___Ira importa esses tecidos? Perguntei quando estava próxima dele.
___Sim, diz o homem olhando um pouco desconfiado para min.
___Para a Valáquia do oeste? Pergunto.
___ Também, mas para que quer saber mulher? Pergunta o homem.
___Meu senhor precisa de um mensageiro que seja discreto e que não chame atenção, está disposto a pagar bem pelo serviço, digo.
___Sou um comerciante não um mensageiro, diz o homem.
___Dinheiro para meu senhor não é problema, se você for discreto pode ganhar muito mais do que você ganharia com essa carroça inteira, digo.
___O que tenho que fazer? Pergunta o homem curioso.
___Quando for para Valáquia do oeste você deve entregar uma mensagem para uma pessoa, metade do pagamento antes e metade depois com a resposta, falo.
___ Está bem, depois de amanhã viajarei para lá, diz o homem.
___ Então amanhã mais ou menos neste mesmo horário meu senhor virá te encontra se trair o meu senhor, ele não terá piedade de sua família e nem de você, digo.
Sem espera sua resposta me virei e voltei pelos túneis para o castelo, assim que voltei para o quarto me joguei na cama e adormeci rapidamente, quando acordei de manhã estava sozinha no quarto, agradeço mentalmente por isso, logo escuto alguém batendo na porta.
___Quem é? Pergunto.
___Sou apenas uma criada minha senhora, vim avisa que o dejejum está na mesa, diz a criada.
___ Não estou muito disposta hoje será que poderia trazer aqui para mim? Pergunto.
___Sim senhora, diz a criada.
Não é que eu estava mentindo, eu realmente estava indisposta mas era indisposta de encara Elliot, o que aconteceu ontem me atormentar um pouco, eu praticamente vendi meu corpo, estava me sentindo suja com as sementes de Elliot dentro de mim, levantei e fui tomar um banho, lavei meu corpo por completo até meus cabelos, depois coloquei um vestido fresco e voltei a deitar na cama, mas tarde um pouco a criada trouxe algo para eu comer, após meu breve dejejum fui andar pelo castelo, dei uma passada na biblioteca e peguei um pedaço de papel e uma pena com tinta, resolvi escrever minha carta no jardim, lá é fresco e poderei escuta o canto dos pássaros nessa manhã. Procurei uma árvore frutífera bem alta e discreta, subi o mais alto que pude e sentei em um galho, apoiando em minhas pernas comecei a escrever a minha carta.
Quando terminei de escrever a carta, a li e reli para ter certeza de que tinha escrito tudo o que eu queria falar e no finalzinho dela escrevi fantasminha. Olhei de cima da árvore e pude ver como era grande o jardim, pude ver um pouco do labirinto, bem de longe se avistava a saída que muitos tentarão mais nunca conseguiram sair. O sol já estava quase no meio do céu o que significava que estava próximo da hora do almoço e meu estômago já começava a resmunga então peguei algumas frutas para enganar a fome.Desço da árvore e vou para meu quarto, antes de entrar pergunto aos guardas se Elliot estava no quarto, como a resposta foi não, eu entrei, fui até onde ficava guardado as coisas de Elliot e peguei um anel que tinha o brasão dos Lanwford e fui até onde tinha uma vela, enrolei a carta e a selei com o brasão dos Lanwford. Peguei a carta e o anel e os escondi de baixo da cama. Quando abro a porta do quarto para sair dou de cara com a Lady Celestia.
___Vim ver se estava melhor, diz a Lady Celestia.
___Sim estou, digo dando um sorriso falso.
___Fico feliz, espero que esteja esperando um herdeiro, adoraria ser avó, diz Lady Celestia.
___ Não estou grávida, digo séria.
___Por enquanto, diz a Lady Celestia sorrindo.
___Tenho presa, mas tarde conversamos, digo e já começo a caminhar.
A Lady Celestia só pode esta maluca, eu grávida, nem pensar, não posso ter filhos agora, estragaria todos os meus planos, me dá nojo só de pensar em ter um filho logo com Elliot, um homem bruto que acha que pode ganhar tudo com a força, tento tira esses pensamentos torturante da cabeça, como eu sabia que em breve o almoço seria servido me adiantei e fui para o grande salão torcendo para que Elliot não esteja por lá, ao chegar no grande salão o Lorde Gregory estava falando com alguns soldados, tentei ser o mais discreta possível para não atrapalhar, me sentei em um canto e por lá fico até os criados começarem a montar a mesa, quando a mesa estava quase completa me sentei na cadeira que sempre costumo sentar.
___Vejo que já está melhor, diz Lorde Gregory sentando em seu lugar, ou seja, na ponta da mesa.
___Sim, digo.
___Que bom. Já estava me esquecendo, hoje cedo chegaste uma carta e um presente para você, diz Lorde Gregory.
___Para mim? Pergunto confusa.
___Sim, foi o Lorde Lúcios da Valáquia do Sul que mandou, diz Lorde Gregory.
___Guardas tragam a carta e o presente do Lorde Lúcios agora, diz o Lorde Gregory.
Em seguida entram Daria, Celestia e Elliot, os três abraçados, assim que me vê Elliot solta se de sua mãe e de sua irmã, cada um senta em seus lugares em silêncio menos Daria que não parava de rir.
___Do que tanto rir minha filha? Pergunta o Lorde Gregory.
___Da história que Elliot estava nos contando pai é sobre uma mulher que caiu quando Elliot sorriu para ela, diz Daria me olhando com um certo olhar de maldade.
___Como sempre arrancando suspiros das mulheres, tinha que ser meu filho, disse o Lorde Gregory sorrindo.
Começamos todos a comer até que um guarda entrou com uma carta e um baú em suas mãos, sobre as ordens do Lorde Gregory o guarda deixou o baú ao meu lado e me entregou a carta.
___Quem lhe mandou este presente? Pergunta Elliot.
___ Chegarão pela manhã, o Lorde Lúcios que mandou, disse o Lorde Gregory.
___Pelo visto caíste na graça do Lorde, disse a Lady Celestia.
Abri e li a carta, era um convite para visita a valáquia do sul e que as portas estariam sempre abertas e que ele aguardará minha visita ansiosamente, abri o baú e dentro dele tinha um vestido lindo, era branco com detalhes azuis e com bordados no decote e nas mangas, no fundo do baú ainda avia um colar de prata fino com um pingente de diamante azul. Eu adorei o presente mal pude conter o sorriso, normalmente eu não ganhava presentes só socos.
____Desde quando o Lorde Lúcios te dá presentes? Pergunta Elliot claramente incomodado.
___Desde hoje pelo jeito, nos conhecemos na festa de casamento, digo.
Ninguém falou mais nada é assim terminamos de almoçar, durante a tarde fiquei na biblioteca fazendo uma carta de agradecimento ao Lorde Lúcios, demorei a encontra as palavras certas, quando o sol já tinha se posto Elliot apareceu na biblioteca, eu estava lendo um livro quando ele se aproximou e o tomou de minhas mãos.
___O que quer? Pergunto friamente sem esboça qualquer expressão.
____Temos um acordo não lembra? Pergunta Elliot sentando ao meu lado no sofá.
___ Amanhã te ensino o golpe, agora devolva meu livro, digo.
___Prefiro hoje, diz Elliot.
___Estou ocupada, digo.
___ Amanhã pela manhã então e mais uma coisinha, acabou essa palhaçada de ficar recebendo presentinho de outros homens, você é minha mulher, e só minha, diz Elliot saindo da biblioteca.
___Diga isso ao Lorde não a min, digo.
Fingi que não notei esse surto de ciúmes dele e voltei a ler meu livro.
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Uma Guerreira de Valáquia
FantasyLivro 1 Em Valáquia nós tempos medievais as mulheres não tinham valor e nem voz, era um mundo dominado por homens. Asha uma mulher odiada pelo pai que foi forçada a se casar com um desconhecido. Uma assassina manipuladora e inteligente que se...