Capítulo 22: O recanto dos lobos

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Aparataram de Hogwarts para o local onde iriam abrigar os lobisomens. Uma rua deserta, com algumas casas simples e pequenas, e no final dessa rua, cercada de plantas, tinha uma casa minúscula, de madeira antiga corroída por cupins, as janelas da frente quebradas, a porta gasta e acinzentada. Os dois olharam para aquilo e conferiram o endereço.

- Ou Dumbledore deu o endereço errado, ou está ficando gagá - disse a híbrida.

- Vamos entrar, talvez seja diferente por dentro, afinal é um esconderijo - disse Remo sem muita confiança, caminhando até a porta.

Ele puxou a varinha do bolso e murmurou "Alohomora!". A porta se abriu com um rangido. Um corredor escuro acolheu ambos. A varinha de Remo acendeu-se com uma luz branca. Caminharam e caminharam. Então um salão enorme se abriu, no centro haviam sofás e uma mesa média. Ao fundo, escadas se erguiam, uma no meio e outras duas cada lado. Um lustre antigo pendia no meio da sala. Portas nas laterais da casa davam para mais aposentos.

Um estampido soou e três criaturas baixinhas, orelhudas e de olhos grandes e azuis, apareceram na frente deles. Elfos domésticos.

- Sejam bem-vindos, mestres. Estávamos a sua espera - disse o do meio com uma voz fina e simpática. - Me chamo Daisy, esses são meus irmãos, Dony e Doky.

- É um prazer conhecê-los. Sou Nick, esse é Remo. Estão prontos para receber uma matilha de lobisomens?

- Prontíssimos, senhora, já preparamos os quartos e estamos fazendo a janta. Se quiser podemos lhe mostrar a casa - disse Doky (o da esquerda).

- Isso seria ótimo - respondeu a híbrida.

Os elfos os guiaram pelos aposentos. Mostraram a cozinha, em uma das portas à esquerda, a sala de jantar à direita. Depois subiram as escadas do meio que dava a quatro portas, quatro quartos medianos. Então para a escada da esquerda, que deu para mais cinco quartos iguais, assim como a da direita. Ainda tinha um sótão e um porão.

O lugar era enorme, equipado para receber lobisomens. E uma porta dupla aos fundos dava acesso a floresta que cercava a casa, onde os lobisomens poderiam se transformar na lua cheia.

Nick agradeceu, assim como Remo, e disse que voltaria em breve com seus companheiros. Então ela e Remo aparataram, por um pedido de Nick, no orfanato, em um pátio aberto onde crianças pulavam amarelinha e jogavam bola. Uma mulher alta e morena veio até ambos.

- Sejam bem-vindos, Sr. Lupin. E você deve ser a Srtª. Mikaelson, me chamo Paulla.

- Sim, é um prazer conhecê-la.

- Nick! - Uma garotinha veio correndo e abraçou as pernas da híbrida -Você veio!

- É claro, eu prometi, não é? Como estão as coisas Amália?

- Estão ótimas, temos uma cama boa, comida e podemos comer chocolate de sobremesa todas as noites - ela contou animada.

- Que bom. Pode ir lá brincar com seus novos amigos - a garotinhas saiu animada pulando.

Nick ficou feliz em ver que não era uma prisão e sim um lugar ideal para crianças como eles, que sofreram muito e agora mereciam ser felizes. Aquilo fez sua consciência aliviar.

Ela conversou com a bruxa que administrava todo o lugar, fez várias perguntas e exigiu respostas e até provas. Perguntou como faziam nas luas cheias e a mulher contou que levavam as crianças em grupos menores para uma área deserta e protegida com feitiços onde podiam se transformar e ficarem livres lá. Antes de sair, deu um pequeno aviso a mulher, de que se soubesse que estavam fazendo algo ruim com as crianças, as consequências não iam ser nada boas. A mulher estremeceu mas assentiu.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora