Capítulo 62: Em mármore branco

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Os alunos foram mandados de volta para suas respectivas salas comunais, enquanto Nick não conseguia deixar o corpo de Alvo. Sirius segurou seus ombros, ainda relutante ela levou a mão gelada de Alvo aos lábios e a beijou em uma promessa silenciosa e acompanhou Black à enfermaria onde os outros estavam reunidos ao redor do leito onde Madame Pomfrey fazia os curativos no rosto de Gui. Nick sentou-se ao lado do jovem, o rosto sério, mas em seus olhos se via a fúria gélida que estava sentindo.

- Quem? - A única palavra foi o bastante.

- Snape. Era missão de Draco, mas ele não conseguiu então Snape o fez, com o Avada Kedavra - respondeu Harry, um leve arrepio na espinha ao olhá-la nos olhos. Então aquela era a missão da qual falavam. Nick tencionou os braços e cerrou os punhos.

- Snape, aquele traidor de uma figa - xingou Black se levantando em um salto e passando as mãos no cabelo frustrado. Nunca gostou de Snape, mas havia acreditado que estavam do mesmo lado. - Nunca deveríamos ter confiado naquela cobra.

Os outros concordaram todos enraivecidos, quando um lamurio, um canto foi ouvido do lado de fora, era Fawkes a fênix de Dumbledore, seu choro em melodia parecia mostrar a tristeza que todos sentiam.

Minerva entrou quebrando o encanto. Ela andou até Nick, colocou a mão em seu combro.

- Eu sinto muito - Nick se surpreendeu, mas não demonstrou, colocou a mão sobre a dela, em igual consolo e agradecimento. Ela assentiu e se afastou.

Uma discussão começou, a qual Nick mal prestou atenção, sua mente ia e vinha por aquele dia, as torturas que sofreu ainda pulsando em suas veias, uma agonia interior de tudo o que aconteceu. Os ouviu explicar que os comensais entraram por armários sumidouros na sala precisa, felizmente ninguém havia morrido, apenas um comensal.

- Dumbledore será enterrado amanhã, se quiserem permanecer no castelo ou em Hogsmead. Depois disso todos deveram ir para casa - falou Minerva exausta em uma cadeira.

- Não vai fechar à escola, não é? - Perguntou Rony.

- Não sei Sr. Weasley, não sei.

Foi naquele momento que as portas da enfermaria se abriram e Molly e Arthur entraram, correndo até o filho. Nick se levantou e saiu com Tonks, Remo e Sirius para dar privacidade a eles. Remo foi até sua amiga, a envolveu em um abraço apertado.

- Eu sinto muito Nick, não deveria ter sido dessa forma - ela mal o abraçou de volta, não conseguiu, não voltaria a chorar.

Em seguida Tonks fez o mesmo. Então Harry saiu lá de dentro. Abraçou a híbrida.

- Eu teria impedido se Dumbledore não tivesse me imobilizado, desculpe.

- Não foi culpa sua, Harry - ela respondeu afagando seus cabelos.

Sirius conversou um pouco com Harry e então subiu com Nick para aquele mesmo antigo quarto que ela ficava. Ele percebia que na cabeça dela o dia era retomado, e ela pensava em soluções para todos os problemas que viriam a frente, ela a tomaria a frente em nome de seu velho amigo.

- Híbrida - o chamado em sua voz levemente rouca já a fazia bem, sentiu os braços fortes se fecharem ao seu redor quando ele sentou-se atrás dela, os lábios dele em seu pescoço e a respiração quente em sua pele, era um conforto. Ele não precisava pedir, ela se virou para ele selando seus lábios e mostrou tudo o que aconteceu, desde que aparatou naquela floresta, cada tortura, cada comensal e Voldemort. A respiração de Black ficou ofegante, quando se afastou viu a fúria rugindo em seus olhos.

- Eu os farei pagar - foi sua resposta, e ele sabia que não era somente os comensais, mas o que fizeram com Alvo.

- Estou com você, até o maldito fim.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora