Capítulo 60: Uma armadilha

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- Não.

- Não o que Black?

- Você não vai. Isso não é uma pista, e você sabe, vocês sabem.

- Exato – respondeu a híbrida calmamente.

- O que? – Questionou Remo confuso.

- Você é esperto, entendeu, não é amor? – Os olhos de Black nos dela, ele suspirou, sabia do que ela estava falando, balançou a cabeça.

- Espera, eu me perdi aqui – falou Remo visivelmente confuso.

- Junte os fatos. Voldemort está recrutando um exército de criaturas, de monstros, que vivem para matar. E qual é a criatura que se alimenta de sangue, que mata por prazer, e que não está do lado dele? Vou te dar uma dica, seu nome começa com Nick e termina com Mikaelson.

- E você está pensando em correr direto para a armadilha dele? – Questionou exasperado, pensando que ela havia enlouquecido de vez.

- Meu querido lobinho, uma armadilha só funciona quando o pobre animalzinho não sabe que é uma armadilha.

- Vadia psicopata e esperta – xingou Black sorrindo. Ela piscou.

- O que ele pode fazer? Me matar – ela deu uma gargalhada irônica.

- Te torturar talvez, não fazemos ideia de que feitiços ele tem, que outras milhares maldições ele pode usar em você – argumentou Remo.

- Isso se ele conseguir me acertar.

- O senhor não vai falar nada? – Remo confrontou Alvo.

- Após tantos anos já entendi o quão cabeça dura e teimosa ela é. Por ser amigo de Sirius você também deveria saber, Remo – respondeu com um sorriso, o lobinho se calou, levando as mãos aos cabelos preocupado. – Afinal, todos aqui já tivemos provas de que ela sempre está dez passos à frente, portanto, o que decidir Nick.

- Eu vou – não precisou pensar. – Se é Nick Mikaelson que ele quer, é Nick Mikaelson que terá.

Planejaram então que amanhã à noite Dumbledore aparataria com ela na floresta e voltaria, ela não queria ninguém se arriscando por ela. Black nem tentou argumentar para ir junto, já entendeu que ela nunca permitiria e que a imortalidade dela era do mesmo tamanho que sua arrogância e coragem, e se arriscaria para sempre.

Nick preparou tudo o que precisava, sangue e roupas além de uma adaga escondida na perna e outra na cintura. Remo estava andando de um lado para o outro na sala apreensivo, Black jogado no sofá com o cigarro entre os dedos e Dumbledore havia recém aparatado no apartamento para levá-la. Quando ela ficou em pé, Black fez o mesmo, e Remo repetiu que era uma péssima ideia.

- Se eu não voltar, não venham atrás de mim.

- Você sabe que está pedindo o impossível, não é? - A preocupação nos olhos de Black, que não a deixava transparecer em seu rosto.

- Achei que nada fosse impossível para Sirius Black - provocou. Ela deu um beijo na bochecha de Remo, que parecia estar tremendo de angústia.

- Tem razão, até consegui conquistar você.

- Cachorro... - ele se aproximou dela, a envolveu em um abraço e então a beijou profundamente.

- Sei que vai sair de lá, mas preciso que me prometa.

- Eu prometo, lhe dou minha palavra - respondeu séria e pode ver um mínimo alívio em seu olhar. Ele assentiu, ela tomou seu cigarro dando uma tragada e soltando a fumaça em seu rosto, Black sorriu, ela também. - Não chorem de saudades.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora