Nick Mikaelson

Capítulo 14: Dia da audiência

O sol da manhã iluminou a cama onde Sirius e Nick dormiam, despertando ambos. Black abriu os olhos e olhou para a híbrida torcendo para que aquilo não fosse só um sonho. Ela sentou na cama esfregando os olhos.

- Bom dia, cachorrão – como ele amava aquele apelido.

Ambos levantaram e se vestiram para o café. Todos já estavam sentados à mesa bocejando e com o olhar baixo de sono. Nick já estava se sentido um pouco faminta, e ficando mal-humorada, precisava de sangue, nenhuma comida ali lhe agradava. Sirius percebeu.

- Pode sair se quiser, sabe, para se alimentar. Só tenta não matar ninguém, híbrida – ele disse com um sorrisinho.

Todos na mesa se despertaram encarando os dois, a Sra. Weasley engasgou com a última parte. Nick levantou avisou que já voltava, bagunçou os cabelos de Black e saiu da casa. Foi um pouco mais longe até achar algumas pessoas caminhando por ali. Arrastou uma, rápido para um beco, e enfiou as presas em sua jugular, quando o coração de sua vítima já estava fraco ela parou e a fez esquecer. Então voltou para a mansão limpando o canto da boca.

Todos na casa já estavam limpando novamente. A híbrida foi até onde estava a Sra. Weasley para ajudá-la, no caminho passou por um quarto onde ouviu Sirius e Harry conversando.

- Você fugiu de casa? – Ouviu a voz surpresa de Harry.

- Quando tinha uns dezesseis anos. Já estava cheio.

- Aonde você foi?

- Para a casa do seu pai. Seus avós foram muito compreensivos; meio que me adotaram como um segundo filho...

Nick parou de ouvir, já sabia da história por completo, não sentia pena de Sirius, mas sim admiração por abandonar a família que tanto lhe fazia mal. Era o que Nick deveria ter feito mil anos atrás, mas estranhamente não se arrependia.

A tarde passou depressa. Ela ajudou Molly e os gêmeos a se livrarem de fadinhas-mordentes que faziam ninhos nas cortinas. Depois se livraram de mais algumas tranqueiras inúteis, e limparam alguns cômodos. Rony ficou pálido e saiu correndo do quarto que limpavam após ver umas vinte aranhas em um canto do mesmo, mas acontece que eram um encantamento que os gêmeos fizeram.

- EU JÁ NÃO DISSE PARA NÃO ASSUSTAREM SEU IRMÃO! – Sra. Weasley gritou com os dois pela quinta vez no dia, enquanto Rony se recusava a voltar no quarto.

Anoiteceu e todos desceram para o jantar que Molly preparava com a ajuda das garotas. Enquanto comiam ela falou a Harry.

- Passei as suas melhores roupas para amanhã, Harry, e quero que lave o cabelo hoje à noite também. Uma primeira impressão boa pode fazer milagres.

Todos pararam de conversar e olharam para o menino que ficou tenso de repente e concordou com a cabeça.

- Como é que vou até lá? – Ele perguntou, tentando não demostrar preocupação.

- Arthur vai levar você para o trabalho – ela respondeu com gentileza sorrindo tentando animar o garoto.

- Você pode esperar na minha sala até a hora da audiência. Harry executou um feitiço na frente de trouxas, produziu um patrono para afastar os dementadores que o atacaram, infringiu a lei sabe? – Sr. Weasley explicou a Nick, que afirmou.

- O Prof. Dumbledore acha que não é uma boa ideia o Sirius ir com você, e devo dizer que... – disse Molly ao ver Harry olhar para o padrinho.

- ...acho que ele tem toda razão – respondeu Sirius entre os dentes. Molly contraiu os lábios.

- Quando foi que Dumbledore lhe disse isso? – Harry pediu, encarando Black.

- Ele veio à noite retrasada, quando você já estava deitado – disse Molly.