comigo!— Miranda chamou o garoto que permanecia sentado no sofá da sala.

Catarina encarou a mulher com raiva. Levantou-se da poltrona e avançou sobre Miranda.

— Você não manda no meu filho.— Catarina gritou.— É tão inútil que ao menos consegue dar um filho a seu marido! Será que já dormiram juntos? Já fez sexo alguma vez?— a mulher praguejou alterada.— Você não consegue manter seu casamento. Devia deixar de fingir e se separar!— Catarina riu irônica lembrando-se dos gritos daquela manhã.

Pela primeira vez Rafael viu uma veia brota no meio da testa de Miranda.
Sua esposa levantou uma das mãos e a chocou com força no rosto de Catarina.

— Nunca mais abra a boca pra falar de minha família. Não devia falar do casamento dos outros se não conseguiu sequer comprar um!— Miranda cerrou os dentes alterada.— Se continuar se insinuando para meu marido não vou me segurar.— a morena ameaçou a Abravanel que passou a rir irônica.

Desgastado com a situação, Rafael aproximou-se da esposa e tocou seu ombros.

— O garoto.— Rafael pediu com um sussurro, fazendo com que Miranda respirasse fundo e caminhasse em direção a escada.

— Venha Guilherme, vamos assistir um filme!— Miranda chamou o garoto novamente, que desatou a correr em direção a escada.

Catarina lançou um olhar ao filho, fazendo o garoto suspirar amedrontado.

— Eu disse que da próxima vez que fizesse qualquer coisas a qualquer um de meus funcionários eu iria te expulsar.— Rafael disse fechando os punhos.— Haroldo!— o empresário chamou.

O mordomo apareceu quase que instantâneo ao lado do homem.

— Quero que leve somente as malas de Catarina até o carro e peça para Vanda levá-la até a casa de seu pai.— o empresário pediu sem ao menos desviar os olhos da mulher.

O mordomo assentiu e seguiu até as escadas em silêncio.

— Você não pode fazer isso comigo!— a mulher gritou alterada.

— Eu já fiz, Catarina.— Rafael respondeu a altura virando-se de costas para a mulher.

— Tudo isso por causa de uma empregada!— Catarina gritou aproximando-se de Rafael.

O homem respirou fundo e virou-se novamente para a Abravanel.

— Eles são minha família. Ninguém machuca minha família!— Rafael cerrou os dentes alterado.

— Eu também sou sua família, mas você insiste em não reconhecer isso!— Catarina grita nervosa.

Rafael respirou fundo novamente e bufou nervoso.

— Dês do início eu já sabia suas intenções. Você nunca quis ser da família. Estava e está interessada no maldito dinheiro. Mas quando o desgraçado do meu irmão não assumiu a merda do compromisso com você, achou que precisava mudar de tática.— Rafael apontou o dedo para Catarina.— Eu nunca me casaria com uma mulher vazia como você. Você não tem conteúdo, Catarina.— o empresário balbuciou antes de dar as costas novamente.

Catarina riu sarcástica, fazendo com que Rafael parasse de andar.

— Ela tem alguma coisa? Uma mulher usada! Violentada!— a mulher cuspiu as palavras, observando o homem virar-se.— Achou mesmo que eu não iria descobrir?— Catarina provocou ao cruzar os braços.

Amor MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora