Capítulo 38: O julgamento

266 46 23
                                    

Foi Black quem acordou Nick, praticamente pulando em cima dela, dando-lhe beijos pelo rosto todo. Ambos desceram só sorrisos para a cozinha. Nem meia hora depois Remo e Tonks também desceram, Black já preparou sua cara de maroto.

- Se divertiram ontem? – Remo sorriu negando com a cabeça já sabia o que vinha por aí. – Então Nymphadora – ele sabia que ela odiava esse apelido – como é transar com um lobisomem?

- Você deveria saber, já que transa com um – ela respondeu rápido, um sorriso brilhando no rosto.

- Mas a minha é só metade.

- Ah é – disse Nick fingindo estar ofendida, - então vai lá dar para o Isaac.

- Ele não faz meu tipo, prefiro as híbridas – todos riram, quando ele foi como um cachorrinho dar um beijo em sua bochecha.

O julgamento de Black começaria em breve. Eles aparataram para a entrada de visitantes do Ministério, uma cabine telefônica bem comum nas ruas de Londres, mas após apertarem alguns números específicos e darem seus nomes para uma voz feminina ali dentro, a cabine se tornou um elevador e desceu. Uma luz fraca e amarelada surgiu.

Os bruxos apresentaram as varinhas para um homem que as segurou, devolvendo a eles, exceto a Black. Passaram em frente as lareiras onde vários bruxos sumiam ou apareciam em chamas esverdeadas. Seguiram para um elevador antigo. Após fechar a grade Tonks falou o andar para o elfo, e rapidamente, mais do que o normal, eles chegaram no corredor de fraca iluminação.

Tonks e Remo foram lado a lado na frente, e entraram em uma porta. Era um auditório grande, as fileiras de cadeiras em arquibancada repleta de pessoas. Dois aurores conduziram Black para o centro da sala, colocando-o sentado na cadeira ali. Nick deu um beijo rápido nele antes disso, e seguiu Remo e Tonks para uma das fileiras de cadeira que os aguardavam, ao lado de Moody, Quim e Arthur. Minutos depois Dumbledore chegou com Harry que sentou ao lado de Nick.

Bruxos e aurores que Nick não conhecia estavam reunidos em volta do Ministro no centro, o cara que parecia um leão ao seu lado.

- Daremos início ao julgamento de Sirius Orion Black, que foi condenado pelo crime de traição, assassinato de oito trouxas e Pedro Pettigrew. Ficou em Azkaban por treze anos antes de fugir – declarou Fudge batendo o martelo. – Começaremos com a visão do acusado sobre o cometido, dando-lhe a alternativa de usar a poção da verdade veritasserum...

- Sim, quero a poção. Não tenho nada a esconder – interrompeu Black. Com um aceno do Ministro um auror levou o frasco até Sirius, que virou como um shot de bebida.

- Bem, então o que aconteceu naquela fatídica noite Sr. Black?

- Bom, primeiramente precisam saber dos antecedentes – Sirius falou com um leve sorriso esperando confirmação para continuar. – Tiago, Lilian e Harry estavam escondidos sob proteção da Ordem da Fênix, e nomearíamos um fiel do segredo quanto a localização deles. Primeiro havíamos decidido que seria eu, e todos sabiam, inclusive Dumbledore.

- Confirmo esse fato, Ministro – falou Dumbledore com outros bruxos a uma sessão separada.

- Certo, continue – falou Fudge.

- Mas então, dei a ideia a Tiago de escolhermos Pedro, por ser menos óbvio, ele concordou e oficializamos.

- Sem avisar mais ninguém, conveniente não acham? – Falou Fudge. O sangue de Nick pareceu aquecer com aquilo, Harry segurou a mão da híbrida tentando acalma-la, impedi-la de avançar contra os bruxos.

- Íamos avisar, mas foi decidido de última hora – falou Black calmamente. - Não demorou para Pedro ir correndo contar para Vol... Você-Sabe-Quem. Não esperávamos por isso, por essa traição, conhecíamos Pedro desde que chegamos em Hogwarts. Eu morreria, morreria, mas não entregaria meus amigos – ele falou sério, mais sério e firme que nunca antes, impossível duvidar daquilo.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora