– Jake, tô indo na casa do Seth.
– Ok – Ele suspirou. – Se comportem, por favor.
– Claro claro. – Dei um beijo na bochecha de Jacob e fui para a casa do meu namorado.
Nos últimos três meses nosso namoro parece aqueles de filme, tudo perfeito às mil maravilhas, quase nunca brigamos e estamos super felizes. Nem parece que há meses nem nos falávamos. Cheguei a casa dele e bati na porta. Pouco tempo depois lá estava ele, com seu sorriso que ilumina tudo à sua volta. Sorri de volta.
– Oi amor – Ele me deu um selinho
– Oi... – Disse meio sem fôlego por causa do selinho. Ele me puxou para dentro da sua casa fechando a porta. Assim que a porta se fechou fui prensada na mesma e já tinha os lábios de Seth nos meus. Suas mãos estavam na minha cintura enquanto as minhas brincavam com seus cabelos. – Seth, alguém pode chegar... – Disse num sussurro. Tentando me separar dele, contra a minha vontade, claro.
– Ok... – Ele suspirou derrotado e se separou de mim devagar, roubando um selinho antes disso.
Fomos para o sofá e começamos a assistir um filme qualquer, o nome não me importava só de estar com Seth já me fazia extremamente feliz. Ficamos deitados enquanto o filme passava, conversando um pouco e, claro, nos beijando muito. Ele começou a passar a mão no meu cabelo devagar, o que me deixou praticamente mole do seu lado. Quando me dei conta, meus olhos foram se fechando e logo não ouvia mais nada. Havia me entregado a inconsciência.
Acordei com a porta da frente se abrindo e Sue passando por ela. Olhei para a Tv e, como era de se esperar, o filme já havia acabado. Seth respirava profunda e calmamente, certeza que estava dormindo. Tentei me levantar, mas no menor movimento que eu fiz, suas mãos, que estavam na minha cintura, apertavam mais, não me deixando sair de perto dele. Dona Sue me olhou sapeca e riu da minha situação.
– E agora? – Disse um pouco baixo, mas numa intensidade que ela iria escutar.
– Acorda ele querida...
– Mas ele está num sono tão profundo... Dá dó de acordar ele.
– Use a desculpa de que eu preciso falar com ele, o que é verdade...
– Tudo bem então...
– Eu vou para a cozinha guardar essas coisas, boa sorte Cris.
– Obrigada Dona Sue – Agradeci enquanto ela ia para a cozinha. – Vou precisar – Pensei alto.
Cheguei mais perto de Seth e comecei a passar minha mão no seu rosto enquanto chamava seu nome, mas ele não se mexia. Como dorme essa criatura viu... Fui até a sua orelha e comecei a chama-lo. Dessa vez ele se mexeu um pouco. Yey deu certo! Continue chamando-o enquanto passava uma mão no seu cabelo.
– Amor... Vamo acordar vamo. – Sussurrei no seu ouvido pela última vez. Se ele não acordasse pediria passa Sue pegar um copo de água gelada para acordar esse ser.
– Se você continuar a me chamar assim ai que eu não acordo mesmo. – Ele resmungou com a voz rouca por causa do sono.
– Até que enfim viu. – Suspirei com certo alívio – Achei que teria de jogar água gelada em você. – Ele riu. – Vai, levante sua mãe quer falar com você. – Disse empurrando Seth e fazendo com que ele fosse até a cozinha.
Aproveitei para arrumar a bagunça que havíamos feito com uma pequena guerra de almofadas e agora todas estavam no chão. Coloquei todas elas no sofá e amarrei meu cabelo, que estava todo bagunçado. Quando estava sentando no sofá novamente para esperar Seth, ele sai da cozinha apressado com um papel na mão.
– Nós temos que ir Cris e rápido. – Ele ia me puxando.
– O que foi? O que aconteceu? - Ele me entregou o papel que estava em uma de suas mãos. Na verdade não era um papel qualquer era um convite, um convite de casamento.
Isabella Marie Swan
E
Edward Anthony Masen Cullen
Juntos com suas famílias
Solicitam a honra de sua presença
Na celebração do seu casamento
– Droga... Jake! Vamos rápido Seth! – Disse já correndo na chuva.
Do jeito que aquele garoto era apaixonado por aquela mosca morta de calça jeans eu tinha toda a certeza do mundo que ele iria fazer alguma besteira para impedir esse casamento ou acabar ferindo, fisicamente a si mesmo, numa tentativa de aliviar a dor do seu coração. Eu precisava impedir isso, já provei desse remédio, tentar me afastar para ver se a dor passa, mas descobri da pior maneira que não funciona. Quanto mais distante, quanto mais tempo se fica sem ver a pessoa amada, maior a dor que sentimos Em menos de cinco minutos, já estávamos praticamente na porta de casa.
Ouvi meu pai gritar o nome de Jake e corri até os fundos. Vi meu pai na varanda com o convite e um papel meio amassado na mão olhando para Jacob, que tirava a roupa e se transformava em lobo e corria para dentro da floresta. Já estava correndo na direção em que ele havia ido, mas Seth me segurou, impedindo que eu me transformasse. Olhei suplicante para ele numa tentativa dele me soltar, mas ele apenas deu uma leve mexida na cabeça, como se falasse não. Tentei resistir mais um pouco mas o filho da mãe era mais forte que eu, então aos pouco acabei desistindo de ir atrás de Jake, afinal, uma hora ele iria voltar. Pelo menos era o que eu torcia para acontecer.
Fui até a varanda, onde estava meu pai e dei um abraço nele, confortando-o. Quando entramos, nós três, em casa vi que a mesa estava um tanto quanto... "Amassada".
– O que aconteceu pai?
– Bem, eu cheguei com o envelope que tinha o convite de casamento dentro e abri. Assim que tirei o convite do seu envelope um bilhete para Jacob caiu. Eu guardei e esperei até que ele chegasse da ronda para vê-lo. Como ele logo chegou eu entreguei o convite e o bilhete juntos, mas acho que ele acabou ficando nervoso com o convite e quando leu o bilhete ficou pior, e acabou fazendo isso na mesa... – Billy suspirou
– Pai, posso ver o bilhete? – Perguntei olhando para o papel que estava em suas mãos. Ele me entregou e quando li consegui ter a confirmação de que esse recado, por mais que tenha sido escrito de forma que eu considero normal, fez com que Jake se exaltasse demais.
Jacob,
Eu estou quebrando regras ao lhe mandar isto. Ela estava com medo de magoá-lo e não quer que você se sinta obrigado de nenhuma maneira. Mas sei que se as coisas fossem diferentes, eu teria preferido escolher. Prometo que cuidarei dela, Jacob. Obrigado – por ela – por tudo.
- Edward
Assim que terminei de ler eu já sabia, por mais que não quisesse acreditar, que ele não voltaria tão cedo. Qualquer um sentiria vontade de sumir por um tempo, depois disso. Qualquer um ficaria mal ao ver que estava perdendo para o seu pior inimigo a pessoa que, até o momento, mais amou em sua vida. Odeio admitir isso, dói demais, mas Jake vai demorar muito tempo para voltar a La Push de novo. Que, por mais que seja seu lar, também é um dos lugares onde ele tem as maiores lembranças dela.
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She Wolf // Seth Clearwater
FanfictionEntrei numa caverna, há quanto tempo não ficava desse jeito. Na verdade não sabia mais ao certo quanto tempo havia se passado desde que fui expulsa de casa, mas suponho que não tenha se passado duas semanas. Até por que essa é a primeira vez, desde...