Brigas

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Olha escuta aqui, eu não ia fazer update hoje porque voltei a escrever a outra também, mas eu sou fraca demais hahaha enfim. Amei. Fofinhos. 

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Quando Luccino voltou à mansão do parque, foi abordado por grupo de pessoas preocupadas, entre elas seu irmão, Ernesto, e sua irmã, Fani, sem contar Mariana, que parecia um tanto revoltada com seu sumiço. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a mão de sua melhor amiga lhe desceu no braço, fazendo um barulho alto e ardendo, mesmo que por cima de todos os panos que usava.

- Mariana! O que foi isso?!

- Para você aprender a não fugir mais! Eu aqui, preocupada com Brandão, com Otávio, e agora com você?! E ainda Cecília que me impediu de correr atrás dessa sua cara lavada! Não podia ter esperado para ver seu irmão não?!

- Você foi falar com o Virgílio? – Ernesto perguntou ao lado de Mariana, seus olhos arregalados assim como os de Fani. Luccino respirou fundo e segurou as mãos de sua amiga, ignorando seu fratello por enquanto.

- Desculpe Mariana, não vou correr mais, prometo. Como eles estão? Perdi alguma coisa?

Depois de suspirar alto e se acalmar, Mariana balançou a cabeça em negativa.

- Por sorte não... Rômulo acabou com os procedimentos, Brandão está estável, e Otávio está bem, mas também adormecido. Pelo que parece ele perdeu muito sangue também, mas menos que o meu marido, então deve acordar mais depressa.

- Certo. Obrigado minha amiga – Luccino sussurrou, a abraçando forte e deixando com que ela se acalmasse. – Agora se me der licença, tenho que falar com meus irmãos.

- Claro, claro... estarei te esperando lá dentro – ela disse, um sorriso fraco em sua face, e lhe deu um beijo na bochecha antes de sair casa adentro. Luccino a observou em silêncio, e somente quando tinha desaparecido, se virou para seus irmãos. Os outros que tinham vindo lhe ver já debandavam, e os três estavam sozinhos agora.

- Pode explicar agora, por que saiu correndo daquele jeito? E como assim, foi falar com Virgílio? – Ernesto perguntou, sua voz aparentemente calma, mas seus olhos ardiam como brasas. Já Fani parecia mais confusa do que qualquer outra coisa, apesar de seus olhos também guardarem mágoa.

Luccino respirou fundo, e assentiu.

- Fui falar com Virgílio sim, assegurar de que vou fazer de tudo para que tenha um julgamento justo.

- Julgam-Luccino, você tem que estar tirando uma com a minha cara – Ernesto riu, sarcástico, maldoso, levantando os braços para esfregar a boina contra seus cabelos, como fazia quando estava nervoso. Fani não abriu a boca, pensativa. – Aquele demônio merece apodrecer na cadeia, se não morrer antes que o faça! Ele não merece uma gota de simpatia da nossa parte, muito menos proteção ou respeito!

- Talvez não mereça mesmo, e talvez eu esteja sendo um idiota, mas vou ajuda-lo mesmo assim. É meu irmão, e eu faria o mesmo se fosse um de vocês.

- Só que não é! Luccino, Luccino me escute. O Virgílio, ele se entrelaçou à Xavier de uma maneira que ninguém pode desvencilhar. Nem o tempo! Ele já tentou matar tanta gente do Vale, tantos dos nossos amigos, até nós! Luccino, ele matou nosso pai! – Ernesto exclamou, sua voz aumentando em tom e volume à cada frase que terminava. Luccino, porém, já tinha sua decisão tomada, apesar de sentir as palavras do irmão doerem em seu coração.

- Você acha que eu não sei disso? Acha que sou burro, Ernesto? – Luccino perguntou, sentindo seu coração apertar pela falta do pai, mesmo mau como era. Lembrava-se bem dos ataques de Virgílio aos seus amigos, e até mesmo o atentado ao trem. Ainda assim, uma voz dentro de seu coração implorava para perdoá-lo. – Mas mesmo com as ameaças, ele nunca nos feriu, nunca nos machucou, e mesmo com Xavier, tentou me proteger diversas vezes! O que aconteceu com nosso pai foi um acidente, eu sei, e ele salvou nossa mama de morrer no trem! O filho de Fani também! E ele nos salvou, nós poderíamos ter morrido!

Felizes Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora