Capítulo 10: A carta de Dumbledore

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- Mandou bem, Mikaelson!

A híbrida estava passando seu tempo treinando boxe na academia com Marcel, tinha acabado de derruba-lo. Estava mais animada nos últimos meses, recebeu uma carta de Stefan dizendo que ele estava conhecendo Paris e estava muito contente por estar conseguindo se controlar, até pensou em se juntar a ele, mas seu irmão precisava dela.

O treino continuou com velocidade sobrenatural, socos, chutes, nocautes de tirar sangue do oponente. Nick já havia o derrubado mais vezes do que podia contar, mas Marcel também a acertara várias vezes ganhando alguns rounds. Exaustos e suados voltaram para a mansão.

- Precisa me ensinar aquele golpe, com giro de perna, foi incrível.

- Na próxima vez que lutarmos te ensino, é sempre com ele que derrubo o Elijah – ela respondeu sorridente.

- Nick, chegou uma carta para você, a coruja quase bateu na janela, mas já voou de volta – disse Kol vindo até ela com um envelope na mão, lacrado com um selo vermelho, ela reconhecia aquele selo.

- Certo, obrigada irmãozinho.

Ela subiu, já sabia que era de Dumbledore só pelo papel amarelado e o símbolo no selo. Já no seu quarto, sentada na cama, abriu-a.

"Querida, Nick. Minhas desculpas se essa carta se tornar muito breve, mas estou extremamente ocupado nesses dias. O Torneio Tribruxo foi sediado aqui em Hogwarts. É uma competição entre três escolas de magia, onde os campeões escolhidos enfrentam tarefas. Devido a um impostor em nosso meio, um seguidor de Voldemort, que fraudou a escolha dos campeões, Harry Potter foi escolhido e enfrentou as tarefas com inteligência e bravura. Na última tarefa, ele e mais um garoto chamado Cedrico Diggory, chegaram na Taça (o objetivo final do torneio) que na verdade se revelou como uma chave de portal, pela qual eles foram transportados para um cemitério, onde Lorde Voldemort com ajuda de seu servo assassinou o garoto Diggory. E usou Harry para realizar o ritual que restaurou seus poderes, ou seja, ele voltou. Harry conseguiu escapar felizmente. Enfim, nós reunimos a Ordem da Fênix novamente para combate-lo. Sirius está bem e a salvo, já o tirei de sua cabana, muito obrigado. Mas preciso de mais uma coisa. No dia vinte e nove de julho, me encontre na ponte de Londres.

- Atenciosamente, Alvo Dumbledore"

- Caramba, esse garoto já tem um imã de problemas, exatamente igual Tiago. Bom, Londres, acho que nós veremos novamente velha amiga. O que será que ele precisa que eu faça dessa vez?

- Falando sozinha, irmã? – Klaus perguntou escorado na porta.

- Pensando em voz alta. Eu preciso voltar para Londres, um velho amigo me pediu ajuda e eu prometi que iria, e diferente de certas pessoas, eu não quebro as minhas promessas – ela disse se referindo a Elijah.

- O que? Não pode ir, sua família precisa de você. Vai ficar aqui – Klaus disse irritado.

- Não estava pedindo permissão. E essa família vai ficar bem sem mim, é só você não arrumar nenhum problema.

- Já disse que você vai ficar, não ouse... – mas antes que ele terminasse de falar Nick fechou a porta do quarto na cara dele.

Ela arrumou suas malas, colocou somente algumas roupas e calçados pois na sua cobertura em Londres haviam várias ainda. Desceu as escadas onde encontrou Kol sentado no sofá lendo, ergueu os olhos de seu livro para observa-la e notou a mala.

- Onde vai?

- Londres, ajudar um amigo e talvez rever algumas pessoas...

- Droga, sem você essa casa vai voltar a ser um hospício. Não posso ir junto?

- Não irmão, sinto muito. Se ficar de saco cheio é só ir ajudar na academia com Marcel.

- É claro, até porque eu e Marcel somos melhores amigos, não é? – Disse sarcasticamente. - Certo... boa viagem então, irmã – ele disse se levantando para dar um abraço.

Elijah acenou com a cabeça desejando o mesmo. Então Klaus desceu as escadas, não havia raiva em seu olhar. Ele a acompanhou até a saída.

- Faça uma boa viagem irmã.

- Obrigada, vê se não arruma nenhum problema até eu voltar.

- Sem promessas.

Ambos sorriram e acenaram com a cabeça. Ela saiu, pegou um táxi até o aeroporto. Klaus demorou um pouco mas entendeu sua irmã, ele sabia que ela havia se apaixonado por alguém lá, provavelmente iria revê-lo, ele não podia tirar isso dela. Podia até ser egoísta as vezes, mas faria de tudo para ver sua família feliz, e Nick feliz era uma das coisas que ele mais gostava de ver, por mais que sempre quisesse mantê-la por perto.

Ela chegou em Londres, dois dias antes do pedido de Alvo. Foi para a sua cobertura, ao cruzar a porta as memórias com Sirius voltaram como balas de madeira direto em seu peito. Em cada canto daquele lugar ela podia rever o seu sorriso encantador, olhos azuis acinzentados que nunca esqueceria. Esperava poder vê-lo em breve.

Ela foi a um dos bares que Amanda havia lhe apresentado da última vez, encontrou algumas vítimas lá e podemos dizer que se divertiu até demais. Sua humanidade continuava bem desligada, não sentia nenhum sentimento. Até levou um rapaz jovem, bonito e tolo, bem como gostava de suas presas, para casa.

- Fique calado, talvez doa um pouco – ela disse o hipnotizando.

Então enfiou suas presas afiadas como lâminas no pescoço dele. O sangue fresco desceu pela garganta da híbrida revigorando seus poderes, seus olhos brilharam amarelos, quando o soltou ouvindo seu coração bater fraco.

- Acho que você é bonito demais para morrer – disse mordendo o próprio pulso e colocando-o na boca do rapaz. Em minutos estava curado e em pé. – Saia daqui, esqueça que me conheceu e que isso aconteceu.

Sozinha, sentou-se no sofá com um copo de Bourbon. Limpou o sangue do canto da boca antes de beber um gole.

- É bom estar de volta, minha querida Londres.

Nick MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora