Depois de quase três dias de cavalgada chegamos a valáquia do norte, durante a viagem meu ódio e minha sede de vingada só cresciam . A morte da minha ama será vingada, vou tortura quem a torturou, vou caçar quem a caçou.
Durante a viagem fui humilhada e maltratada, fiquei o tempo todo amarada como um animal e vigiada pelos olhos ferozes de puro ódio de joxer.
___Logo mais você não será, mas problema meu verme, diz o Lorde Edgard assim que passamos pelas muradas do castelo do Lorde do norte.
___ Um dia vocês pagarão por tudo isso, digo cuspindo na cara de joxer.
___ Sua meretriz desgraçada, diz joxer me dando um soco na cara.
___Bate como homem, digo cuspindo o sangue que escorria da minha boca no chão.
É lá veio mais um soco, só que dessa vez com mais força e mais uma sequência de socos que me fez perde a consciência.
Acordei com dor de cabeça em um quarto todo decorado, com quadros e objetos que pareciam ser de ouro, minhas mãos e pés já estavam desamarrados, aos poucos fui lembrando o que tinha acontecido.
___O covarde do joxer me espancou, amarada e fácil quero ver me enfrenta em uma luta justa, falo .
Caminho um pouco pelo quarto, pego uma jarra e sirvo água para min, quando a água toca meus lábios sinto o corte feito pelos socos de joxer. Caminho até o banheiro e me olho no espelho, meus cabelos estão embolados e grudando na testa, minhas bochechas estão meio roxas e apenas um pequeno corte na boca.
Saiu do banheiro e vou até a porta vejo se está trancada e como eu imaginei estava, caminhei até as grandes cortinas e olhei pela janela, já era noite e alguns soldados faziam a guarda, infelizmente era muito alto para pular e nem adiantaria eu acabaria atraindo a atenção dos soldados.
Frustrada por não ter um plano de fuga voltei para a cama, puxei a bandeja de frutas que estava na mesinha ao lado e comecei a comer uvas pois mal comi durante a viagem, fiquei ali pensando um pouco.
___Eu tenho que ser mais inteligente do que todos eles , digo enquanto comia mais uma uva.
Tentei por bastante tempo pensar em alguma coisa mais nada me via a mente, eu só pensava na ama e no quanto vou sentir a falta dela, fiquei pensando em cada concelho que ela me deu até lembrar de um muito útil agora.
___Minha pequena lembre-se que sempre que a um outro lado, as vezes para ganhar você tem que dar um passo atrás pra dar dois a frente, disse a ama.
Depois de lembra desse valioso concelho da ama resolvi colocado em uso, minha ama tem razão, a vida é como um jogo, vence quem tem mais estratégia.
Coloquei a bandeja de volta no lugar e deitei para tentar dormi um pouco, uma mente descansada pensa bem melhor. Na manhã seguinte acordei e uma nova bandeja ainda maior estava em cima da mesinha repleta de frutas, olhei em volta e vi um dos meus vestidos pendurados e do lado um par de sapatos, fui até a porta e mais uma vez estava trancada. Caminhei até o banheiro e a banheira estava cheia, fechei a porta e tirei minhas roupas sujas e entrei na banheira, para meu espanto a água estava quente, o que significa que quem enche-o a banheira esteve lá recentemente, lavei meu corpo por completo, soltei meus cabelos e os lavei também aproveitei para relaxa um pouco lá.Meu banho foi interrompido por um barulho. Pelo barulho da porta do banheiro sendo aberta, logo dei um pulo para fora da banheira e pequei um candelabro caso fosse um ataque.
____Mil desculpas minha senhora não queria atrapalhar, disse a criada assustada.
Quando percebi que era apenas uma garota inofensiva abaixei o candelabro e me cobri com a toalha um pouco envergonhada.
____Não sabe bater, eu poderia estar com uma espada, digo.
___Peso desculpas de novo minha senhora, como não vi a senhora no quarto achei que tinha fugido, disse a jovem criada.
___Deixa eu adivinha, foi o Lorde Edgard que ordenou isso, digo.
___Sim, pagarei com a vida se a senhora sumir, disse a criada.
___Primeiro não me chame de senhora, meu nome é Asha e segundo não se preocupe não pretendo pular dessa altura para chega lá em baixo ser pega pelos guardas, digo saindo do banheiro.
___Deixe me ajudá-la a se vestir, disse a criada se aproximando.
___Não precisa, digo.
Visto meu vestido e coloco os sapatos sobre os olhos atentos da criada, sento em uma das cadeiras de veludo que tem no quarto e começo a pentear meus cabelos, mexa por mexa até que esteja todo penteado.
___Sabe fazer tranças? pergunto já incomoda da criada ficar me olhando o tempo todo.
___Sim minha senhora, disse a criada se aproximando.
___Me chame apenas de Asha por favor, digo.
___Está bem, disse a criada.
Depois de um tempo em silêncio a criada terminou de fazer a trança no meu cabelo, continuei sentada olhando para o nada tentando olha o outro lado do jogo como a ama disse para fazer, até que meus devaneios foram interrompidos por toques na porta, a criada foi abrir a porta e de lá veio três costureiras com panos brancos nas mãos.
____Com licença minha senhora viemos fazer seu vestido de casamento, disse uma das mulheres.
___Mais já? Pergunto.
___Sim minha senhora o nosso prazo é curto, logo mais será seu casamento, diz a outra costureira.
___A senhora és muito bela faremos o nosso melhor e a senhora ficará mais bela ainda, disse a terceira costureira.
___Não gosto que me chamem de senhora, podem me chama apenas de Asha, digo.
___Seu nome é Asha? Pergunta uma das costureiras curiosa.
____Sim, meu nome é Asha Drogoviste, digo.
___Drogoviste? Então você é descendente da princesa Asha a filha do antigo Rei de Valáquia? Perguntou a outra costureira assustada.
____Sou a sua descendente e última portadora do sobrenome do Rei, digo.
E com isso todos os olhares caem sobre min.
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Uma Guerreira de Valáquia
FantasyLivro 1 Em Valáquia nós tempos medievais as mulheres não tinham valor e nem voz, era um mundo dominado por homens. Asha uma mulher odiada pelo pai que foi forçada a se casar com um desconhecido. Uma assassina manipuladora e inteligente que se...