Capítulo 40: Mansão Mikaelson

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Sentiram o chão firme da entrada da mansão imponente sob seus pés. Sirius olhando para todos os lados, admirando a fortaleza que era aquele lugar. O emblema na parede, cravado em pedra, aquele escudo impenetrável. Ouvia o jazz animado das ruas ao longe.

- Não estou ouvindo gritos, acho que meus irmãos não estão – ela constatou. Black deu uma risada, acompanhado de um suspiro de alívio, não sabia se estava pronto para enfrentar as criaturas poderosas que eram. – Não se deixe intimidar pelo lugar, vamos.

Ela abriu o portão entrando no lugar que chamava de casa. Quando uma figura masculina, morena, forte com um sorriso brilhante se aproximou para um abraço ao reconhecê-la.

- Nick! O que está fazendo aqui? – Animadamente abraçou-a.

- Como vai Marcel? Vim pegar uma coisa.

- Quem é esse? – Pediu olhando para Sirius ainda sorrindo. Ele era tão diferente de seus irmãos, mais gentil e educado, principalmente com Nick.

- Esse é meu... namorado, Sirius Black.

Primeiro Sirius a encarou sorridente, estava começando a adorar ouvi-la dizer aquilo. Então Marcel, o olhar surpreso e divertido no rosto.

- Namorado? Ele é o bruxo que Kol falou então – ele apertou a mão de Black.

- Aquele fofoqueiro de uma figa, garanto que contou para Klaus, não é? Deus nos ajude – o moreno riu. – Desculpe, esse é Marcel Gerard, é da família, como um irmão para mim.

- Prazer em conhecê-lo.

- O prazer é meu. Você parece gente boa, tomara que Klaus o poupe.

- Como? – Black pediu de forma cômica.

- Ah, é só que ele é meio possessivo as vezes. Costuma matar todos os namorados das irmãs, diz que ninguém é digno o bastante. Tomara que ele goste de você.

- Ah, agora estou mais tranquilo – ele falou arregalando os olhos. Marcel riu.

- Não se preocupe, ele costuma matar os namorados da Rebekah, sabe que se tentar se intrometer na minha vida leva uma surra – tentou tranquiliza-lo.

- Graças a Merlin, minha namorada é uma híbrida então – ela sorriu.

- Onde estão meus irmãos afinal?

- Estava a caminho de te ligar na verdade. Não tenho ideia do que aconteceu ao certo, ontem Klaus surtou de novo, apunhalou Rebekah e Kol no meio de uma discussão daquelas, pegou os caixões e saiu com Elijah, sem dizer para onde iria. Não me dirigiu a palavra antes de sair determinado e furioso.

- Assim do nada? Ele geralmente fala alguma coisa, ou grita com as paredes – Marcel negou com a cabeça e Nick começou a se perder em pensamentos quando sentiu a mão de Black apertar a sua. - Bom, vou pegar uma coisa no escritório e voltaremos para Londres.

- Porque não mostra a cidade a ele, todos amam New Orleans, principalmente você Nick que eu sei. É tão seu lar quanto meu.

- Tem razão, faremos isso antes então. Se prepare para um tour extraordinário por New Orleans, vulgo, minha casa – os olhos de Black se iluminaram.

Com um até logo, Marcel voltou para dentro da mansão com assuntos a resolver, provavelmente teve alguma briga entre seus clãs. E Nick e Sirius saíram para as ruas. O jazz se tornou mais alto e próximo, até que conseguiram ver o desfile. Roupas coloridas, músicas animadas se libertavam dos instrumentos da banda a frente em uniformes vermelhos guiando o desfile. Os típicos colares de perolas de cores variadas encantavam os turistas e moradores ao serem jogados pelos ares.

- É conhecida como a cidade do jazz e do Bourbon.

- Isso explica porque gosta tanto daqui.

- Meu irmão ama essa cidade, principalmente pela arte, ele ama pintar. Coisa que aprendi a gostar por cause dele. Fazíamos tintas quando crianças, caminhávamos pela floresta até achar frutas e flores coloridas, então pintávamos cascas de árvore, madeira, era divertido.

- Ainda pinta?

- Eu as vezes, mas meu irmão sim, constantemente, principalmente quando está com raiva.

Ela o levou para o meio daquele desfile, puxou sua mão e dançou com ele pelas ruas de sua cidade, com um sorriso enorme no rosto. Pegou alguns colares que jogavam e colocou em seu pescoço, ele fez o mesmo nela. Os músicos tocaram para os dois assim que a reconheceram.

Entraram em uma loja de bebidas tradicionais. Onde experimentaram burbons variados, com sabores exóticos, todos deliciosos. A vendedora deu uma garrafa de presente para Nick, por ela sempre ajudar quando seu irmão a ameaçava. Nick adorava aquele lugar, a paz e alegria que tinha nele e mostrar aquele parte sua para Black foi incrível, dividir com ele uma parte boa de seu ser, se não a única. Ela deu a garrafa para Black como um presente e uma lembrança.

Então voltaram para a mansão. Nick entrou na frente o guiando pelas escadas e portas do lugar, ele não parava de olhar a sua volta, admirando cada detalhe rústico e antigo dali. Ela entrou no escritório de Klaus, foi direto para a prateleira onde deixara o antigo grimório, e ali estava. Depois de anos, intocado. Ela pegou a capa de couro marrom gasto nas mãos, folheou para ver se todos os feitiços estavam ali. Virou-se para Black, pronta para ir.

O homem analisava um quadro. A família Mikaelson. Klaus em pé no meio, as duas irmãs ao seu lado, e os outros dois irmãos logo atrás. Usavam roupas antigas, vestidos e ternos do século XVIII.

- A temida família Mikaelson, sempre e para sempre – ela falou ao seu lado. – Klaus ameaçou Jacques-Louis David para nos retratar. Era famoso na época. Temos outros quadros por mais pintores famosos. Minha irmã fez Leonardo da Vinci pintá-la, de alguma forma desconhecida encantou o homem – ela falou rindo.

- E aquele? – Perguntou Black apontando para um quadro do outro lado da sala, na parede quase escondido pela estante de livros. Ela um retrato de Klaus, extremamente realista, captava o lado arrogante dele, mas com o sorriso de felicidade pura que raramente aparecia. Com a camiseta entre aberta, os babados antigos no decote, a calça de couro marrom, em pé ao lado da lareira da mansão.

- Eu que pintei. Fiz Klaus sentar e posar por quatro horas enquanto o pintava. Ele reclamou bastante, mas ficou. Foi há anos atrás, não sabia se tinha o queimado, aparentemente não – ela olhou com carinho para o quadro, lembrando das risadas de seu irmão quando ela errava e xingava se estressando todas as vezes, e ele se mexendo de propósito para irritá-la. – Ele pintou um meu também, mas o meu ficou melhor.

Ela o levou até o quarto dela, e mostrou o quadro sob a cabeceira. O retrato de Nick era sentado em uma cadeira com um vestido enorme de época, uma perna estava sobre o encosto do braço, um sorriso arrogante, igual de seu irmão, no rosto. Contrastando com o vestido e o penteado elegante, uma bota de couro preta.

- Parecido com a foto que mandou uma vez – Sirius falou sem conseguir tirar os olhos daquele quadro.

- Sim, nós recriamos a pose nos dias atuais, Kol a tirou – ela comentou rindo. Os dois estavam um pouco bêbados ao tirar aquela foto.

- Seus irmãos parecem ser divertidos, quando não estão matando ou ameaçando ninguém, quero conhecê-los logo. Tenho certeza que posso fazer Klaus gostar de mim, afinal sou Sirius Black – ele falou passando as mãos nos cabelos daquele jeito arrogante.

- Não tenho dúvidas disso – ela deu um beijo nele. – Quero pintar você Black, posaria para mim?

- Seria uma honra, até nu se quiser – ele riu e a beijou novamente.

Desceram as escadas com o grimório guardado na jaqueta. Sirius apertou a mão de Marcel para se despedir do vampiro. Nick contou-lhe como ele se tornara da família a séculos atrás e como escolheu virar o vampiro que é hoje.

- Até breve, Nick, e volte logo, New Orleans sente sua falta – ele abraçou-a. – Realmente espero que Klaus não mate seu namorado, ele é muito divertido.

- Também espero. Se tiver alguma notícia se quer de meus irmãos me avise. Até mais Marcel – ela deu um beijo em sua bochecha antes de segurar o braço de Black e aparatar direto na Ordem.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora