Capítulo 32

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Hugo caminhou até o lado direito do Ecosport da cor preta e abriu a porta, ajudando a patroa a sair.

— Não esqueçam de comprar o que Ana pediu!— a morena murmurou ao encontrar os olhos confusos de Alan.

O homem suspirou ao observar a lista em suas mãos.

— Eu posso ir sozinho, não precisa se incomodar com isso!— Alan murmurou incomodado.
Queria manter distância de Hugo depois de ter brigado com o irmão para o defender.

Miranda levou uma das mãos ao ombros de Alan e suspirou.
Podia não entender muito da situação, mas sabia que nada iria se resolve se continuasse fugindo.

— Está fora de questão. Você não conhece a cidade. Hugo vai te levar ao mercado e te levar para casa em seguida!— a mulher disse antes de tomar a mão do sobrinho ao seu lado.

Os olhos de Hugo encontraram as íris verdes da patroa e suspirou.

— Em que horário venho te buscar, senhora?— o motorista perguntou antes de fechar um botão do paletó.
A morena virou-se para o sobrinho e piscou um dos olho travessa.

— Não precisa. Vá pra casa também!— Miranda disse voltando-se para o motorista com um grande sorriso nos lábios.
Hugo apenas assentiu e caminhou até o carro.

Os olhos de Alan estavam presos ao chão.
Estava confuso em relação a tudo que aconteceu.
Mesmo sabendo tudo que aconteceu em sua vida, seus patrões e os dias funcionários da mansão não o trataram de forma diferente.

Miranda fitou a expressão do rapaz e sorriu.
Entendi bem o que ele sentia. Era estranho estar incluindo em uma família que não julgava o que ele era ou que ele fez ou faz.

— Não se resolve um problema fugindo dele. Eu aprendi de um modo difícil, por isso estou dizendo!— a mulher suspirou apontando para a empresa.

Alan apenas assentiu e respirou fundo.
Teria que enfrentar seus medo e qualquer forma.

O homem se despediu da morena que caminhou em direção a empresa.

A mulher caminhava por entre os corredores acompanhada pelo garoto de seis anos que saltitava feliz.

— Tia, você ainda não disse porque estamos aqui!— Guilherme balbuciou ao observar Miranda apertar o botão do elevador.

Virou-se para o garoto e riu.
Guilherme era muito ingênuo e isso a encantada.

— Vamos encontrar as pessoas que vão decidir se você vai ou não ficar com a gente.— a morena murmurou antes de ver a porta abrir.

Miranda adentrou o elevador observando o homem ao seu lado.
As mãos de Guilherme prenderam ao seu braço, o que indicava que o garoto não diria mais nenhuma palavra.

— A senhorita veio fazer uma consultoria?— a voz do homem soou curiosa.
Mirada virou-se para o homem e o encarou.
Cabelos loiros, olhos castanhos, porte atlético e terno de ótima alfaiataria.
Poderia ser um dos acessores, no entanto não estava disposta a descobriu.

Caminhou até o painel e apertou no botão de quinto andar.

— Não. Estou aqui para uma reunião.— Miranda respondeu fria.
Não estava com paciência para suportar insultos de quem quer que seja.
Um riso soou dos lábios do homem ao seu lado.

— Uma reunião no setor principal? Quer enganar quem?— o homem ponderou ainda rindo.
Miranda revirou os olhos ao ouvir o insulto.
Se ao menos soubesse quem ela era, evitaria até mesmo olha-la.

— Acho que devia cuidar da própria vida, senhor!— a morena cerrou os dentes.

O homem virou-se, recebendo o insulto.
Avançou sobre a morena com certa velocidade.

Amor MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora