Capítulo 24: Pelo olho da cobra

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Com a volta da híbrida para a sede da Ordem, Sirius estava mais animado. Ela disse que não pretendia sair do seu lado por algum tempo, isso significava que ele não iria passar o natal sozinho.

Nick acordou quando Sirius a chamou no meio da madrugada.

- Híbrida, Dumbledore mandou avisar que as crianças estão vindo para cá, aparentemente Arthur está ferido.

- Como? – Ela perguntou sonolenta, mas Black compreendeu.

- Não sei, vamos perguntar quando as crianças chegarem. – explicou olhando para o vazio.

Os dois desceram, esperando as crianças aparecerem na sombria cozinha no porão, tinham vindo por uma chave-de-portal, o que não demorou muito. Um dia antes das férias em Hogwarts, Harry e jovens Weasley apareceram na sede. Os ruivos tensos e preocupados, e Harry suado e ainda respirando pesadamente.

- De volta, os pirralhos do traidor do sangue. É verdade que o pai deles está morrendo? – disse Monstro, rastejando pela casa.

- FORA! – Vociferou Sirius.

Harry se levantou e o padrinho correu até ele, Nick sentiu um cheiro de bebida, provavelmente ele não teria conseguido dormir e desceu para a sala com uma garrafa de vinho.

- Que é que está acontecendo? – Perguntou ajudando a ruiva a levantar. – Fineus Nigellus falou que Arthur está gravemente ferido...

- Pergunte ao Harry – respondeu Fred.

- É, quero ouvir isso com meus próprios ouvidos – disse Jorge.

O olhar de todos estava fixo no garoto.

- Foi. Tive uma espécie de... visão...

O garoto contou tudo. Disse que parecia estar assistindo dos bastidores quando a cobra de Voldemort atacou o Sr. Weasley, que estava dentro de algum lugar com várias prateleiras, dentro do Ministério. Disse que Dumbledore pediu ajuda aos quadros no escritório para encontrar Arthur e avisar Sirius. Quando ele terminou, os ruivos continuaram a olha-lo por algum tempo.

- Mamãe já chegou? – Perguntou Fred para Sirius.

- Provavelmente ela ainda nem sabe o que aconteceu. O importante era vocês virem antes que a Umbridge pudesse interferir. Espero que Dumbledore tenha avisado a Molly agora – respondeu o homem.

- Temos de ir ao St. Mungus – disse a ruiva em tom urgente, olhando para seus irmãos de pijama. – Sirius, você pode nos emprestar capas ou outra coisa qualquer para vestir?

- Esperem, vocês não podem sair correndo para o St. Mungus – Falou Black.

- Claro que podemos ir ao St. Mungus se quisermos – Fred disse obstinado. – Ele é nosso pai!

- E como é que vocês vão explicar como souberam que Arthur foi atacado antes mesmo de o hospital avisar a mulher dele?

- Que diferença faz? – Jorge perguntou exaltado.

- Faz diferença, porque não queremos chamar atenção para o fato de que Harry está tendo visões de coisas que aconteceram a quilômetros de distância! – Disse Sirius aborrecido. – Vocês têm ideia do que o Ministério faria com essa informação?

Fred e Jorge fizeram cara de quem não se importava nem um pouco com o que o Ministério pudesse fazer com coisa alguma. Rony continuava extremamente pálido e silencioso. Gina disse:

– Alguém poderia ter nos contado... poderíamos ter sabido o que aconteceu por outra pessoa que não o Harry.

– Quem, por exemplo? – perguntou Sirius, impaciente. – Escutem, seu pai foi ferido a serviço da Ordem da Fênix e as circunstâncias já são bastante suspeitas sem os filhos dele saberem o que aconteceu segundos depois, vocês poderiam prejudicar seriamente a Ordem...

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora