Gostos

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cansadi de pensar em títulos :(

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Depois de ter com Brandão (que aparentemente tinha acordado, ao menos o suficiente para trocar algumas palavras com Jorge e dar um 'oi' para Luccino), o mecânico se retirou da mansão do parque, voltando para casa para conversar com sua mama, e com Otávio. Queria conversar com Ernesto e Fani também, então aproveitou para pedir a sua irmã que fosse chamar Ernesto para um jantar em família em casa, para discutir sobre o advogado de Virgílio. Chegou em casa relativamente cedo, ouvindo sua mama cantarolar, e seguiu para a cozinha depois de sentir o cheiro de comida sendo preparada. Ela sorriu e abriu os braços para um abraço quando o viu, algo que ele logo correspondeu, a apertando forte.

- E como foi, meu bambino? Jorge aceitou?

- Na verdade, ele trouxe um amigo dele de São Paulo, especialista nesses tipos de caso mama. Acho que Virgílio tem uma chance – ele sorriu, e Nicoleta agradeceu a deus antes de beijar a bochecha de seu filho.

- Otávio tá lá no quarto, lendo um daqueles livros dele, vai lá dar bom dia! – ela falou, se voltando então para a comida, e Luccino seguiu para o quarto, sentindo uma espécie de nervosismo.

Antes de sair da mansão, tinha perguntado para Mariana se contava para Otávio sobre Gabriel, não sabendo exatamente como lidar com a situação. Sua amiga, sensata como era, sugeriu que seria melhor contar sim, já que se Otávio descobrisse por si, era capaz de pensar que Luccino havia escondido os detalhes por alguma razão mais preocupante, que não fosse incerteza. Afinal, não havia outra pessoa no vale para quem Luccino poderia contar. Então ele estava decidido, mas mesmo assim meio nervoso, em contar para Otávio tudo que tinha acontecido.

Abriu a porta do quarto devagarinho (depois de bater, é claro), e sorriu ao ver Otávio na cadeira favorita de sua mama, ao lado da janela, com um livro aberto em suas mãos. Como a cadeira estava virada para a porta, Otávio o viu assim que entrou e sorriu, fechando o livro e o colocando sobre a cama.

- Luccino, já voltou? Como foi? – ele perguntou, fazendo um sorriso aparecer no rosto do italiano. Ao se levantar, Otávio fez uma leve cara de dor, e Luccino correu para seu lado, segurando seu braço. – Calma, eu estou bem, não se preocupe.

- Não gosto de ver você com dor – Luccino murmurou, fazendo um beiço e roubando um beijo do major, que corou, como sempre. – Quer se sentar para ouvir o que aconteceu?

- Claro, claro... mas lá fora, sim? Cansei de ficar aqui dentro – ele riu, e Luccino concordou, levando Otávio para fora do quarto e em direção a área aberta do lado de fora da casa, até um banquinho que tinham perto de umas árvores. Otávio parecia bem melhor, andando mais tranquilo, sem muitas dores, e Luccino estava grato por isso. Ao chegarem, se sentaram, o mecânico não soltando a mão de seu amado por nada, nem quando se sentaram. – Finalmente, um pouco de ar.

- Você podia ter vindo aqui sozinho sabia? – Luccino arqueou uma sobrancelha, mas Otávio simplesmente lhe deu um olhar de canto.

- E passar mal e só ter sua mãe para me socorrer? Não, obrigado – explicou, e se virou um pouco para olhá-lo. – Agora conte, o que aconteceu com Jorge?

- Bom... – Luccino começou, contando sobre o que ele, Jorge e Gabriel tinham conversado. Manteve essa parte inicial da conversa somente sobre as credenciais do amigo de Jorge, como ele aparentava ser bom no que fazia, e como era focado em casos criminais como os de seu irmão, ao contrário de Jorge. Depois de explicar tudo, Luccino suspirou. – É isso, eu acho que ele tem chance de soltar meu irmão, ou deixar a pena de Virgílio mais leve, ao menos.

- Que ótimo! Era isso que você queria, não era? – Otávio perguntou, sentindo uma certa hesitação de Luccino. O estômago do mecânico parecia girar dentro do corpo. – Aconteceu mais alguma coisa? Você não me parece muito feliz, Luccino.

Felizes Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora