Capítulo 42

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Senti um leve arrepio nas costas e abri lentamente meus olhos, encontrando Seth a me observar enquanto passa lentamente seus dedos pela minha coluna. Viro na sua direção e apoio minha cabeça na mão e fico encarando-o também. Um lençol cobre nossos corpos. Provavelmente ele deve ter pegado no meio de noite. Ele passa as costas da mão livre, já que está apoiado em outra, no meu rosto e coloca uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha. Dá um sorriso de lado.

– Bom dia minha pequena – Ele disse baixinho. Dando um beijo na minha testa.

– Bom dia amor – Digo, me inclinando e dando-lhe um beijo na bochecha. Aconcheguei-me nos seus braços e ficamos em silencio, aproveitando a presença um do outro. Seth passava uma das mãos no meu ombro enquanto eu passava meus dedos pelo seu peitoral. Não sei ao certo por quanto tempo nós ficamos deitados, porém nosso estomago deu um pequeno ronco, fazendo com que nós no separássemos.

Sentei na cama e peguei a minha calcinha, que estava, por algum motivo, perto de mim, coloquei-a e vesti a camiseta de Seth. Quando olho em sua direção, percebo que ele está colocando a calça por cima da sua boxer preta. Enquanto ele se vestia, eu saio do meu quarto e fui para a cozinha, no caminho percebi que Jake estava em casa. Devia ter chego de madrugada. Vou para a cozinha e pego as coisas necessárias para o café da manha. Quando estou quase começando a preparar algumas panquecas, sinto mãos envolverem minha cintura e me afastar de perto do fogão.

– Seth! – Dei um gritinho e tentei me separar dele, em vão. Ele me girou, fazendo com que eu espalmasse minhas mãos em seu peitoral.

– Hoje eu que faço o café. – Disse piscando pra mim.

– Não, minha casa, minha cozinha. Eu cozinho. – Respondi.

– Isso é o que nós vamos ver. – Ele disse tomando meus lábios calmamente. Minhas mãos subiram lentamente para o seu pescoço e, com a mão que não estava com uma colher de pau, entrelacei meus dedos no seu cabelo. Seth virou nossos corpos devagar e começou a ir para frente. Após alguns passos, senti minhas costas encostarem-se ao balcão. Suas mãos desceram para a minha bunda e num impulso me sentou no mesmo. Aos poucos nosso ar foi se esvaindo e interrompemos o beijo, colando nossas testas, respirando ofegantes. Ele se afastou um pouco, fazendo minhas mãos voltarem para o seu peitoral e pegou rapidamente a colher de pau da minha mão. – Agora, EU cozinho. – Ele deu um sorriso vitorioso e foi em direção ao fogão.

– Ei, isso ai é golpe baixo! – Reclamei jogando o guardanapo que estava do meu lado, nele.

– Era o único jeito de pegar a colher de você. – Ele pegou o guardanapo no ar. – Na verdade não era o único, mas eu gostei desse jeito. – Piscou. – E trate de ficar sentadinha ai. – Com isso ele virou pra frente e continuou a fazer as panquecas. Como seria impossível discutir com ele, fiquei balançando as pernas, quando Jake entrou na cozinha com a maior cara de sono.

– Bom dia Jake. Que milagre você por aqui. – Eu disse ironicamente, recebendo uma língua como resposta.

– Bom dia pra você também, eu vivo aqui em casa, a única diferença é que você vive na casa do Seth ou acorda tarde. – Dessa vez foi a minha vez de mostrar a língua. – Aliás, bom dia Seth.

– Bom dia cara. – Assim que Seth acabou de falar, parece que, de repente Jake acordou totalmente e olhou para mim, percebendo que eu estava com a camiseta do meu namorado. No mesmo instante Jacob arregalou os olhos e começou a bombardear-me de perguntas.

– O que você está fazendo com a camiseta do Seth? Você colocou agora ou dormiu com ela? Não me diga que vocês... – Ele ficou vermelho de raiva e começou a tremer levemente.

– Eu gosto dela. Sim, coloquei agora. Sim Jake, sim. – Respondi na ordem em que ele me perguntou.

Jake ficou abrindo e fechando a boca sem pronunciar palavra alguma. Então, sem dizer nada, ele fechou a cara e sentou à mesa, esperando o café. Seth virou para mim com uma expressão de quem não sabe o que aconteceu, recebendo apenas um dar de ombros meu. Pouco tempo depois, a comida ficou pronta e todos comemos em silencio. Jacob nem olhou para nós. Continuava com a cara fechada. Birrento.

– Jacob, você não tem motivo nenhum pra ficar com essa birra toda ai – Falei irritada com esse silencio todo.

– Claro que tenho. Você é minha irmã Cris. – Respondeu Jake. Levantando e levando seu prato até a pia.

– Mas Jake, você não controla a minha vida. E não é como se o Seth fosse qualquer paixonite boba, você entende como eu me sinto com relação a ele, você tem a Nessie, e sabe que nós não vamos simplesmente terminar, então pare com essa frescura toda. – Falei. Jake saiu pela cozinha resmungando sobre nunca ter pensado em Nessie desse jeito e de que eu era muito nova pra essas coisas. Olhei pra Seth, que estava apenas observando a situação.

Depois desse episódio adorável (sqn), Jake foi pra casa dos Cullen, acho que meio com um pé atrás, pois ele insistiu muito para que fossemos junto. Ficamos novamente sozinhos em casa. Já que não tínhamos muito que fazer. Fomos para a ronda, que por enquanto era no mesmo horário. Ultimamente nada de mais acontece, nenhum sinal de vampiro, nenhuma transformação nova.

Agora que terminamos a escola, fico pensando no que vamo fazer, já que o que ocupava grande parte do nosso dia era ter de ir para o colégio. Sei que Seth está quase acertando de trabalhar na oficina que Jake abriu há um mês e meio. Acho que vou ser a recepcionista da oficina, ou algo do tipo; creio eu.

Ao voltarmos da ronda, já de noite, fomos direto para o meu quarto, com o objetivo de dormir. Correr por ai em forma de lobo é bem cansativo, pode não parecer, mas é. Pelo menos só temos ronda a cada 1 ou 2 dias, por causa da divisão do bando. Jacob e Sam voltaram a se falar, mas todos concordaram em manter dois grupos, a fim de evitar possíveis conflitos futuros entre os alfas. Seth pegou uma roupa dele e disse que iria tomar um banho para relaxar. Eu iria em seguida. Ele não demorou muito. Logo já estava sentada na minha cama, terminando de colocar meu pijama.

Sentei na cama, esperando Seth, que arrumava sua mochila, e fechei os olhos, encostando minha cabeça na parede e relaxando. Minuto depois sinto seus braços me pegarem e sentarem-me em seu colo. As mãos de Seth foram aos meus ombros e começaram a fazer a melhor massagem que eu já tive em toda a minha vida. Meu corpo começou a ficar mole. Ele começa a dar pequenos beijos indo da minha nuca até os ombros. Solto um longo suspiro enquanto meu corpo se arrepia com o carinho.

Tombo a cabeça para o lado, deixando uma superfície maior para ele. Aos poucos meu corpo vira, ficando de frente para o mesmo e, ao mesmo tempo em que Seth beija meu pescoço, envolvo sua nuca com meus braços e arranho-a de leve, fazendo a pele se arrepiar um pouco. Sinto algumas mordidas no pescoço, arrancando um suspiro mais alto.

– Seth, por que me tortura tanto? – Digo num sopro.

– Gosto de ver o efeito que eu causo em você. – Ele sussurrou no meu ouvido. Uma de suas mãos sai da minha cintura, vai até meu queixo e puxa-o levemente, fazendo nossos lábios se encontrarem. Nosso beijo, de inicio, era calmo, mas com o passar do tempo, tornou-se mais urgente. Logo nossas roupas não estavam mais em nossos corpos e nos tornamos um só.

She Wolf  // Seth ClearwaterOnde histórias criam vida. Descubra agora