Hugo caminhou até o lado direito do Ecosport da cor preta e abriu a porta, ajudando a patroa a sair.
— Não esqueçam de comprar o que Ana pediu!— a morena murmurou ao encontrar os olhos confusos de Alan.
O homem suspirou ao observar a lista em suas mãos.
— Eu posso ir sozinho, não precisa se incomodar com isso!— Alan murmurou incomodado.
Queria manter distância de Hugo depois de ter brigado com o irmão para o defender.Miranda levou uma das mãos ao ombros de Alan e suspirou.
Podia não entender muito da situação, mas sabia que nada iria se resolve se continuasse fugindo.— Está fora de questão. Você não conhece a cidade. Hugo vai te levar ao mercado e te levar para casa em seguida!— a mulher disse antes de tomar a mão do sobrinho ao seu lado.
Os olhos de Hugo encontraram as íris verdes da patroa e suspirou.
— Em que horário venho te buscar, senhora?— o motorista perguntou antes de fechar um botão do paletó.
A morena virou-se para o sobrinho e piscou um dos olho travessa.— Não precisa. Vá pra casa também!— Miranda disse voltando-se para o motorista com um grande sorriso nos lábios.
Hugo apenas assentiu e caminhou até o carro.Os olhos de Alan estavam presos ao chão.
Estava confuso em relação a tudo que aconteceu.
Mesmo sabendo tudo que aconteceu em sua vida, seus patrões e os dias funcionários da mansão não o trataram de forma diferente.Miranda fitou a expressão do rapaz e sorriu.
Entendi bem o que ele sentia. Era estranho estar incluindo em uma família que não julgava o que ele era ou que ele fez ou faz.— Não se resolve um problema fugindo dele. Eu aprendi de um modo difícil, por isso estou dizendo!— a mulher suspirou apontando para a empresa.
Alan apenas assentiu e respirou fundo.
Teria que enfrentar seus medo e qualquer forma.O homem se despediu da morena que caminhou em direção a empresa.
A mulher caminhava por entre os corredores acompanhada pelo garoto de seis anos que saltitava feliz.
— Tia, você ainda não disse porque estamos aqui!— Guilherme balbuciou ao observar Miranda apertar o botão do elevador.
Virou-se para o garoto e riu.
Guilherme era muito ingênuo e isso a encantada.— Vamos encontrar as pessoas que vão decidir se você vai ou não ficar com a gente.— a morena murmurou antes de ver a porta abrir.
Miranda adentrou o elevador observando o homem ao seu lado.
As mãos de Guilherme prenderam ao seu braço, o que indicava que o garoto não diria mais nenhuma palavra.— A senhorita veio fazer uma consultoria?— a voz do homem soou curiosa.
Mirada virou-se para o homem e o encarou.
Cabelos loiros, olhos castanhos, porte atlético e terno de ótima alfaiataria.
Poderia ser um dos acessores, no entanto não estava disposta a descobriu.Caminhou até o painel e apertou no botão de quinto andar.
— Não. Estou aqui para uma reunião.— Miranda respondeu fria.
Não estava com paciência para suportar insultos de quem quer que seja.
Um riso soou dos lábios do homem ao seu lado.— Uma reunião no setor principal? Quer enganar quem?— o homem ponderou ainda rindo.
Miranda revirou os olhos ao ouvir o insulto.
Se ao menos soubesse quem ela era, evitaria até mesmo olha-la.— Acho que devia cuidar da própria vida, senhor!— a morena cerrou os dentes.
O homem virou-se, recebendo o insulto.
Avançou sobre a morena com certa velocidade.

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Amor Meu
RomanceDuas histórias. Dois traumas. Duas almas que, em um beco, presenciam um rumo diferente de seu futuro. Até onde você iria por amor? Rafael Sanches é um empresário forte no ramo da tecnologia em São Paulo. O Leão corporativo não abaixa a cabeça para n...