Capítulo 15

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      Uma pontada enorme de tristeza aperta meu coração, uma saudade que nunca mais irá passar, sinto como se o ar faltasse em meus pulmões, como se aquilo estivesse me matando aos poucos....

    Logo o nosso jantar chegou, vieram três criados para trazer o nosso jantar e de sobremesa tinha meu bolo favorito, o de tâmaras. Os criados colocaram o jantar na mesa e nos sentamos lá para podermos comer.

___Asha eu gostaria de pedir que não falte mais com respeito comigo na frente dos outros, principalmente do meu pai, diz Elliot.

___É que eu não gosto quando me tratam como inferior, você sempre quer me humilhar por isso faço o mesmo, digo.

___É por que eu tenho que ser poderoso e forte o tempo todo, tenho que mostra a todos que posso ser digno da Valáquia do norte, você não entenderia, diz Elliot.

___Tem razão eu não entendo, ninguém nunca espera nada de min e isso é maravilhoso, digo sorrindo.

___Se ninguém presta atenção em você pode agir sem que desconfie, diz Elliot rindo.

___Exatamente, digo.

___Você tem sorte, diz Elliot.

___Sorte? Eu? Está bastante enganado, digo rindo.

___Asha qual é o seu objetivo? Hoje cedo você disse que só tem um e que não era ser minha esposa, diz Elliot.

___Acha mesmo que vou falar para você? Pergunto rindo alto.

___Algo que eu tenha que me preocupar? Pergunta Elliot.

___Meu objetivo é como uma dívida que tem que ser paga, falo.

___Boa sorte para você, diz Elliot.

___Não depende de sorte e sim de capacidade, digo.

___Que tal você abrir seu presente agora? Pergunta Elliot.

     Elliot levanta de sua cadeira e vai atrás do baú que ele trouxe mais cedo.

___Espero que goste, diz Elliot me entregando.

     Quando eu abri o baú tinha um vestido lindo lá dentro, o vestido mais bonito que eu já vi, era dourado como o ouro, tinha muitos detalhes, um decote em V e mangas que pegam na metade do braço, a parte da saia tinha tules com pedras preciosas espalhadas por todo o vestido.

___Que vestido lindo, difícil de acreditar que foi você que escolheu, mas mesmo assim obrigado, digo.

___Foi feito sobe medida para você Asha, diz Elliot.

___Nossa que honra, tirando o meu vestido de casamento esse é o primeiro vestido que tenho feito sobre medida para min, digo.

___Mandei fazer para você, para irmos ao baile amanhã, diz Elliot.

___Por favor Elliot não estrague o momento de paz entre nós me obrigando a ir, falo.

___Pelo contrário Asha, não estou te obrigando a ir no baile, estou te convidando a ir comigo, minha bela e brava mulher está formalmente sendo convida a ir no baile comigo, diz Elliot se ajoelhando perante mim.

___Eu não gosto muito de bailes, digo.

___Por favor Asha, vamos comigo, quero aproveita o baile com você, quero que o reino todo veja como tive sorte em casar com uma dama tão formosa como você, diz Elliot se levantando e ficando bem próximo de mim.

___Só por que você pediu com educação eu vou, mas não vai se acostumando, digo sorrindo de leve.

___Que felicidade, diz Elliot me pegando pela cintura e me girando no ar.

___Para já com isso Elliot, me coloca no chão agora, digo.

___Me empolguei um pouquinho, mas você está me dando a sua palavra que vai mesmo? Pergunta Elliot tão próximo que eu até podia senti seu hálito.

___Sim dou minha palavra, digo um pouco nervosa com a aproximação de Elliot.

___Era tudo que eu queria ouvir, diz Elliot ainda mais próximo.

___Agora que tenho o que quero não preciso mais agrada você, chega dessas atitudes idiotas de mulherzinha, diz Elliot rindo.

___ Você acredita mesmo que eu cai nesse seu joguinho? Pergunto com um olhar Vitorioso.

    Na verdade, eu fui burra o suficiente de acreditar nele, como eu pude cai nesse joguinho tão barato, como fui capaz de tamanha idiotice, mais jamais vou assumir isso para ele.

___ Não se faça de esperta Asha, dessa vez você provou do seu próprio veneno, diz Elliot.

___Meu próprio veneno? Pergunto rindo da cara dele.

___Sim é claro, fiz a mesma coisa que você fez comigo naquele dia que misteriosamente você quis se deitar comigo e que de madrugada sumiu, diz Elliot.

     Desta vez ele me pegou, será que já descobriu os meus passeios noturnos, o que será que ele viu, vou ter que descobrir até onde Elliot sabe sobre isso, só espero que não seja tudo.

___Do que você está falando? Pergunto.

___ Você usou seu corpo para me enganar uma vez e agora fiz o mesmo com você, diz Elliot.

___Mais agora me diga para onde você foi naquela noite? Pergunta Elliot me olhando desconfiado.

___Se você é tão esperto assim descubra sozinho, digo.
         

 
    Alguns dias depois....

   Eu poderia contar para vocês como foi o tau baile que eu fui manipulada a promete que iria mais foi muito monótono então deixa pra outro dia.

      Em poucas horas o sol vai se por então já comecei meus preparativos para quando a hora chega eu esteja pronta, durante o dia todo eu não me aguentava de tanta ansiedade, de agonia para que a hora passe logo, sempre que podia eu ia até a sala secreta ver se eu tinha tudo que iria precisa. Quando foi chegando a hora eu fui ficando mais ligada nas trocas de guardas e nas pessoas que estavam perto, antes de partir fui até a biblioteca e peguei o livro dourado e o livro vermelho e com tudo em mãos lá fui eu começar a minha vingança, usei o túnel que leva até a cidade, ao sair do túnel caminhei vestida com a capa para que esconda o meu rosto. Fui para onde eu tinha combinado com meu mensageiro, ao chegar lá começo a preparar minhas distrações, após ter tudo esquematizado subo em uma das árvores para eu poder ver eles vindo mais que não estrague meu ataque surpresa. Como o combinado o mensageiro e os três soldados estavam vindo a cavalo, o sol estava se pondo nesse momento, quando eles estavam exatamente onde eu queria arremesso uma a adaga para que cortasse a corda que segurava a pedra,  ao cair no chão rola para a estrada fazendo um som estridente.

___ Parem, diz o soldado que ia mais à frente.

___De onde veio essa pedra? Pergunta o soldado que vinha mais atrás.

___Puxem suas espadas pode ser um ataque, diz o terceiro soldado descendo do seu cavalo com sua espada na mão.

       Agora que fiz eles pararem está na hora de desviar a atenção deles, joguei algumas pedrinhas em direções diferentes para despista eles, com adagas pequenas eu acerto vasos de vidro e de barro que estavam pendurados em diferentes direções. Seguindo as minhas ordens meu mensageiro cavalgou para longe.

Uma Guerreira de ValáquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora