Capítulo 2

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Depois de quase três dias de cavalgada chegamos a valáquia do norte, durante a viagem meu ódio e minha sede de vingada só cresciam . A morte da minha ama será vingada, vou tortura quem a torturou, vou caçar quem a caçou.

Durante a viagem fui humilhada e maltratada, fiquei o tempo todo amarada como um animal e vigiada pelos olhos ferozes de puro ódio de joxer.

___Logo mais você não será, mas problema meu verme, diz o Lorde Edgard assim que passamos pelas muradas do castelo do Lorde do norte.

___ Um dia vocês pagarão por tudo isso, digo cuspindo na cara de joxer.

___ Sua meretriz desgraçada, diz joxer me dando um soco na cara.

___Bate como homem, digo cuspindo o sangue que escorria da minha boca no chão.

É lá veio mais um soco, só que dessa vez com mais força e mais uma sequência de socos que me fez perde a consciência.

Acordei com dor de cabeça em um quarto todo decorado, com quadros e objetos que pareciam ser de ouro, minhas mãos e pés já estavam desamarrados, aos poucos fui lembrando o que tinha acontecido.

___O covarde do joxer me espancou, amarada e fácil quero ver me enfrenta em uma luta justa, falo .

Caminho um pouco pelo quarto, pego uma jarra e sirvo água para min, quando a água toca meus lábios sinto o corte feito pelos socos de joxer. Caminho até o banheiro e me olho no espelho, meus cabelos estão embolados e grudando na testa, minhas bochechas estão meio roxas e apenas um pequeno corte na boca.

Saiu do banheiro e vou até a porta vejo se está trancada e como eu imaginei estava, caminhei até as grandes cortinas e olhei pela janela, já era noite e alguns soldados faziam a guarda, infelizmente era muito alto para pular e nem adiantaria eu acabaria atraindo a atenção dos soldados.

Frustrada por não ter um plano de fuga voltei para a cama, puxei a bandeja de frutas que estava na mesinha ao lado e comecei a comer uvas pois mal comi durante a viagem, fiquei ali pensando um pouco.

___Eu tenho que ser mais inteligente do que todos eles , digo enquanto comia mais uma uva.

Tentei por bastante tempo pensar em alguma coisa mais nada me via a mente, eu só pensava na ama e no quanto vou sentir a falta dela, fiquei pensando em cada concelho que ela me deu até lembrar de um muito útil agora.

___Minha pequena lembre-se que sempre que a um outro lado, as vezes para ganhar você tem que dar um passo atrás pra dar dois a frente, disse a ama.

Depois de lembra desse valioso concelho da ama resolvi colocado em uso, minha ama tem razão, a vida é como um jogo, vence quem tem mais estratégia.
Coloquei a bandeja de volta no lugar e deitei para tentar dormi um pouco, uma mente descansada pensa bem melhor. Na manhã seguinte acordei e uma nova bandeja ainda maior estava em cima da mesinha repleta de frutas, olhei em volta e vi um dos meus vestidos pendurados e do lado um par de sapatos, fui até a porta e mais uma vez estava trancada. Caminhei até o banheiro e a banheira estava cheia, fechei a porta e tirei minhas roupas sujas e entrei na banheira, para meu espanto a água estava quente, o que significa que quem enche-o a banheira esteve lá recentemente, lavei meu corpo por completo, soltei meus cabelos e os lavei também aproveitei para relaxa um pouco lá.

Meu banho foi interrompido por um barulho. Pelo barulho da porta do banheiro sendo aberta, logo dei um pulo para fora da banheira e pequei um candelabro caso fosse um ataque.

____Mil desculpas minha senhora não queria atrapalhar, disse a criada assustada.

Quando percebi que era apenas uma garota inofensiva abaixei o candelabro e me cobri com a toalha um pouco envergonhada.

____Não sabe bater, eu poderia estar com uma espada, digo.

___Peso desculpas de novo minha senhora, como não vi a senhora no quarto achei que tinha fugido, disse a jovem criada.

___Deixa eu adivinha, foi o Lorde Edgard que ordenou isso, digo.

___Sim, pagarei com a vida se a senhora sumir, disse a criada.

___Primeiro não me chame de senhora, meu nome é Asha e segundo não se preocupe não pretendo pular dessa altura para chega lá em baixo ser pega pelos guardas, digo saindo do banheiro.

___Deixe me ajudá-la a se vestir, disse a criada se aproximando.

___Não precisa, digo.

Visto meu vestido e coloco os sapatos sobre os olhos atentos da criada, sento em uma das cadeiras de veludo que tem no quarto e começo a pentear meus cabelos, mexa por mexa até que esteja todo penteado.

___Sabe fazer tranças? pergunto já incomoda da criada ficar me olhando o tempo todo.

___Sim minha senhora, disse a criada se aproximando.

___Me chame apenas de Asha por favor, digo.

___Está bem, disse a criada.

Depois de um tempo em silêncio a criada terminou de fazer a trança no meu cabelo, continuei sentada olhando para o nada tentando olha o outro lado do jogo como a ama disse para fazer, até que meus devaneios foram interrompidos por toques na porta, a criada foi abrir a porta e de lá veio três costureiras com panos brancos nas mãos.

____Com licença minha senhora viemos fazer seu vestido de casamento, disse uma das mulheres.

___Mais já? Pergunto.

___Sim minha senhora o nosso prazo é curto, logo mais será seu casamento, diz a outra costureira.

___A senhora és muito bela faremos o nosso melhor e a senhora ficará mais bela ainda, disse a terceira costureira.

___Não gosto que me chamem de senhora, podem me chama apenas de Asha, digo.

___Seu nome é Asha? Pergunta uma das costureiras curiosa.

____Sim, meu nome é Asha Drogoviste, digo.

___Drogoviste? Então você é descendente da princesa Asha a filha do antigo Rei de Valáquia? Perguntou a outra costureira assustada.

____Sou a sua descendente e última portadora do sobrenome do Rei, digo.

E com isso todos os olhares caem sobre min.

Uma Guerreira de ValáquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora