Capítulo 33

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    Depois de muita insistência da parte de Elliot eu acabei cedendo e deixando Elliot ir comigo e com Cassius, mais com duas condições, eu estaria no comando e a partir de amanhã vamos treinar juntos, quero aprender a usar outras armas. Pode chegar o dia que não terei nem um arco e nem uma espada para me defender, preciso estar prepara para quando esse dia chegar. Quero ser como o antigo Rei da Valáquia, temida pelos meus inimigos. Fui dormi naquela noite sonhando com um futuro grandioso para mim.

   Logo pela manhã fomos para o túmulo de guerra da batalha final, eu estava animada de poder ir até lá conhecer, já Elliot e Cassius estavam apreensivos de ir até lá. Como o lugar não ficava muito distante do castelo chegamos lá andes da hora do almoço, um pouco antes de chegarmos até lá avistamos um aviso em uma árvore, estava escrito que era perigoso prosseguir, mais é claro que eu, Asha Drogoviste não teria medo de um aviso em uma árvore qualquer. Mesmo de longe já se via os restos mortais dos soldados, aviam pilhas de ossos espalhados por todo o lugar, também aviam restos de roupas e armaduras, muitas espadas, lanças, flechas entre outras armas enferrujadas. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o fedor de carne podre, aviam alguns corvos comendo o que restava de um homem ainda em decomposição mais o fedor era enorme, impossível ser apenas daquele corpo. Os destroços da guerra que ouve ali pareciam se estender infinitamente, eu nem conseguir ver o seu final, se realmente houver um, eu queria muito saber mais o único modo de saber é passando por cima daqueles mortos. Algo dentro de min gritava desesperadamente para que eu fizesse isso, sinto como se tivesse perdido algo e isto esteja por ali. Sei que isso é impossível já que eu nunca estive aqui, mas mesmo assim sinto um chamado vindo daquelas pilhas de mortos.

     Quando comecei a andar naquela direção sou bruscamente impedida por Elliot e Cassius, cada um segurou um dos meus braços, me segurando no lugar.

___Não caminhe por lá, diz Elliot.

___ Esse lugar e perigoso de mais, certamente aquele homem morreu recentemente, diz Cassius.

     Cassius parecia preocupado e nervoso, não parava de olhar em volta a procura de alguma ameaça, sua mão direita estava sempre sobre sua espada para caso precisasse usa-la.

___Esse lugar não me assusta, deixem de ser medrosos, digo me soltando deles enquanto olho fixamente para o horizonte onde segue o túmulo de guerra.

___Não tenho medo de nada, diz Elliot ajeitando a postura.

___Muito menos eu, minha senhora, diz Cassius fazendo o mesmo.

___Já falei para parar de me chamar assim, você sabe muito bem o quanto eu odeio, digo enquanto desvio o olhar para lança um olhar matador para Cassius.

___Perdão Asha, diz Cassius olhando para Elliot a procura de alguma reprovação da parte dele.

     Como Elliot não mostrou nenhum sinal de reprovação por ele me chamar assim Cassius ficou mais relaxado. Quando eu desviei o olhar para Cassius aquela sensação de ter algo me chamando passou, foi como se nada tivesse acontecido, logo depois senti meu corpo todo se arrepiar e o fedor de carne podre ficar maior, meu estomago se revirou e senti uma vontade enorme de vomitar.

___Você está bem? Pergunta Cassius.

___Vamos embora, digo enquanto tento não vomitar todo o meu dejejum.

___Achei que você não tinha medo desse lugar, diz Elliot rindo.

    Uma sensação ruim tomou conta de min, eu tinha que sair dali o mais rápido possível, eu senti como se estivesse sendo expulsa daquele lugar, o fedor ia ficando cada vez mais forte como se estive entrando pelo meu nariz e invadindo o meu corpo, parecia que algo dentro de min estava me alertando do perigo, ele gritava para que corrêssemos daquele lugar. Não pensei duas vezes antes de obedecer.

Uma Guerreira de ValáquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora